Fanfics Brasil - Capítulo 6 Mais que confidentes

Fanfic: Mais que confidentes | Tema: Big Brother Brasil


Capítulo: Capítulo 6

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Um dia sem dormir, uma noite de reflexão, observando o nada, com um olhar perdido, tentando apagar a imagem que insistia em ficar em seu pensamento, ter Angela de volta nos seus braços... nem nos sonhos pensou que aconteceria outra vez, ela sempre foi sincera quanto aos sentimentos dela, Marcelo sempre respeitou. Não queria afetar a amizade, agora, por impulso e orgulho, toda aquela aproximação que conquistou, podia ter jogado fora.


Marcelo ouviu ruídos na cozinha e percebeu que Angela tinha acordado. Na verdade, estava evitando ficar no mesmo ambiente que ela desde quando chegaram noite passada e nenhuma palavra foi trocada. Sua necessidade de estar perto dela era muito maior que o seu controle pra se manter afastado.


Com um mínimo de esforço se levantou e foi caminhando em uma sensação que um caminhão passou por cima e se não fosse o suficiente, o aperto no peito ficava mais intenso quanto mais se aproximava da cozinha.


Angela estava sentada com os cotovelos apoiado na mesa e as mãos nos olhos, o café intocado em sua frente. Tinha a sensação que sua cabeça ia explodir, reflexo de uma noite mal dormida. Sua vontade era a de ser tragada pela terra e desaparecer. Uma confusão na sua mente, um turbilhão de sentimentos. Queria que aquilo parasse.


— Angela...


Ela ergueu os olhos e o encarou. Marcelo parecia tão destruído quanto ela, e sem evitar, perceber aquilo a deixou feliz.


— Deixei café da manhã preparado pra você dentro do microondas.


— Estou sem fome - Incerto, Marcelo se aproximou. - Precisamos conversar.


Angela se levantou de um pulo da cadeira, como se tivesse acabado de tomar um choque de realidade.


— Podemos conversar mais tarde? Estou atrasada para o trabalho.


Marcelo suspirou e impediu a passagem dela pela porta da cozinha.


— Continua fugindo, como você sempre fez.


Angela o encarou com reflexo de indignidade.


— Não sei o que você quer dizer.


— É isso o que você faz quando está se sentindo pressionada, sai correndo como o Diabo corre da cruz.


— Não tenho tempo para isso. - Angela tentou passar outra vez por ele, mas Marcelo segurou seus braços, e com raiva, Angela desviou daquele toque - Me deixe passar.


— Não. - Marcelo foi tão ríspido que Angela percebeu pelo tom a sua frustração - Sobre noite passada, queria te pedir desculpas, aquilo foi um erro, exagerei.


Erro? Exagero? Refletiu Angela, ele não tinha nem ideia da dimensão que aquilo causou a ela. Nem ao mesmo o quanto custava pra ela se manter racional e não lhe socar a cara pela ousadia.


— Mesmo depois da nossa conversa no Rio de Janeiro, como você pode simplesmente fazer isso e agora me dizer que foi um erro?


Angela deu as costas e sentou-se outra vez e abaixou os olhos, com os braços cruzados. Não queria que Marcelo visse em seu olhar o quanto tinha a magoado.


Marcelo paralisou por um instante, admirado com sua capacidade de estragar as coisas entre ele e Angela. Sua vontade era de sair correndo, ir embora e nunca mais dar notícias.


Porém se aproximou e agachou na frente dela. E quando constatou que os olhos de Angela estavam marejados, sendo ele a causa disso, Sentiu que um pedaço seu tinha sido arrancado, a dignidade que pareceu sempre ter, desapareceu naquele momento.


Queria abraça-la, beijar, dizer o quanto a amava. Mas sabia que isso ia deixar Angela apavorada. Provavelmente nunca mais ia querer vê-lo nem pintado em sua frente.


— Só estava tentando ajudar. — Marcelo segurou o queixo de Angela e a forçou encontrar seus olhos — Eu jamais iria fazer algo proposital que fosse te prejudicar.


— Poupe-me do seu moralismo, Marcelo, não preciso da sua ajuda.


E então como um raio Angela se levantou e com passos apressados foi para longe dele, saindo e batendo a porta do apartamento como se fosse descontar todo ódio que estava sentindo de Marcelo naquele momento. E aquilo ainda não parecia ser o suficiente, jamais seria.


 


— Meu Deus, hoje alguém acordou com o pé esquerdo! — disse Frank com olhos arregalados após observar Angela entrar na sala de reunião como um furacão — O que foi? Conflitos no seu relacionamento platônico com o Marcelo?


Angela jogou sua bolsa com tudo na mesa e fuzilou Frank com os olhos.


— Você já foi um assistente melhor, Frank.


Ele percebendo o estado de humor de Angela, preferiu o silêncio antes que uma piada sua custasse seu trabalho.


— Calado me manterei.


Angela observou Frank colocar um álbum em sua frente na mesa. Provavelmente com a prévia do seu último ensaio. Ela esfregou os olhos, estava sem saco pra escolher as melhores fotos, Marcelo tinha ficado responsável por aquilo e ela não confiava se aguentaria trocar uma palavra sem amaldiçoá-lo ou listar várias ofensas.


— Onde está Gabriel?


— Você não sabe?


Angela olhou Frank com confusão.


— Se eu soubesse não estaria perguntado.


Frank suspirou, enchendo o copo de água enquanto refletia se deveria dizer.


— Acho que não sou a melhor pessoa para te dizer. Ele já deve estar chegando.


Porque Frank estava fazendo tanto segredo, Angela não conseguiu entender. A verdade que tudo naquele dia parecia fora do seu controle, pensar era um esforço imenso quando sua cabeça doía tanto.


Porém, como se Gabriel estivesse sentindo, ele apareceu na porta da reunião, com outro homem acompanhando. E Angela paralisou. Sua visão escureceu e por um segundo jurou que ia desmaiar. Entre tantas pessoas, nunca imaginou que o veria assim, em seu ambiente de trabalho, não quando se esforçou tanto para manter distância. Começou a fazer uma oração mentalmente para que tudo aquilo não fosse um pesadelo, como se aquela manhã não tivesse acontece e ele não estivesse ali, parado na sua frente, com um sorriso irônico, a única sensação era a de quebrar aqueles dentes.


Aproximando, ele tirou os óculos escuros, estendendo-lhe a mão. Angela recusou a aceitar, tudo o que conseguia sentir era só repulso.


— Júnior, o que você está fazendo aqui?


Sua rejeição pareceu aumentar ainda mais seu sorriso. O descarado estava achando aquela situação divertida.


— Com essa recepção calorosa, sempre um prazer te ver, minha querida Angel.


Angela recuou, cruzando os braços.


— Espero que você não pense que vou retribuir sua alegria.


 


No instante que Angela saiu por aquela porta, Marcelo sentiu como se fosse seu mundo desmoronar, era como se estivesse revivendo a cena dela saindo pela porta do seu apartamento, várias e várias vezes, em uma sensação de que nunca fosse terminar. Era uma tortura, e assim tem sido desde o momento em que conheceu Angela.


Marcelo tomou um banho que pareceram durar horas e assim que se arrumou, tudo o que conseguiu pensar foi em comprar chocolate para acalmar os ânimos de Angela, porque se fosse depender das palavras, ela ia acabar o enterrando em uma sepultura. Vivo.


Mas antes disso, foi refrescar sua cabeça e pensamentos andando em um parque próximo da casa de Angela. E para sua felicidade, recebeu uma ligação muito bem vinda.


— Ao Paraná que não liga mais para a amiga mais fofa do mundo.


— Poly? Posso saber o motivo dessa surpresa tão agradável?


— Preciso de motivos para matar as saudades do meu querido amigo?


— Eu sei que você não consegue ficar longe por muito tempo.


Do outro lado, ela riu.


— Estou em São Paulo, vamos nos encontrar.


— Agora não é exatamente uma boa hora.


— Nem preciso perguntar para saber que a razão disso é A-N-G-E-L-A.


Marcelo riu tristonho.


— A única que me entende em poucas palavras.


— Mais do que você imagina. — Tatiele pareceu dizer com alguém e retornou a ligação — E ai? E o encontro?


Ele refletiu por alguns segundos, então só chegou a conclusão de um lugar.


— Me encontrar no Rancho Bar às 18hs. Antes preciso passar no trabalho, depois te explico.


Os dois se despediram e Marcelo desligou.


Caminhado depressa, ele passou pela recepção sem cumprimentar Frank, que bufou parecendo ofendido. Talvez tivesse parado por um momento se soubesse o que estava prestes a ver na sala de reunião.


Seu sangue ferveu só de vê-lo sentado próximo de Angela e inclinado para ela. Sua vontade era de carregá-lo e jogar na rua, esperando que um carro passasse por cima. Os outros pareciam estar congelados, sentiram o clima pesado assim que Marcelo pisou naquela sala.


Todos sabiam que Marcelo não era um experiente em esconder suas expressões faciais quando suas emoções ficavam intensas.


Com passadas largas, aproximou-se de Júnior e apontou para a porta.


— Vá embora.


Todos se entreolharam. Pelo menos o que Marcelo observou, Angela parecia se sentir pouco a vontade com aquela situação quanto ele.


— E aí, Marcelo? — Ignorando totalmente a intimação, Júnior se levantou, mas Marcelo sabia que aquilo era só uma pose de defesa e provocação — Quem diria você por aqui, se eu soubesse teria passado para dar um oi.  


Marcelo encerrou os pulsos, tentando com todas suas forças controlar sua vontade quebrar o rostinho bonitinho de Júnior, se fosse fazer aquilo, que fosse longe de Angela.


— Qual o seu problema para entender o sentido das palavras “fique longe”?


Gabriel percebendo o humor de Marcelo, levantou-se em um instante e se meteu entre os dois.


— Ok rapazes, sejam sensatos e resolvam seus problemas longe dessa sala.


— O que ele está fazendo aqui? – dessa vez Marcelo dirigiu-se diretamente para Angela.


Em retribuição ela suspirou e abaixou os olhos, estava tão esgotada que não tinha forças nem para discutir.


— Trabalho.


Marcelo observou-a confuso.


— Como assim, trabalho?


— Recebemos um novo contato, uma revista quer um ensaio de Angela e Júnior.


Podia esperar qualquer coisa, de longe Marcelo imaginou aquilo.


— Isso é verdade?


Angela não respondeu e o silêncio permaneceu naquela sala.



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Autor(a): anceloprasempre

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • nay_lovato Postado em 19/06/2014 - 00:44:34

    Tô amando a sua web, você escreve super bem. Espero ansiosa o próximo cap. Kisses *-*

  • natalia_cyreno Postado em 15/06/2014 - 19:53:26

    Adoreei. Cade o capítulo 2?


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