Na manhã seguinte, antes mesmo de saírem do quarto.
— Ta vendo isto – Paloma apontava para a mancha rocha na sua boca.
— Sim – Victoria fez-se de desentendida — Onde se machucou? – Paloma riu.
— Não seja tão sonsa. Você sabe muito bem o que foi isso.
— Acha mesmo que sou obrigada a saber de tudo que acontece com você Paloma? – alterou o tom de voz.
— Hum.. Já esta se sentindo superior irmãzinha? – apontou o dedo — Não pense que esta guerra já acabou. Ela esta apenas começando e você se prepare. Porque a primeira a cair será você. – Paloma estava furiosa e Victoria soltava fogos por dentro. A Paloma não havia tomado nenhuma atitude ainda em relação às fotos. Acho que de certa forma a atitude da Lupita ajudou em algo. Mas saberia que aquilo não duraria para sempre. No quarto ao lado. Roberta já estava arrumada. Foi a primeira a acordar, algo que era bem estranho. Pois a Josy era sempre a primeira a acordar.
— Por que esta acordada ainda? – Lupita sem abrir os olhos.
— Preciso conversar com o Joaquim.
— Tenho muito dó do seu namorado.. – resmungou.
— Mas por quê?- enquanto arrumava o cinto.
— Que namorada, levante de madrugada para conversar? – e voltou a dormir. Roberta riu. E saiu do quarto. Sabia que era proibido ir ate a ala masculina. Mas tinha que matar sua curiosidade, não havia conseguido dormir a noite toda com pesadelos.
— John, acorda – sussurrava Roberta ajoelhada no pé da cama do Joaquim.
— Roberta o que faz aqui? – sentou-se na cama o Nicolas.
— Xii.. Não quero que acorde O Téo. – olhei para o Joaquim — Preciso conversar com ele.
— Mas tão urgente assim? – ela assentiu com a cabeça — Boa sorte então. – Nicolas voltou a dormir. Joaquim não demorou muito para despertar — Mas que bom dia mais gostoso – Joaquim sorriu de canto e resmungava um pouco com a insistência que Roberta tinha de levantar. — Preciso falar com você urgente. Espero-te na sala de esperas. – Joaquim assentiu com a cabeça e logo levantou.
Na sala..
— O que houve meu amor? – a beijou na bochecha — Porque tanto urgência e porque tão cedo? – ele pulou sentando no sofá ao lado dela.
— Joaquim, quem é a mãe do seu filho? – Fui direta. Ele arregalou os olhos e demorou alguns minutos para responder — Oi?- acenei fazendo acordar.
— Meu amor você esta grávida? – Joaquim brilhava os olhos depois de voltar ao raciocínio. Roberta ria.
— Como vou estar grávida Joaquim? Não se faça de desentendido sabe melhor que ninguém que sou virgem e que nunca tivemos qualquer tipo de relação. – Joaquim desviou o olhar — Porque não quer contar?
— Eu não sei do que esta falando – ele levantou com a mão na boca andando de um lado pro outro.
— Não mente pra mim. – gesticulou com as mãos — Cadê a parte do “vou reconquistar sua confiança” – Ela falou irônica.
— Eu não sei do que esta falando Roberta. – continuou a mentir.
— Joaquim eu ouvi você discutindo com alguém esta noite, não conseguir decifrar de quem era a outra voz.. mas discutiam por uma paternidade. – Roberta o encarava. Joaquim então estava com pontos a mais, se a Roberta não sabia com quem ele estava discutindo poderia negar aquela discussão.
— À noite? Mas a noite eu estava no vídeo game com os meninos? – fez cara de interrogação — Como pode ter escutado a minha voz? E paternidade? Com quem mais eu me relacionaria neste colégio. – Roberta ficou pensativa. Talvez ela tivesse confundido as vozes.
— Tem certeza?
— Sim Roberta. Não tenho porque mentir quanto a isso – ele se aproximou abraçando — E não tem sentido algum. Está-me amando tanto que anda ouvindo minha voz pelos corredores é meu amor? – apertou as bochechas dela e a beijou.
— Bobo – Roberta sorriu — Vamos tomar café? – Joaquim concordou e os dois saíram pela a cantina abraçados.
Na cantina..
— Paty o que houve com as fotos? – Sol perguntava enquanto observava a Lupita e a Victoria rindo na cantina.
— Estão comigo. – Paloma virou-se.
— Achei que agora tínhamos uma empreguete. Mas vejo que não adiantou muito – provocou.
— Isso é o que nós iremos ver. – tomando um gole do suco que estava bebendo.
Aquele colégio parecia pegar fogo em cada parte dele. A Roberta chegava abraçada com o Joaquim. Enfurecendo o Tomás que tratou logo de se aproximar da Sol juntamente com o Diego. A Lupita e a Victoria andavam para cima e para baixo, diria que eram as mais felizes dali ou não. A Josy e o Jorge agora estavam ficando, e para a tristeza de Téo aquilo estava lhe matando como diria o Joaquim. Passaram-se uns dias e a Josy ligou para os pais do Téo como uma anônima explicando a situação que o filho se encontrava na escola. Os mesmos trataram logo de ir verificar a situação e pegaram o Téo em flagrante. O diretor ficou assustado e sem saber como explicar aquilo. Já que A Elite Way School era onde se encontravam os grandes exemplos para um futuro. Isso foi motivo para uma convocação de urgência com todos no salão.
— Mas que droga. O que será desta vez? – Diego reclamava a caminho do salão abraçado com a Roberta.
— Deve ser um daqueles discursos formais que o Mister sempre inventa – Tomás abraçado com a Sol. E o Giovanni se aproximava conversando com a Roberta. O olhar de ódio que o Diego transmitiu para aquela situação foi perceptível. E a Roberta tratou logo de desviar.
Na entrada do salão..
— Depois nos falamos ruivinha – dando um peteleco na cabeça da Roberta e abraçado os quatro — iae, casais mais tops do elite way – riu.
— Mas o que significa isso Giovanni? – o tom da voz do Diego era notável. Assustou a Paloma um pouco.
— Qual problema Diego? – Paloma a encarou.
— É qual o problema dieguinho? – Giovanni ria com as mãos na cintura — Algum problema Tomás?
— Não cara. Claro que não – estendeu as mãos — Estou com a Sol. Caminho livre. – a Sol sorriu ao ouvir isso.
— Ei ei ei – Giovanni interrompendo — O que estão pensando? Não estou de lance com a Roberta não. – desviou o olhar — Mas ela é gente boa cara. Sem neura firmeza? – os meninos riram e entraram no salão. A Roberta sentou do lado do Joaquim e da Lupita, a Victoria consequentemente estava do lado da Lupita.
— Bons queridos alunos – o diretor já estava começando o discurso — O motivo que o trago aqui. Não é dos melhores – encarava os alunos com o microfone na mão — Quero a atenção de todos, por favor – pediu silencio — O assunto que o trago aqui, é sobre um colega de turma de vocês. – os alunos logo se assustaram e a Josy ficou nervosa.
— Tudo bem Josy? – perguntou Jorge. — Sim, sim – ela sorriu de canto, enxugando as mãos na saia.
— O nosso amigo Téo esta em uma clinica de reabilitação – alguns alunos ali presentes não se assustaram muito. Mas o a pergunta que todos faziam era de como eles haviam descoberto. — Silencio! Silencio! Eu sei que está todos assustados, a direção do colégio também ficou assustada. – Josy logo se levantou e saiu do salão — Mas o que quero dizer é que.. – O senhor diretor prosseguiu com o discurso de que eles estavam de olho nos alunos, e que aquilo não era permitido no colégio como aquele.
Fora do salão..
— Ei – Roberta abraçando Josy — Não fica assim. Vai ser o melhor para ele.
— Talvez – Josy chorava.
— Como talvez? Ele vai se recuperar melhor do que estando aqui – abraçando a Josy — acalma-se.
— Você não sabe como são os pais do Téo Beta, acho que não fiz bem – Josy enxugava as lagrimas e balançava a cabeça. — Como assim não fez bem? O que você tem haver com isto Josy? – Roberta assustada. Josy tratou de explicar o que havia feito para que os pais do Teo descobrissem — Mas porque fez isso então?
— Ele precisava de ajuda Roberta. Ver o Téo daquele jeito estava me matando, não estava conseguindo ter paz. – Roberta fez cara de que quem entendia a justificava de Josy. E logo todos começaram a sair do salão e as duas trataram de ir para a aula.
Os alunos teriam aula vaga do professor de artes. Ele estava organizando uns projetos para os alunos, e estava na sala do diretor tentando convencê-lo a aceitar. Enquanto isso..
— Oi Roberta – Mía se aproximava .
— Oi Mía – Roberta tratou logo de fechar o livro que estava lendo.
— Atrapalho?
— Não claro que não senta ai – fez sinal para ela sentar. E mia sentou.
— Bom, eu vou ser breve. Não quero que as pessoas me vejam com você. não cairia bem já que você esta tão mal falada – Roberta ria irônica.
— Não foi isso que você veio falar.. Foi? – Roberta balançava a cabeça. — Não. Quero dizer que você vá a sala de TV esta noite. Acho que vai lhe interessar o que você ira encontrar por lá.
— Mas o que seria assim de tão interessante?
— Bom, se eu contar estraga. Mas prometo – levantou a mão — Não é nada que vá lhe fazer mal – Sorriu e saiu.
Mía falou tudo aquilo. Saiu me deixando extremamente curiosa. Então já viu ne? Eu não via a hora de chegar a noite.
Em fim a noite chegou. A Roberta só não sabia como iria sair do quarto. O senhor inspetor sempre passava para conferir se as portas estavam realmente trancadas. Mas a curiosidade dela estava matando.
— Lupi quero que me ajude a sair esta noite. – Roberta se arrumava.
— Mas pra onde ‘cê’ vai? – Lupita deitada conversando com Victoria por mensagem.
— Não sei. Na verdade tenho que ir a sala de TV, a Mía deixou este carregado.
— Esta louca? Vou com você – Lupita levantou-se.
— Não. – Roberta terminou de se arrumar — Eu irei sozinha.