Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Depois do almoço, já com o acordo assinado, Alfonso acompanhou Anahí até a rua e ofereceu-lhe uma limusine para voltar para casa.

Ela recusou de imediato, preferindo ir para casa por conta própria, em vez de chegar grandiosamente, como se estivesse ostentando sua aliança ao homem que estava se apossando de tudo, inclusive dela.

— Obrigada pelo almoço e pelo acordo — ela disse, estendendo a mão formalmente.

Os olhos dele tinham um brilho sensual e divertido enquanto ele envolvia seus dedos nos dela. — Ligue para mim se tiver algum problema que não consiga resolver sozinha — ele disse com um sorriso estranho.

Até aquele instante, ele não havia tocado em Anahí. O calor e a força de sua mão, a confiança em seus olhos, toda a aura de um mestre manipulador em ação, conscientizaram Anahí do quanto ela era vulnerável ao poder daquele homem.

— Você me encarregou de tudo, vou dar conta de tudo — ela afirmou, não querendo de modo algum parecer fraca.

— Quando devo esperar a sua visita?

O sorriso dele tornou-se malicioso, provocando-lhe nós no estômago novamente. -— Eu aviso.

— Vou precisar de um aviso adiantado, se você quer uma recepção à altura.

— É claro — ele concordou. — Vou apreciar a emoção da expectativa.

O coração dela começou a acelerar dentro do peito. Não pense nisso. Vá em frente, o cérebro deu um comando. -— Bem, então a gente se vê — ela disse, quase incoerente. — Até a vista, Alfonso.

Puxou a mão depressa e se afastou dele, descendo quase sem ver a rua até a estação do trem, sentindo-se culpada pelo frêmito de seus hormônios femininos diante da emoção dessa expectativa.

Tomar o trem para Wyong. Ligar para casa e pedir que alguém a buscasse na estação. Resolver como enfrentar sua mãe e Dulce com tudo isso.

Sua mente continuava repetindo tudo que precisava fazer, tentando acalmar a louca dança de excitação nervosa que Alfonso Herrera provocara. Anahí teria de lidar com ele no futuro. De algum jeito. Porém, no momento, tinha preocupações imediatas que exigiam toda a sua atenção.

Passou a maior parte das duas horas da viagem de trem tentando se acalmar completamente e resolver como explicar o acordo à sua mãe. Pelo lado prático, significava que uma das filhas já não lhe daria mais despesas. Nem a outra, se Dulce concordasse com os planos de Anahí. O grande problema era... a mãe estaria disposta a ouvir? E ia aceitar o despejo?

Anahí desconfiava que um ataque de fúria violento estaria acontecendo em casa. Quando ela havia ligado pedindo que a buscassem na estação, Jeanette Dearing, a governanta, parecia nervosa e muito embaraçada até conseguir resolver que o marido, Graham, poderia buscá-la — Graham, o segurança da propriedade, encarregado de proibir a entrada de estranhos. Como Alfonso Herrera. Será que já sabiam que não poderiam mais proibir a entrada de Alfonso?

Quando ela saiu da estação, Graham já tinha estacionado o Land Rover e estava encostado no carro com uma expressão sombria no rosto. Ele e Jeanette tinham trabalhado na propriedade de Yarramalong durante toda a vida de Anahí, e ela gostava de ambos. Era a primeira vez que Graham a recebia sem um sorriso.

— Um dia ruim. Um dia muito, muito ruim — ele resmungou ao abrir a porta do carro para ela. — Não sei o que vai ser de nós todos agora, Anahí.

— Minha mãe contou sobre a aquisição de tudo?

—Nem precisou. Tem uma van de segurança estacionada no portão. Um cara com uma ordem de despejo. — Ele sacudiu a cabeça. — Parece que não há como evitar isso. E Lady Ellen não está aceitando bem a perda da casa.

O que provavelmente era uma forma muito suave de descrever a situação, Anahí pensou, sentindo o coração apertado diante da perspectiva de comunicar suas notícias. Pelo menos seria bom para os empregados, ela se consolou, dando-lhes mais um ano para resolverem suas vidas. Ela esperou até estarem na estrada para Yarramalong antes de dizer: — Você pode ficar na propriedade, Graham. Você e Jeanette e o resto dos empregados.

—- Não — ele suspirou tristemente. —Tenho de procurar outro emprego, Anahí. Lady Ellen nos avisou que não pode mais pagar nossos salários.

Anahí respirou fundo e anunciou:

— Alfonso Herrera pagará. Vai me pagar também, para eu ficar aqui administrando esta propriedade. Ele quer manter tudo como está, então você não precisa ir embora.

Ele a olhou, espantado. — Mas Lady Ellen disse...

— Assinei um contrato com ele — Anahí declarou. — Posso lhe garantir que estou falando a verdade. Ele vai manter vocês no emprego. Só minha mãe é que precisa partir.

Ele respirou bem fundo, depois resmungou:

— Lady Ellen não vai gostar nem um pouco disso.

— Não posso fazer nada. Esse ponto não é negociável. Despejo por despejo — explicou Anahí, repetindo as palavras de Alfonso.