— Cara onde você se meteu ontem? – Diego batendo na cabeça do Tomás que estava sentando na cantina.
— Não faz isso Diego. Minha cabeça esta explodindo – Tomás colocando a mão na cabeça. — Cadê o tomate?
— O tomate. Esta no hospital – Diego ria ao sentar-se na cadeira.
— O que houve com ele? – Tomás de cabeça meia baixa.
— Coma alcoólico. – Diego ria — Como todos os anos, o aniversario da Mía fazendo estrago. – os dois riram.
No fim da tarde o Diego e Tomás pediram permissão para ir visitar o Giovanni no hospital.
— Que amigos bonzinhos . vieram me buscar – Giovanni deitado na maca.
— cara, você não se controla – Tomás.
— valeu a pena. – Giovanni — a menina me estragou cara. – os meninos riram.
— vamos garanhão. Não quer que o diretor saiba que esta aqui, porque entrou em coma alcoólico – Diego saiu para falar com a enfermeira.
— e você, onde se meteu ontem mocinha? – Giovanni arrumando-se.
— me meti com a Roberta. – Giovanni logo arregalou os olhos.
— vou ser tio? Eu disse, eu disse pro Diego – Diego se aproximava — O que voce me disse tomate? – Tomás fez sinal para que ele ficasse em silencio. — Que o Tomás estava fazendo um filho.
— Acho que você ainda esta bêbado – Diego olhou para a enfermeira — Tem certeza que ele esta curado ?
— Ow cara! Não exagere. Curado de que? Estou precisando de outra dessas – Giovanni saindo da sala com o Tomás. e logo em seguida o Diego saiu. Eles voltaram direto para o colégio. O que se ouvia nos corredores era os comentários sobre a ilustre festa da Mía.
— Cara, todos foram para esta maldita festa ? – Lupita falava fechando o armário.
— Acho que sim, até eu estive presente..– Roberta ria.
— Como assim esteve presente se te vi dormindo? Bem vacilo dela não nos chamarmos. – lupita — Até que não me importei de não ir para festa – Roberta estava de um sorriso de um canto a outro. — Mas, o que aconteceu? Há tempos não a vejo este sorriso. — Voltei com o Tomás. E bem, estive presente pois a musica que o Miguel cantou para a Mía foi eu quem compus. – lupita engasgou com o chiclete que mastigava — Como isso? – as duas saíram caminhando em direção à sala, e Roberta contou tudo que havia acontecido naquela noite.
Os professores estavam com dificuldades para dar aula naquele dia. A festa da Mía aconteceu praticamente no meio da semana. Victoria evitava a Roberta em todos os lugares, tentou ate ir ao diretor trocar de turma. Mas não conseguiu, as turmas na elite way eram todas fechadas. No final da tarde...
— Onde estava ontem Tomás? Ainda não disse – Diego
— Vou indo deu a minha hora – Giovanni piscou para o Tomás e saiu.
— Estava com a Roberta – Tomás. o Diego o encarou por cerca de uns 5 segundos.
—Como com a Roberta? Está louco? – Diego.
— Eu a amo Diego. Eu preciso dela, e ela me parece precisar de mim também – Tomás ficou cabisbaixo.
— Eu não consigo acreditar nisso Tomás. – Diego balançava a cabeça — Depois de tudo que ela fez.
— Diego, você não entende cara. Quando me aproximo da Roberta sinto vontade de cuidar dela, de proteger ela. – Tomás gesticulava com as mãos — Acho que todos que vivem ao redor dela são assim, não sentem outra coisa – os olhos de Tomás brilhavam ao falar com tanto carinho da Roberta aperta de tudo. E Diego ficou de olhos arregalados com tamanha declaração. — Ela parece um anjo sem asas, ajudou ate a Mía mesmo ela sem merecer. Apesar de tudo que ela já fez, me machucou muito claro – concordou com a cabeça — Mas o que eu sinto é maior do que tudo isso. O beijo dela é anormal cara.
— Não esta exagerando? Beijos são só beijos. Falando assim parece que nunca beijou.
— A boca dela parece um doce morango, de tão vermelha. - fechou os olhos ao imaginar — O beijo dela é calmo e ao mesmo tempo ardente, me faz delirar..
— e na cama como é? – Tomás logo abriu os olhos assustados desviando o olhar — Por que claro. Pra te deixar assim, só sendo muito boa mesmo. – Diego o encarou.
— ela é.. – Tomás tentativo desviar a conversa. E o Diego o conhecia bem, na verdade sempre que um deles tentava desviar a conversa eles já sabia que..
— Nõ nõ.. Ela é ? – Diego com a mão na boca
— Sim, ela é virgem.. E deixo tudo no tempo dela. Não tenho coragem de forçar nada. – Tomás voltou a encarar Diego.
— Eu não consigo acreditar. – Diego ria. — Eu sei que você irá sofrer de novo. Mas eu sou seu irmão, não lhe apoio desta vez, mas que sejam felizes.
— Eu sabia que não ficaria com raiva de mim – Tomas o abraçou— E espero que a respeite também.
— Pode deixar – a Paloma logo chegou com e puxou o Diego para uma conversa. Paloma estava histérica com os comentários da festa. E Miguel logo passou ao lado dos dois.
— Meu amor aguarde um instante.. Preciso falar com o Miguel. – Diego beijou a testa de Paloma e saiu. — Miguel – gritou — Espera. – Miguel virou-se.
— Iae cara. O que foi? – Miguel.
— Quero te parabenizar cara – bateu palma — Foi espetacular na festa da bebê ontem — Diego com a mão nos bolsos.
— Obrigada – Miguel ria.
— Mas, qual nome da música? – Diego desviou o olhar — Poderia me emprestar a letra para cantar em alguns shows. E olhe que coloco os créditos – Diego fez sinal de legal rindo.
— Tem um problema – Miguel coçou a nuca. E Diego arqueou as sobrancelhas — Eu não sei o nome da música – risos.
— Como não?
— Cá entre nós cara – Miguel sussurrando — Não foi eu quem a compus. Tive a ajuda de uma amiga.
— Ah. Então me diz o nome dela, para que eu possa pegar com ela a original. Ou completa – Diego rindo.
— É a Roberta – Miguel o encarou. E Diego começou a gargalhar
— Está de brincadeira não é mesmo? – Diego estendeu as mãos.
— Não. Ela têm muitas letras, e me emprestou está. – Miguel lembrando-se — E eu até pedi para ela cantar, porque na voz dela combina bem mais.. Só que a Mía não a suporta. Então seria um pesadelo.
— Obvio. – Diego olhando para o lado — Valeu cara. Deixa queto.
— Beleza – Miguel saiu.
Pov. Diego
Não conseguia acreditar que havia sido a Roberta que teria composto aquela musica. Claro, que ela não fez aquela musica pensando no Tomás. E bem, eu estava precisando de musicas novas. Acho que estava precisando de fato, era deste caderninho que o Miguel havia deixado escapar sobre a Roberta. Talvez aquela garota tivesse mais segredos do que se poderia imaginar. Entrei no quarto dela em silencio..
— Cadê você caderninho. – mexer nas gavetas da Roberta. — Não vou desistir. – parei um pouco com a mão no queixo. Agachei-me para procurar na prateleira de baixo. Ate que ouvi a porta abrindo. — Que não seja a Lupita – sussurrei.
— O que esta procurando? – Roberta gritou aproximando-se. Levantei-me e afastei-me.
— Um cordão.
— Ah.. – ela encarou — Um cordão aqui? No meu quarto? – Roberta ria — Acho que tá perdendo seu dom Diego.
— Para quem compôs a música? – Diego a encarou. E ela desviou o olhar ao ouvir ‘compôs’. — Não foge.
— Não sei do que está falando – virou-se de costa. Agachando-se para juntar umas coisas.
— Claro que sabe – a puxei pelo o braço esquerdo e a encarei — Para quem compôs? – Roberta tremia e suspirava forte demais.
— Não preciso de inspiração para compor qualquer coisa que seja.. – revidou mordendo os lábios e tremendo.
— Ah não? – rir irônico. — Y me pongo a temblar..Me muero de las ganas de abrazarte y el corazón es quien te llama.. – Diego cantou com a sua voz roca. — Tremendo igual está agora? – Diego fixou o olhar.
— Não seja ridículo Diego.. Estou tremendo porque estou desequilibrada – Diego logo a soltou e ela se arrumou.
— Quer saber? – ele caminhou ate a porta — Eu não acredito.- virou-se para ela e piscou — Não se engane. – bateu a porta saindo. E Roberta começou a chutar tudo que viu pela a frente com raiva.
— Mas que ódio.. Calma roberta, como poderá ser tão convencido? – olhou para a cama — Acho que melhor ir dormir. Preciso em acalmar. – Roberta deitou-se e dormiu.