Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Ela retribuiu o sorriso. Foi uma reação instintiva que ela imediatamente reprimiu.

Ainda não estava conquistada, mas Alfonso sabia que ganhava terreno. Além do que, se estar disponível para um sexo ocasional fosse totalmente repulsiva, ela já o teria achatado com um "não" definitivo. O estranho era que o quadro que Alfonso descrevera parecia muito sedutor para ele mesmo também. Ter lugares onde morar — até mesmo coberturas de luxo — nunca passava de uma conveniência para ele. Será que Anahí Herrera poderia lhe dar a sensação de ter um lar? Seria interessante descobrir.

O garçom reapareceu, indicando o prato de aperitivos intocados.

— Há algum problema, senhor? Alfonso maliciosamente indicou o lado cheio do prato.

— Gostaria de provar um, Anahí? Ela sacudiu a cabeça.

Ainda não estava pronta para se comprometer, pensou Alfonso. Sentiu-se tentado a comer o aperitivo que representava a mãe monstruosa, mas achou que isso talvez fosse muito agressivo.

— Pode levar — ele disse ao garçom. — Comeremos o prato principal quando chegar.

O garçom retirou o prato e afastou-se.

Silêncio de Anahí, com os lindos olhos abaixados, as mãos no colo, as costas retas, fechada em si mesma... pensando o quê?

Alfonso cogitou se deveria ser insistente ou paciente. Precisava saber o que se passava na cabeça de Anahí para poder contrabalançar qualquer pensamento negativo com uma argumentação positiva. O silêncio não lhe informava nada.

— Negócio fechado, Anahí? — ele perguntou baixinho, forçando Anahí a reconhecer a presença dele.

As pálpebras baixadas se ergueram lentamente. Os olhos verdes brilhantes fitaram-no diretamente, olhos de uma inteligência aguda que não admitiam evasivas.

— Você me vê como família — como uma irmã que gostaria de ter — ou tem a intenção de que eu seja como uma amante sustentada por você enquanto eu o satisfizer?

O rosto dela corou novamente quando ela expressou sem floreios a segunda opção. O queixo ergueu-se, desafiador. Ela estava determinada a arrancar a verdade dele, independente de quanto isso a magoaria.

Ela era irresistivelmente linda.

E seus olhos a penetravam.

Alfonso teve a forte sensação de estar numa corda bamba.

— Você não seria uma amante sustentada por mim, já que vai trabalhar e ter o seu salário — ele respondeu. — E não tenho a menor dúvida de que vai administrar a propriedade satisfatoriamente. Um salário de administradora de cem mil dólares por ano seria aceitável?

Ele não se importava de levar um ano inteiro para possuir Anahí Herrera, estava determinado a possuí-la.

— Cem mil? — ela repetiu incrédula.

Tinha de ser mais do que o suficiente para garantir a independência de Dulce, além de suprir as despesas pessoais de Anahí. Ele já tinha prometido cuidar de todas as outras despesas. No momento, parecia uma quantia exagerada, mas era só dar tempo a ela para pensar no que poderia fazer com o dinheiro...

— É uma propriedade muito valiosa — ele a lembrou — Vale milhões. Quero que continue valiosa. Tenho certeza de que você fará tudo para que seja mantida como deve ser. Confio que fará isso. E, para assegurar que manterei a minha palavra, podemos voltar ao Victor Newell depois do almoço para que ele redija um contrato.

— Por um ano — ela murmurou, ponderando sua decisão.

— Para começar. — Ele talvez a quisesse por mais tempo. A excitação da conquista já esquentava seu sangue. Desconfiava que, se ele prolongasse o tempo com ela, a sedução dela o manteria satisfeito. Mais do que com qualquer outra mulher que ele conhecera.

Os olhos dela voltaram aos dele. A distração do contrato tentador foi posta de lado. — Não respondeu à minha primeira pergunta, Alfonso.

Diretamente de volta ao aspecto sexual!

O diabo que havia dentro dele instigou uma pergunta provocante.

— Gostaria que eu a tratasse como minha irmã, Anahí?

— Não sou sua irmã — ela respondeu tão depressa, e tão enfaticamente, que ele quase riu com a sensação inebriante de triunfo. O lado mulher dela estava definitivamente reagindo à masculinidade dele.

Ele controlou o surto de prazer e deu a ela algo em que se apoiar.

— Também não a vejo como tal. No entanto, quero dizer que nunca comprei sexo de uma mulher. Como disse, gostaria de ser bem recebido por você sempre que eu visitar a propriedade, porém... — deu de ombros. — Isso será pedir demais?

Ela franziu a testa.

— Não. Como meu patrão, teria o direito de ser bem recebido.

Então dormir com o patrão não seria problema? Era o que a mãe tinha feito.

Anahí Herrera seria da mesma laia? O tempo diria.

A esta altura, só precisava que ela dissesse "sim" ao acordo, pois isso lhe abriria a porta para tentar conquistá-la à vontade. Ele se inclinou para ela, usando toda a força de sua personalidade.

— Aproveite a oportunidade, Anahí.

Aproveite a oportunidade...