Na sala de Tv...
Celina já estava sentada a espera de Joaquim. Estava muito confusa. Não tinha certeza do que estava fazendo. Mas talvez ele tivesse realmente razão. Daqui alguns instantes ela teria que tomar uma decisão. E a Mía não paravam de mandar mensagens tentando fazê-la desistir, mas Mía confiava na Roberta. Ela poderia estar com a fama que fosse, mas como diria o Giovanni ela no fundo parecia ser uma garota do bem e hoje cedo havia deixado bem curiosa.
No quarto..
— Bom vou indo – Roberta abria a porta devagar. O corredor estava extremamente escuro — E não se preocupa. Besitos. – Roberta saia do quarto, ainda arrumando seu cinto pelo o corredor.
No corredor..
— Ei – Roberta paralisou ao ouvir uma voz a chamando. Ele ria.
— Quem está ai? – ela tremia. — A sua consciência. O que esta pensando em aprontar? – ele fazia uma voz estranha, mas reconhecível. Roberta virou-se.
— O que quer Diego? – ela bufou. — E o que faz aqui, é proibida á entrada de homens aqui. Não sabia? – ela cruzou os braços. — Não é da sua conta o que faço aqui. E você aonde vai? – ela gargalhou — Não é da sua conta o que faço ou deixo de fazer.. E se eu me lembro bem, você esta pouco nem aí para mim não é mesmo? – ela riu e virou-se.
Na sala de Tv..
— Sabia que não falharia comigo – Joaquim se aproximava de Celina com a voz roca e ria.
— Joaquim. Você tem certeza que quer matar o seu filho? – Celina chorava. E ele ria — O meu filho? Esta bêbada garota?
— Não Joaquim. É o seu filho. – Celina insistia. Foi pega de surpresa a entrada de Roberta na sala.
— Que filho Celina? – ela indagou. E Joaquim a fez sinal para mantivesse calada.
— O que esta fazendo aqui Roberta? – ele indagou. — Eu quem te pergunto Joaquim, o que esta fazendo aqui? E que filho é este? – ele começou a gaguejar — Roberta.. Como soube? – ela o interrompeu — Que filho é esse, Celina? Não tenha medo estou aqui. – Roberta estava enfurecida.
— Estou grávida do Joaquim Roberta – Celina sorria canto a canto. Finalmente a Roberta saberia da verdade.
— Cala a boca gorda infeliz. Não fale asneiras – Joaquim virou-se para ela e depois se virou para Roberta. — Eu posso explicar.
— Não tem o que explicar. – olhava para as pílulas na mão do Joaquim — E o que esta tentando fazer?
— Ele quer matar o próprio filho Roberta – Celina não temeu. E aquilo estava deixando Joaquim enfurecido. Roberta arregalou os olhos — E você bem que concordou – Joaquim sorria.
— O que tem na cabeça Celina? – Roberta balançava a cabeça.
— Ele me pressionou e eu não queria ficar sem ele.
— Como ficar sem ele? – Roberta se aproximava de Joaquim — Eu saberia que Joaquim jamais assumiria o nosso filho, e em fim, ele não iria te deixar para ficar comigo eu estando grávida. – Roberta o encarou — E ele te ofereceu amor no lugar do aborto? – Celina balançou a cabeça concordando que sim e Joaquim gritou que era mentira — Cale-se – Roberta chorava após a tapa que deu na bochecha de Joaquim. Fazendo-o ele virar e continuar de cabeça baixa. — Como pode deixar-me enganar tanto? – ela virou-se para sair e ele a puxou — Roberta o que vai fazer? – ela chorava e olhou para ele — Nada. Vai cuidar do seu filho Joaquim. Agora sim tem algo com que realmente se preocupar – encarou Celina — E você, não seja tão louca. Não mate uma criança por falta de responsabilidade deste ai – Roberta enxugava as lagrimas que caiam do seu rosto e puxou o braço e olhou de canto para Joaquim e saiu da sala.
Pov. Roberta
A imagem daquela discussão não saia da minha cabeça. Fiquei um pouco parada ao sair da sala de TV. Aquilo não poderia estar acontecendo comigo. Eu e Joaquim estávamos muito felizes desde quando ele resolveu me reconquistar, estava me tratando diferente. Não me dava motivos para desconfiar e de certa forma, realmente parecia que tudo dentro de mim estava se ajeitando. Tirando algumas vezes que o Tomás me provocava e sem motivo algum eu sentia-me triste. E agora? Joaquim seria pai, de um filho que não seria meu. Era impossível de acreditar, talvez aquilo fosse para me fazer acordar e ver que meu relacionamento com o Joaquim já era um laço que não se formava mais. Nossas vidas não eram mais como antigamente, as pessoas na qual conviviam não eram as mesmas. Não conseguia entender como se relacionou com a Celina. Mas aquilo pouco me importava também. Ela agora estava grávida dele, isso de certa forma iria unir os dois. E eu não iria saber lhe com a situação..
Pov. Joaquim
Me senti perdido naquela situação. Sai daquela sala enfurecido. Precisava arrumar uma solução para aquela situação. Não iria ter um filho com a gorda da Celina. Como iria reconquistar a Roberta? Certamente ela estaria pensando inúmeras coisas ruins. Os nossos planos estavam saindo por água baixo. Estava me odiando naquele momento. Não me sentia bem fazendo a Roberta sofrer daquela maneira, ela sempre foi muito parceira comigo. Talvez se eu tivesse aceitado a situação e explicado para ela. Ela talvez não tivesse me deixado. Mas com certeza estaria me odiando pelo o que fiz com a Celina, então eu estaria perdido em qualquer que fosse a situação. Mas essa gorda infeliz poderia ter ficado calado, mas não se sentiu muito satisfeita ao ver a Roberta me deixando. Mas se a Celina pensa que vai destruir a minha vida assim ela estava muito enganada. E quanto ao filho que ela esperava? Não estava ligando para ela. E isso, deixei bem claro após o tapa que dei na cara dela por ela ter dito todas as aquelas para a Roberta.
Pov. Celina
Estava nítido de que o Joaquim estaria me odiando agora. Mas já que Roberta havia desistido tão facilmente. Aquele filho seria a isca para prender o Joaquim a mim. Porque querendo ou não ele teria que assumir aquela criança. O que eu não sabia como agir era em relação ao outros. Ao diretor e aos meus pais, como explicaria aquela situação. Apesar de que não havia muito que explicar, eles sabiam muito bem como se formava uma criança. (risos)
Roberta se escondia cada vez mais do Joaquim. Apesar de que o Joaquim desta vez estava dando um tempo para Roberta. Tomás e Sol estavam cada vez mais próximos. Roberta já não aguentava mais vê-los juntos. Diego ria ao ver a Roberta chorando por cada canto do colégio. Lupita tentava ajudar, mas Roberta negava a ajuda. Mía estava satisfeita com o que havia conseguido, estava ansiosa para ser tia.
— O que houve robertinha? – Mía cruzando os braços interrompendo a passagem de Roberta. Roberta a encarou. E Tomás observava aquela cena da escada. Sem ligar muito para o que Sol e Diego estavam falando.
— Oi mia – Roberta sorriu de canto. — Por que essa carinha? – Mía ria irônica. — Esta feliz não é mesmo? – Roberta fechou a cara — Mas é claro. Vou ser tia tem coisa melhor? – Mía rodava em torno de Roberta — E o avô do meu sobrinho é político.. Rico,rico – Mía comemorava e Roberta ria irônica — Ah claro – Roberta virou-se para Mía — Como você poderia estar triste não é mesmo?
— Sim, como? – Mía indagou a encarando. — Pois façam bom proveito de toda esta Fortuna. Tenho muito dó dessa criança – Roberta desviou de Mía e saiu. — Pois não tenha coitadinha – Mía gritou.
— Esperem um pouco – Tomás desceu as escadas e foi de encontro a Mía — O que houve Mía?
— Não se preocupa Tomás. ela não era pra você – tirando um bicho que tinha no ombro de Tomás.
— Mas digo – ele desviou e gaguejou — Porque estavam discutindo?
— É que ela terminou com o Joaquim – automaticamente Tomás sorriu — Mas não pense em voltar com ela, ela não presta.
— Não, claro que não. – Tomás coçou o queixo — mas, porque terminaram?
— Discutiram. E adivinha quem organizou tudo? Euzita – Mía comemorava.
— Como? – Tomas ria de braços cruzados. — Bom, a Celina esta grávida do Joaquim. Então..- Mía olhou a Celina passando indo atrás do Joaquim — espere Tomás. Volto depois.
Pov. Tomás
É claro que aquela noticia havia me deixado extremamente alegre. Não deixei que o Diego e a Sol notassem a diferença do meu humor. Sabia que a Roberta estava sofrendo. E não queria vê-la daquela forma, apesar de tudo que ela me fez passar.
Do outro lado do colégio..
— Alô ? – Paloma falava no celular. — Papai, o senhor irá viajar este final de semana?
Pai: — Não me filha. Porque algo urgente?
— Sim, temos que ter uma conversa seria.
Pai: — esta me assustando filha. Do que se trata?
— Bom papai, posso adiantar que é sobre a Vick. Estou preocupada com umas coisas que descobri sobre ela. Mas peço que não fale nada com ela.
Pai: — sim. Mas acho melhor conversarmos antes do final de semana. Vou ligar para o Pascoal e pedir permissão para que saia do colégio. Está bem?
— Claro papai. Claro que sim – Paloma desligou o telefone e logo voltou para a sala. Não demorou muito para que a Alice fosse chamar na sala. Deixando Lupita e Victoria um tanto preocupadas. Quando a Alice disse “Paloma Vaz seu pai a espera no estacionamento, e você tem permissão para sair. Com licença professor.”