Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Alfonso respondeu ao calor com frieza.

— Acredito que uma temporada na prisão e a desonra pública teriam partido o coração dele mais depressa, Lady Ellen. Meu pacote de resgate deu ao meu pai... e a vocês todas... — volveu o olhar para Anahí, querendo que ela entendesse bem a verdade — mais um ano da vida a que estavam acostumadas.

Uma vida que tinha sido negada a ele aos 7 anos de idade.

Anahí tinha 24 anos. Tinha tido o melhor de tudo até o momento. Os olhos dela confirmavam isto. Estavam tristes, mas sem ódio ou ressentimento pelo que ele fizera. Será que, ela sentia o peso da justiça do lado dele?

— E esse ano deixou-a com uma herança, Lady Ellen — Victor acrescentou. — O corretor de sir Leonard tem os detalhes, mas acredito que a senhora receberá perto de quatro milhões de dólares.

— Quatro! Mas Leonard valia bilhões!

Esse grito revoltado confirmava o interesse mercenário que, para Alfonso, sempre tinha motivado a determinação dela em mantê-lo afastado do pai.

— Não no final — afirmou Victor.

— Vou contestar isto! — ela declarou, levantando-se de um salto, dirigindo sua fúria para o advogado. — Quem tem a posse, tem seus direitos. Vou manter a minha casa. Ele cometeu um erro ao nos deixar continuar lá. — Dirigiu um olhar venenoso para Alfonso. — Não pense nem por um instante que vai me tirar a casa.

— Meu pai me pagava aluguel pela propriedade. Você verá que não tem o menor direito a ela — ele avisou, zombeteiro. — Na verdade, vai receber uma notificação de despejo quando voltar para lá hoje.

— Como ousa? — disse Lady Ellen furiosa.

— Despejo por despejo, lady Ellen. — As palavras saíram docemente de sua boca.

Ela inchou de indignação. — Você não vai me tirar de lá.

Victor levantou-se, pegou a pasta e andou até a ponta da mesa, — Compreendo seu choque profundo, Lady Ellen — ele disse, entregando-lhe a pasta.

— No entanto, o dever me obriga a avisá-la de que, legalmente, a situação é mais complicada, e a senhora não tem base nenhuma para contestar o testamento.

— Veremos — ela rosnou, agarrando a pasta e ordenou para as filhas. — Meninas, vamos embora!

As duas imediatamente se levantaram de um pulo, prontas para obedecer.

— Anahí!

O nome irrompeu da boca de Alfonso, exigindo sua atenção.

Ela volveu em sua direção a cabeça enquanto ele se colocava de pé, fazendo sentir sua presença formidável. Os olhos dela faziam um apelo sem esperança, como se ela quisesse estar com ele, mas estivesse impedida pela lealdade à sua própria família.

— Gostaria de trocar umas palavras em particular — ele insistiu.

— Sobre o quê? —- ela perguntou rapidamente.

— Os cavalos — respondeu Alfonso.

Foi o bastante para que ela não acompanhasse a mãe, lançando a Alfonso um olhar de curiosidade ansiosa.

— Queria discutir com você o futuro dos cavalos — continuou Alfonso, os olhos desafiando-a a ficar firme.

— Sei como você tem se dedicado a uma carreira em concursos de saltos.

— Ignore-o — insistia a mãe. — Não pode confiar em nada que ele diga. Venha.

— Não. — Ousadamente, decidida. — Quero ouvir. Quero saber.

— Está fazendo o que ele quer sua garota estúpida.

— Não vou perder meus cavalos se não for necessário. Alfonso adorou.

— Pode ir com a Dulce — insistiu Anahí. — Encontro vocês mais tarde.

— Lavo minhas mãos — a mãe disse furiosamente, soltando o braço dela e agarrando o de Dulce. — Vamos, Dulce!

Saíram rapidamente da sala.

E Alfonso conseguiu o que queria... um tempo a sós com Anahí Herrera... tempo para sondar sua mente e influenciá-la em seu favor.

Até que ponto ela iria para manter os cavalos e o estilo de vida a que estava acostumada?