Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Nós tivemos mais dele do que você — ela redarguiu, furiosa.

Anahí vislumbrou o desprezo gélido no rosto de Alfonso quando ele respondeu:

— Bem, espero que vocês tenham acumulado um tesouro de recordações, porque é o único tesouro que vão receber.

O que quer dizer com isso? Ele nem se dignou a responder, dirigindo-se para a escada.

A mãe o seguiu rapidamente, segurando-o pelo braço para chamar sua atenção.

— O que quer dizer com isso? — ela repetiu a urgência na voz revelando uma preocupação profunda com o comentário dele.

Anahí não entendia. Ele não estava simplesmente dizendo que o pai já não produziria mais recordações?

Ele olhou para a mão que o agarrava, depois olhou diretamente para sua antagonista, erguendo uma sobrancelha irônica.

— Precisa do meu apoio, Lady Ellen?

— Não preciso, não — ela respondeu rispidamente, soltando-lhe o braço e descendo para a calçada.

Alfonso Herrera desceu vagarosamente atrás dela. Ao descer com Dulce, Anahí viu as câmeras de TV, e imaginou que aquela cena apareceria em reportagens sobre a viúva e o filho do magnata. E a mãe ficaria furiosa com isso, embora fosse sua própria culpa por perder o controle que tanto exigia das filhas.

Os quatro ficaram de pé na calçada enquanto o caixão era colocado no carro funerário.

— Não admito que você nos acompanhe no carro — a mãe avisou ao homem que não se retirava ao comando dela.

— Não tenho a menor intenção de acompanhá-la, Lady Ellen. Realmente não aprecio a sua companhia — ele comentou secamente, e depois virou o olhar para Anahí, os olhos azuis hipnotizantes concentrados em chamar e prender a atenção dela.

A pulsação dela disparou imediatamente. Era impossível afastar os olhos, nem ela queria fazer isso. Ele era tão fascinante, perigoso e bonito que seu corpo se agitou todo, despertando um forte interesse sexual por ele, embora isso fosse uma insensatez.

— Devo dizer que você fica muito bem de luto, Anahí — ele disse com um trejeito irônico. — Nunca vi nenhuma mulher parecer tão linda num funeral.

Seu corpo todo ardeu novamente. Nunca ninguém havia dito que ela era linda, e vindo dele... embora o mais provável era que fosse apenas para provocar sua mãe, cuja beleza nunca havia sido ofuscada pela filha. Ele queria mesmo humilhar a mãe de todas as formas possíveis.

Anahí podia ter dito que nunca havia visto um homem parecer tão bonito — era verdade — mas a mãe a teria matado. Então ela ficou calada, os olhos presos aos dele, as faces coradas revelando bem sua reação física ao elogio.

— Não é hora nem lugar para nos reaproximarmos — ele continuou, falando apenas com ela, ignorando sua mãe. — Talvez depois da reunião, no escritório do advogado, amanhã.

— Vai... estar... lá?

Anahí mal conseguia falar diante da notícia espantosa de que ele estaria presente à leitura do testamento, e o fato de que o advogado insistira em que elas fossem ao seu escritório, de repente adquiriu um significado nefasto. Assim como o comentário de Alfonso para a sua mãe, sobre as recordações serem o único tesouro que lhe seria deixado. Será que o pai deixara tudo para o filho?

—- Certamente estarei lá — esta confirmação foi dita com um sorrisinho cruel, enquanto ele passava os olhos azuis brilhantes pelas três. —Até lá, senhoras.

E ele se afastou a passos largos. Como um conquistador que destruiu o inimigo, deixando um massacre atrás de si.

Elas entraram no carro. A porta de trás do carro funerário fora fechada. Era hora de seguir para o cemitério. Será que ele estaria lá?

Anahí achava que não. Alfonso Herrera tinha feito o que viera fazer... mostrando-se como uma força a ser considerada, e deixando-as inquietas quanto ao que poderia acontecer no,escritório do advogado no dia seguinte.

Um peso acabava de ser acrescentado ao prato mais leve da balança.