Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Fui eu quem lhe neguei a entrada anos atrás — disse Graham, preocupado.

— Por ordem de minha mãe. Tenho certeza de que Alfonso não o culpa mais por isso.

Silêncio enquanto ele examinava a situação. — Alfonso Herrera ... Não vai morar aqui?

— Não. Vai visitar aqui de vez em quando. Só isso.

— E você continua aqui.

— É. O contrato é de um ano.

— Um ano... — Mais cogitação, e depois:

— Acho que Jeanette e eu vamos ficar mais um pouco. Ver o que acontece.

Anahí suspirou, aliviada — Isso seria uma grande ajuda para mim. Por favor, informe os outros empregados sobre o novo arranjo, está bem, Graham? Acho que vou ficar muito ocupada contando tudo isso à minha mãe e lidando com a reação dela.

— Não lhe invejo a tarefa — ele disse sinceramente. — Lady Ellen não gosta quando as coisas não correm como ela quer. — Ele olhou para ela, preocupado. — Quer que eu fique por perto?

Ela sacudiu a cabeça. Isso ela mesma tinha de fazer. Era pessoal demais para envolver qualquer outra pessoa. — Obrigada, mas acho que consigo sobreviver à tempestade.

— A coisa está feia — ele avisou. — Estarei na cozinha se você precisar de ajuda. E não se preocupe com os empregados. Vou contar a todos o que está se passando.

— Obrigada, Graham. Vou precisar de todo o apoio que conseguir nas próximas semanas, até me firmar como a nova administradora.

— Não vejo nenhum problema. Acho que os empregados vão ficar tão agradecidos por manterem os empregos que trabalharão dobrado para você. Você vai ver Alfonso Herrera não achará nada para criticar quando vier aqui. O lugar vai estar lindo como uma pintura. Como sempre.

Lindo como uma pintura...

E era... a propriedade mais linda do vale... isso emocionava Anahí ao avistá-la. Os campos verdejantes viçosos, as cercas brancas, as árvores bem distribuídas, o celeiro e os estábulos planejados por arquitetos, a bela alameda arborizada que levava à casa grande de cor branca na colina... a única casa que ela conhecera, e a sensação de perda que apertou o seu coração trouxe lágrimas a seus olhos.

O pai perdido. O lar que ele lhes dera, perdido.

Ela não havia salvo nada. O contrato com Alfonso apenas adiava por um ano a perda da propriedade e de tudo contido nela. Mesmo assim, dava tempo para todos se acostumarem com a mudança, e isso era bom, não era?

Todos, menos a mãe, cuja perda parecia muito maior, já que esperava uma herança bilionária. Anahí disse a si mesma que não havia nada que ela pudesse fazer. Tentaria ser tão compreensiva com a mãe quanto ela permitisse, mas uma situação feia significava que as ofensas corriam soltas.

Uma van de segurança estava estacionada no portão. Um homem saiu, identificou Graham e fez sinal para ele entrar. Era uma demonstração sombria de que Alfonso não confiava na mãe dela, e estava se assegurando de que nada saísse da propriedade nem entrasse lá sem ser examinado. Ele estava claramente determinado a realmente tomar posse de tudo pelo qual já havia pago.

Será que ela também estava incluída nisso?

Sexo não fazia parte do acordo, ela lembrou a si mesma. No entanto, 15 minutos mais tarde, para horror de Anahí, a mãe não só dava isso como certo, mas também oferecia uma série de conselhos chocantes de como tirar vantagens disso.

Jeanette a recebera na porta da frente, indicando que ela fosse para o salão principal, onde alguns vasos valiosos jaziam espatifados no chão. A mãe andava para cima e para baixo defronte da grande lareira, tomando um copo de uísque e vociferando com Dulce, que estava encolhida no canto de um dos sofás de couro. O palavrório tinha sido imediatamente dirigido a Anahí, uma vagabunda desleal por bajular o assassino do pai. Depois veio a pergunta zombeteira, querendo saber o que ela havia lucrado com isso.

Anahí estava perto da irmã, com a mão no ombro retesado de Dulce, e então, na voz mais calma possível, tinha exposto os termos do acordo que tinha assinado, esperando outra explosão indignada por sua perfídia em aceitar o que devia ter ficado nas mãos da mãe. No entanto, a notícia não tinha provocado a fúria esperada. A mãe havia ficado completamente silenciosa, os olhos se estreitando, a boca lentamente se afinando num sorrisinho complacente.

— Você o agarrou! — ela disse maliciosamente, depois deu uma grande gargalhada — mais horripilante do que qualquer comentário odioso que pudesse ter feito.

— Homens! — ela exultou. — Por mais espertos que sejam, o cérebro abaixo da cintura é o ponto fraco deles. Alfonso Herrera traiu-se ontem no funeral, dizendo que você estava linda. Ele vai usar esse acordo para estabelecer você como amante, a amantezinha agradecida que fará qualquer coisa que ele queira para manter seus cavalos. E a jogada é exatamente essa — dar a ele todo tipo de sexo que Alfonso quiser, fazer a coisa ficar tão boa que voltará sempre, garantindo a você tempo bastante para engravidar. Tendo um filho dele, você poderá se apossar de uma boa parte dos bilhões dele. Olho por olho!

Anahí só conseguia observar a mãe, completamente abalada com essa visão do que ela deveria fazer. Fazer sexo por dinheiro já era de paralisar o coração. Tudo nela repelia a perspectiva de deliberadamente engravidar por dinheiro. Um bebê devia ser desejado pelo pai e pela mãe, amado por ambos. Ela mesma estava ali naquele momento porque não tinha sido desejada nem amada o bastante, tinha sido entregue a uma agência de adoção, abandonada pelos pais. Ela jamais teria um filho para lucrar financeiramente. Jamais!

Foi Dulce quem protestou, chocada. — Você não pode querer que a Anahí tenha um filho sem... sem a segurança do casamento!

— Ter o filho de Alfonso Herrera dará a Anahí toda a segurança de que precisa — foi a resposta imediata.

— Use a cabeça, Dulce. Você nunca será pobre se sua irmã for rica.

— Mas ter um bebê só para...