Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

De maneira alguma Alfonso permitiria que isso interferisse nos seus planos com Anahí. A compaixão que sentia por uma vítima que ele mal conhecia tinha limites.

— Obrigada. Cuidarei para que isso não aconteça — ela disse, evitando o olhar dele, indicando que percebia suas intenções em relação a ela.

Alfonso tinha certeza de que ela sentia a mesma atração por ele. Era tudo uma questão de paciência. Neste fim de semana estudaria o terreno, para não cometer enganos quando abrisse o jogo.

Ela o levou para o aposento de hóspedes, onde a mala dele já se encontrava. A decoração era impessoal. Vasos de flores e uma fruteira eram os únicos detalhes acolhedores. Para completar a impressão de um hotel de alta classe, só faltava uma garrafa de champanha dentro de um balde de gelo. Porém, já tinha recebido um martini.

Anahí se retirou logo, dizendo: — Quando tiver se acomodado, junte-se a mim no salão.

Nada de se demorar amavelmente.— Nenhum sinal de que estava disponível.

— Obrigado — disse, enquanto ela se afastava depressa, e jurou que esta seria a última vez em que o trataria como um hóspede.

Alfonso pretendia ser muito mais do que isso na vida de Anahí Herrera. Antes que o fim de semana terminasse, a distância que ela procurava manter entre eles seria bastante encurtada, e a ligação que Alfonso sentia por ela, reafirmada.

Alfonso não tinha passado nenhuma cantada nela.

O fim de semana inteiro... nem a menor sugestão de uma cantada.

A maior parte do tempo, Anahí ficara tensa, esperando que ele fizesse algo diante da atração que ela sentia por ele e nem conseguia disfarçar. Durante o jantar, quando ele elogiou a comida, como perfeita para receber de volta o "filho pródigo"; depois de um passeio a cavalo divertido no sábado de manhã; relaxando ao sol, depois de nadarem na piscina, onde ela tinha se sentido tentada a tocar naquele corpo atlético atraente e molhado.

Tantos momentos em que ela esteve vulnerável — com uma eletricidade perigosa percorrendo as veias — e sabia que ele notava sua reação. Os olhos de Alfonso brilhavam com essa percepção, uma satisfação silenciosa que parecia zumbir em volta dela, no entanto ele não se aproveitou disso nem uma vez sequer.

Se ele realmente a queria como sua "amantezinha agradecida", aquela inércia não fazia sentido. A não ser que Alfonso quisesse esperar, conhecê-la melhor, desfrutar do prazer de aumentar a expectativa dela de como seria uma relação mais íntima com ele. Ou talvez não quisesse nada disso, apenas um lugar onde pudesse ir ocasionalmente sem nenhuma complicação sexual.

Ele se despedira apenas com um beijinho rápido de agradecimento no rosto dela antes de partir, nada que merecesse muita atenção. No entanto, depois de sua partida, ela ficou perambulando pela casa pensando nele até Jeanette chamá-la para jantar.

— Ele é encantador — declarou Jeanette. — Um verdadeiro cavalheiro. Não sei por que Lady Ellen implicava tanto com ele. — E depois, com um olhar malicioso para Anahí: — E bonitão, também.

— Rapaz sensato — disse Graham, com aprovação. — Interessou-se por tudo. Compreendeu inteiramente como esta propriedade é administrada.

Eles tinham gostado de Alfonso, que fora simpático com todos. Tinha conversado longamente com Graham e com Tim Fogarty, que era o cavalariço que cuidava dos cavalos de Anahí, há muitos anos. Qualquer preocupação dos empregados em relação à aquisição de Alfonso fora neutralizada neste fim de semana. Ele seria bem recebido por todos, a qualquer momento que aparecesse ali. Porém não voltaria tão cedo.

— Só voltarei quando acabar a redecoração — ele dissera.

Anahí não sabia quanto tempo o decorador levaria para reformar o quarto principal, mas calculava algumas semanas. Era estupidez se sentir tão... decepcionada por Alfonso não estar louco para possuí-la. Ele tinha uma vida muito ocupada na cidade, talvez uma mulher que significasse algo para ele, uma linda mulher que compartilhava regularmente de sua cama. Ele não precisava de uma amante rural.

Anahí devia sentir-se aliviada pela ausência de pressão sexual por parte dele, por a mãe estar enganada a respeito dele. Pelo menos, quando Dulce telefonou ansiosamente às 8h, Anahí não tinha nada para lhe contar.

— Ele já foi? — perguntou Dulce baixinho, como se Alfonso pudesse escutar.

— Já. Foi embora às cinco e meia.

— Está tudo bem, Anny? Ele não...

— Não. Nada disso — ela assegurou à irmã. — Como Jeanette comentou, ele foi um perfeito cavalheiro. E Graham e Tim ficaram muito impressionados com o interesse que demonstrou por todos os detalhes da propriedade.

Um enorme suspiro de alívio. — Fiquei preocupada o fim de semana inteiro. Depois do que a mamãe disse sobre as intenções dele...

— Eu disse que não precisava se preocupar. Sei cuidar de mim, Dulce. Os concursos de salto estão cheios de mulherengos e tenho muita prática em afastá-los — o que era bem fácil quando não se sente atração por eles. — Alfonso não criou problema nenhum. Pelo contrário, até levou o cronograma dos concursos de salto que quero participar, e garantiu que cuidaria para que suas visitas não atrapalhem os meus compromissos. E não tem problema você vir aqui me visitar.

Ela não acrescentou — mas não quando ele estiver aqui, pois seria muito fácil evitar que as visitas deles coincidissem, e ela não queria que Dulce ficasse preocupada novamente com as intenções dele.

— Ele parece... amável.

Amável não era bem o termo que Anahí aplicaria a Alfonso Herrera. Pressentia forças obscuras reprimidas nele até chegar o momento oportuno para libertá-las. Só a presença dele provocava-lhe uma excitação nervosa impossível de ignorar ou controlar.

— Que pena que mamãe o excluiu de nossas vidas — continuou Dulce, pesarosa. — Foi o fato de não conhecê-lo que me preocupou.

— Bem, pelo menos ele não quer se vingar de nós, Dulce.