Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Ai, pelo amor de Deus! Por que acha que eu me esforcei para adotar vocês duas? — veio a pergunta ferina.

— Por que... não podia ter filhos? — respondeu Dulce, parecendo insegura e confusa.

— Foi isso que disse a Leonard. — As palavras destilavam o desprezo absoluto por ele ter engolido a sua mentira. — A verdade era que não queria estragar o meu corpo com uma gravidez. Ter um corpo ótimo e dar sexo ótimo para Leonard foi como eu o convenci a largar a primeira mulher e casar comigo. Não ia deixar uma outra vaca qualquer tirá-lo de mim da mesma maneira. Então tinha de prendê-lo com crianças, garantir que, se ele algum dia pensasse em se livrar de mim, isso lhe sairia muito caro. E descobrir agora que tudo isso foi por nada... — ela rangeu os dentes, indignada.

— Está longe de ser nada. Você vai receber quatro milhões de dólares — Anahí lembrou-a, sentindo-se indignada também. Todos estes anos... ela e Dulce não tinham passado de uma apólice de seguro para a mulher que as tinha adotado. Não filhas. Apenas ativos a serem cobrados se o casamento fracassasse. Sem dúvida, elas agora eram passivos de que ela tinha de se livrar.

— Uma ninharia! — os olhos furiosos mandavam um aviso para ambas. — E vou precisar de cada tostão para me estabelecer e ficar atraente para outro homem abastado.

Nada de filhas adultas naquele cenário! E nenhum apoio financeiro para qualquer uma das duas. — Acho que um apartamento elegante em Sydney seria o primeiro passo — Anahí arriscou, buscando um quadro mais completo.

— É -— a mãe disse rispidamente, erguendo o queixo com orgulho desdenhoso. — Eu não pretendia mesmo continuar nesta propriedade rural agora que Leonard não está mais aqui. Porém preciso fingir que ainda é minha enquanto você estiver aqui, Anahí. Alfonso Herrera se jogou direitinho em nossas mãos. E agora que o tem pelas "bolas", você pode me reembolsar por tudo que eu lhe dei durante anos.

Foi meu pai quem deu não você, pensou Anahí. Você apenas fingia ser maternal na frente dele. E isso agora acabou. Uma sensação avassaladora de vazio tornou a voz dela completamente inexpressiva ao dizer:

— Não sou como você. Não tenho a menor intenção de prender Alfonso Herrera pelas bolas. Só vou cumprir meu acordo com ele.

— Não seja uma tola ingênua! Você tem uma oportunidade para garantir tudo que você teve até agora. Mais!

Anahí sacudiu a cabeça. —Não é assim que eu vou agir. Não vou enganá-lo e também não vou fazer o seu jogo falso. Este lugar é dele com toda a justiça, e estou feliz por ter um emprego porque sei que não posso esperar mais nada de você. Dulce e eu servimos para a sua finalidade... 

fomos suas marionetes num espetáculo para prender nosso pai, mas isso acabou. Agora somos dispensáveis, não somos?

— Anahí, o que você está dizendo? — gritou Dulce, assustada com o que acontecia.

Anahí apertou o ombro dela, para tranqüilizá-la. — Não se preocupe. Você sempre poderá contar comigo.

— Sua ingrata miserável! — a mãe uivou. — Você não era nada antes de eu te dar um lar. Você teve todos os privilégios que qualquer garota gostaria de ter. Vocês duas! E o que recebo em troca?

Anahí negou-se a voltar atrás- — Fizemos o seu jogo. Foi isso que recebeu em troca — ela replicou, odiando sentir que tinha sido adquirida como uma carta no jogo da cobiça. Ela poderia ter sido adotada por outra pessoa, alguém que a amasse realmente — que amasse Dulce.

— Se tivesse um pingo de juízo, continuaria fazendo o meu jogo — a mãe debochou.

Anahí respondeu com firmeza orgulhosa: — Não sou mais seu joguete.

— Garota estúpida! Não entende que meus conselhos podem torná-la uma rainha?

— Não é o que eu quero.

E era a pura verdade. Queria amar o pai de seu filho, e queria ser amada por ele, ambos sendo pais apaixonados pelo filho. Não havia dinheiro no mundo para comprar isso.

— Quer passar a sua vida limpando estábulos? -— perguntou a mãe, com desprezo profundo.

— Pelo menos é um trabalho honesto. Não magoa ninguém — revidou Anahí.

A mãe bufou. — Não me diga que o que fiz magoou Leonard. Nem magoou você e Dulce, cercadas de luxo.

Magoou Dulce sim, pensou Anahí sombriamente, sabendo que a irmã nunca havia se sentido emocionalmente segura naquela casa. A mim nem tanto, pois tinha os cavalos como fuga. Mas acima de tudo... — Magoou Alfonso— ela disse, sabendo que isso era irrefutável. — Um garotinho privado da presença do pai, substituído por duas garotas adotadas.

— O querido Alfonso — pingava veneno da língua da mãe — Foi tão magoado que se tornou um bilionário. Espera que eu sinta pena dele? — seus olhos brilhavam, maldosos.

— Preste atenção ao que eu digo. Você caiu na armadilha dele quando assinou esse contrato, e ele vai te derrubar. O único jeito de vencê-lo é derrubá-lo primeiro.

— Acho que foi o que você fez anos atrás, mãe. Acha que derrubá-lo serviu aos seus interesses a longo prazo? — Anahí a desafiou. — Parece-me que, no final, ele a derrotou.

O rosto da mãe se contorceu de ódio.

— Vamos vencer no final se você fizer o que eu digo.

— Não farei — revidou Anahí com determinação.

A mãe atravessou a sala, furiosa, avançando para bater em Anahí, que mal teve tempo de se esquivar e erguer o braço para se defender.

— Corra para a cozinha e chame Graham, Dulce — ela gritou para a irmã. E depois gritou para a mãe, que estava completamente descontrolada, atacando-a com uma persistência assustadora. — É melhor parar com isso agora mesmo, porque não vamos mais aceitar nenhum abuso seu.

A irmã ainda estava toda encolhida como um coelhinho hipnotizado. — Vá, Dulce!

Dulce finalmente entrou em ação, pulando do sofá e correndo para a cozinha.

— Quer ser acusada de agressão, mãe? Porque é isso que eu vou fazer. Juro que vou — afirmou Anahí ferozmente, evitando desesperadamente os golpes da mãe. — Graham virá e fará o que eu disser, porque Alfonso Herrera agora é o patrão dele. Sob minha administração. Sou eu quem manda agora, não você. O que os seus amigos ricos vão pensar se for acusada de agredir a filha?