Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Anahí finalmente se forçou a sair da cama, tomar uma chuveirada, vestir-se e se apresentar ao mundo que Alfonso permitira que ela preservasse por mais um ano, porque queria conhecê-la bem. A questão mais premente agora era saber se ele ia querer continuar conhecendo-a.

Jeanette estava na cozinha, tomando chá e lendo o jornal de domingo. Ela levantou os olhos quando Anahí entrou. — Ah! Pronta para o café da manhã?

— Huhum. E com bastante apetite. — ela se sentia completamente oca e precisava muito da comida para confortá-la.

— Hoje vou querer de tudo: bacon, ovos, tomates fritos, cogumelos, se tivermos.

— É para já — Jeanette levantou-se para se ocupar no fogão, lançando um olhar curioso para Anahí. — Estranho você dormir até tão tarde. Eu só passei a ligação porque era o sr. Herrera.

Anahí ignorou o tom interrogativo, não querendo dar explicações. — Grande dia, ontem.

Jeanette sorriu. — Tim contou que você venceu o evento principal. Parabéns.

— Obrigada.

— Contou também que o sr. Herrera estava lá e que foi levá-la para jantar e depois a trouxe para casa. — Isso dito com um olhar malicioso.

— É. Foi isso mesmo — Anahí sentou-se, tentando parecer à vontade.

— Mas ele não ficou — insistiu Jeanette.

— Não. Tinha de voltar para Sydney. Ele só ligou para avisar que provavelmente virá no próximo fim de semana.

— Vou avisar a todos — Jeanette pegou os ingredientes na geladeira enquanto a frigideira esquentava e indicou a cafeteira.

— Sirva-se de café. Acabei de fazer.

— Você me mima muito, Jeanette — Anahí sorriu para ela ao se servir de café.

— Você sempre foi uma boa menina — disse Jeanette, parando um pouco antes de fazer um comentário curioso: — Tim disse que o sr. Herrera está muito encantado com você.

O coração de Anahí ficou mais leve ao ouvir essa observação, mas se Alfonso pensasse que ela havia se aproveitado desse encantamento... ela desejou ardentemente que aquele assunto de gravidez nunca tivesse surgido.

— Gosto dele também. Gosto muito — ela respondeu.

Isso provocou um olhar ansioso de preocupação. — Será que vai dar certo, Anahí? Quero dizer... é meio complicado, com a propriedade e tudo mais.

Era um ponto de vista sensato, e muito válido. O que aconteceria se o seu relacionamento com Alfonso fracassasse, se o interesse dele acabasse mais depressa do que Anahí poderia imaginar? Talvez agora mesmo!

— Não sei, Jeanette — ela respondeu, tentando reprimir um surto repentino de pânico ao pensar em ser abandonada por querer que ele a amasse.

— Seja o que for, que aconteça entre nós, não acredito nem por um instante que Alfonso romperia o contrato que assinamos, então, podemos contar em ficarmos aqui pelo ano inteiro. — Com ele ou sem ele.

— É. Tem isso. E, quem sabe? —Jeanette sorriu, esperançosa. —- Talvez dê tudo certo.

Isso não passava de uma fantasia louca no momento, mas Anahí não queria ser desmancha-prazeres. Estava loucamente apaixonada por aquele homem. Embora ele tivesse dito logo de saída que amor e casamento não faziam parte de seus planos, as pessoas às vezes mudavam de idéia. Na noite passada, a ligação profunda que sentira entre eles havia abolido qualquer preocupação que pudesse ter quanto a ter feito algo de errado. Se Alfonso tivesse sentido o mesmo...

— Onde vocês jantaram? — perguntou Jeanette. Descrever ò jantar era mais fácil do que responder a perguntas sobre Alfonso — perguntas para as quais não tinha respostas. O jantar em Kirkton Park e o concurso hípico ocuparam a conversa durante o resto do café da manhã.

Depois, Dulce ligou, querendo saber se ela conquistara pontos para a Copa do Mundo de Hipismo, e ela reviveu o entusiasmo da vitória para a irmã. Estava na dúvida se contaria ou não a Dulce tudo que estava acontecendo. Nunca houve segredos entre elas, porém não queria reavivar todos os temores de Dulce se confiasse à irmã o que sentia por Alfonso Herrera, por causa da opinião venenosa da mãe sobre aquela situação.

Foi Dulce quem finalmente falou nele. — Sabe quando Alfonso vai visitá-la novamente?

— Ele ligou agora de manhã para dizer que provavelmente vem no próximo fim de semana — ela respondeu, tentando parecer à vontade e sentindo-se mal por não confiar seu segredo à irmã.

Era tudo muito recente, disse a si mesma. E talvez, para Alfonso, já estivesse tudo acabado. Se ele realmente viesse no fim de semana, e ela continuasse sentindo o que sentia, então contaria à irmã e lidaria com uma torrente de preocupações.

— Tudo bem se eu for visitá-la também? — perguntou Dulce. — Gostaria de conhecê-lo em terreno familiar.

O coração de Anahí apertou-se imediatamente. Não queria Dulce ali, de olho nela com Alfonso. Seria constrangedor. Além disso, havia a restrição de Alfonso às visitas de Dulce.

— Pode vir aqui quantas vezes quiser, mas ele não quer que você venha quando ele estiver aqui, Dulce — ela disse francamente. — Ele disse isso desde o princípio. Talvez mude de idéia com o tempo, mas acho cedo ainda para tentar modificar as condições estabelecidas por ele.

Um silêncio curto, tenso.

Anahí sentia-se muito culpada por excluir Dulce, porém não queria que problemas de família interferissem no que era uma experiência nova muito íntima e pessoal para ela.

— Ele acha que tomei o partido de minha mãe no escritório do advogado?

— Não sei — respondeu Anahí prontamente, não se sentindo à vontade para discutir a situação. — Converso com ele assim que surgir uma oportunidade. Está bem?

— Não quero criar problemas para você — veio a resposta, tipicamente ansiosa.

Anahí suspirou. — Não vai criar nenhum problema, Dulce. Não cria nunca. Continue aproveitando seu curso de Enfermagem. Eu cuido de tudo por aqui.

Essa afirmação foi suficiente para acalmá-la temporariamente. Anahí sabia que teria de enfrentar o problema mais dia, menos dia, porém, no momento, ficar sozinha com Alfonso era o principal.