O professor deu sequencia aos alunos depois do Diego. Todos entraram na sala de um por um, como estava programado. — Como havia dito, tive uma duvida entre as meninas para escolher a Julieta. Mas selecionei algumas para ensaiar com o Diego a cena seis, em que a Julieta dança com o Romeu mascarados. Trouxe duas mascaras. E Diego peço paciência para dançar com cada uma. – assentiu.
Giovanni: — o dieguito sempre com os melhores papeis. Sem acochamentos. – provocou a Paloma.
Paloma: — pode falar as garotas professor.
Otávio: — Giovanni, gostaria que ficasse controlando a luz do salão. A deixe apenas no centro. – Giovanni logo programou as luzes do salão, apagando todas. — Prosseguindo, quero a Paloma.
Paloma: — Este papel já é meu professor. Besitos meninas – rindo.
Otávio: — acalme-se senhorita Paloma. – sorriu — A Victoria, a Sol e a Roberta. – Diego tremeu quando o professor falou o nome da Roberta, ele sabia que aquilo poderia ficar suspeito. Lupita logo arregalou os olhos para a Roberta.
Roberta: — eu professor?
Paloma: — ELA PROFESSOR? COMO ELA? – Paloma gritava. — Paloma acalma-se, antes que lhe tire da seleção. Sim Roberta, você. Sem discussões. – Diego a encarou sem piscar.
Tomás: — Não vou aguentar ver isso.
Giovanni: — é o Diego cara, relaxa. É só uma dança.
Tomás: — não suporto. Vou sair daqui. – Tomás saiu da sala dando a desculpa que estava passando mal.
Joaquim: — Qualé corninho? É demais ver o seu chifres expostos assim? – provocou.
Tomás não ligou apenas saiu. Os ensaios então começaram. Todos estavam sentados abaixo do palco, o salão era idêntico a um teatro. O Giovanni já havia programado as luzes. A primeira foi a Sol, o professor não sentiu sintonia entre eles, a sol por ser bem mais baixa que o Diego ficou estranho, a dança ficou totalmente errada, pois o Diego faltava pisar o pé dela.
Giovanni: — mas que sapateado é esse? – todos riram.
Otávio: — CORTA .
Lupita: — professor essa musica é muito linda.
Otávio: — Concordo Lupita. – sorriu — Victoria sua vez.
A Victoria não fez esforço algum para sorrir ou olhar nos olhos do Diego como havia na descrição da cena, o professor a mandou sair assim que ela começou a dançar olhando de lado. A próxima foi a Paloma que ficou cheirando o pescoço do Diego o tempo todo e falando durante toda a cena, e enlaçando as pernas nas pernas do Diego. O professor achou uma pouca vergonha. A próxima foi a Roberta.
Lupita sussurrou: — isso não vai dar certo.
Josy: — o que disse Lupi?
Lupita: — nada, nada. – sorriu de canto.
Leiam Ouvindo: RBD - Por Besarte
Pov. Roberta
Me aproximei do Diego, como estava descrito na apostila. Coloquei-me na posição inicial, meus olhos não conseguiam desfocar do dele,suspirei. Percebia que Diego olhava para a minha boca diferente. Minha mão suava como nunca soou antes, não sabia o porquê daquela reação só de me aproximar dele. Em fim, tocamos as mãos. No decorrer da dança senti a sua respiração no meu ouvido. Ele não conseguia parar de olhar-me, eu nunca vi tanto ódio junto (ao menos era assim que eu sentia). Estava rezando para tentar fazer tudo errado, mas não conseguia. Mesmo com a mascara ele conseguia encontrar o meu olhar no dele. Nossos corpos estavam em perfeita sintonia. Sentia o corpo quente dele encostar em mim, mesmo com o fardamento. Estava nervosa para a hora do giro. Ele girou-me e me encostou-se ao peitoral dele (eu estava de costas) senti a respiração dele mais uma vez no meu ouvido, estava of-egante, que me fez fechar os olhos. Acho que estava completamente louca, havia esquecido que os outros alunos estavam ali presentes, e que o professor estava ali também. Em fim, virou-me colocando-nos rosto a rosto, nariz com nariz, olhou nos meus olhos ate que..
Pov. Diego
A presença dela nem que fosse por cerca de alguns centímetros longe já me incomodava, imagine dançar com ela. Uma dança que duraria quase quatro minutos. Ela se aproximou a pedido do professor. Aquela estranha sensação voltou novamente, me assustei de primeira. Pois achava que naquele dia da festa, teria sido algo de momento. Mas que droga (pensei) logo agora. Isso tinha que acabar. Começamos a dançar no ritmo que a música levava. Meu corpo queimava por dentro, o corpo dela colado ao meu lado não estava ajudando muito. Olhava para a sua boca avermelhada aumentava o meu desej.o. Naquele momento esqueci completamente que estava dançando com a namorada do meu melhor amigo. O giro foi à parte mais difícil, pois teria que segurar fortemente a mão dela. O encontro dos nossos olhares era natural, não consegui desviar em momento algum, ela parecia me hipnotizar. A música também não ajudou muito, talvez se estivéssemos sem musica, não havia tanto desejo junto (ao menos da minha parte). Chegando ao final da dança, paramos olho no olho, a respiração dela não estava ajudando e ter a sua boca tão próxima da minha, abaixei o olhar para a sua boca e ela continuava de olhos fechados, aproximei nossos lábios..E estava próximo demais, eu queira beija-la, nem que fosse apenas um ‘ensaio’ de alguns minutos não dançaríamos a dança toda. Até que o professor começou a aplaudir. E me afastei dela rapidamente, abaixando a cabeça, sorrindo de canto.
Lupita: — meu Deus, é pior do que eu pensava. – sussurrou novamente.
Josy: — lupi, você esta ficando louca. Eu creio que precisa de ajuda. – riu.
Lupita: — não Josy, quem precisa de ajuda é a Roberta. – Observando a cena.
Otávio aplaudindo: — Nunca vi tanta sintonia, tanta euforia e calmaria junta. Você será a nova Julieta, Roberta. – o professor sorria de dente a dente. A Paloma estava enfurecida por aquele ensaio e começou a fazer escândalo com o professor.
Joaquim: — Você não quis dizer tanto DESEJ.O professor? – provocou. Rindo com o Téo e Nicolas.
Diego olhou para a Roberta imediatamente.
Roberta: — Não seja ridículo Joaquim. Foi apenas um ensaio.
Otávio: — desta vez terei que concordar com Joaquim, de certa esse d.esejo entre vocês ajudou bastante. A nossa peça será um arraso. – Bateu palmas.
Diego e Roberta: — Estar louco? Que d.esejo?
Otávio se assustou: — porque tanto espanto?
Diego: — Aqui não existe nada disso. O senhor mesmo disse que me sairia bem como Romeu.
Otávio: — Sim. Já que dizem que não, tudo bem. – a Paloma começou a gritar com as provocações. A Roberta tratou logo de sair do palco. E o professor tentando acalmar a Paloma, e prosseguindo com os papeis que sobravam.
De um lado do salão..
— Agora entendo o afastamento – Giovanni indagou de braços cruzados.
— Do que esta falando? – Diego fez cara de espanto. Giovanni riu.
— Não adianta Diego, não sou seu amigo de ontem. Conheço você. – gargalhou.
— Continuo sem entender do que esta falando. – Diego balançando a cabeça negativamente.
— Só tenho a cara de burro, mas não sou espertinho.
— Esta me estressando e me deixando confuso.
— Quem esta te deixando confuso. Tem outro nome. E ela chama-se Roberta Pardo.- Diego engasgou.
— Pirou Giovanni? Esqueceu que é a mulher do Tomás cara.
— Disso eu lembro-me bem. Mas você quem parece que esqueceu neste ensaio. Diego fez cara de desentendido.
— Diego, da pra dizer o que houve na festa cara. Desde festa você está sempre afastado quando a Roberta esta junto. Andando sempre com a Paloma, coisa que você detesta. E agora isso no ensaio.
— Isso o que Giovanni?
— Esse DESEJO cara. DESEJO! - segurou o rosto do Diego com as duas mãos — VOCÊ QUERIA BEIJA-LA. Estava nítido. A sociedade elite way toda percebeu. Até o drogado do Joaquim notou – Diego ficou assustado. Coçou a nuca.
— Não sei cara, não sei. Isso tá me matando desde a música,a festa, e sim eu queria beija-la. – desabafou. — Cara, relaxa. Eu não vou falar nada pra ninguém, muito menos pro Tomás. Eu sabia que esse “ódio” iria se transformar em algo.
— Não exagere Giovanni – balançou a cabeça.
— Diego, corra disso. Você sabe que não é possível. – lembrou.
— Acha que não sei disso? A imagem do Tomás falando o quanto é apaixonado por ela, passa todos os dias na minha mente. Estou tentando correr. Mas veja só, estava tudo bem. Tudo ocorrendo bem, já havia me esquecido de tudo da festa. Mas veja só agora eu sou Romeu e ela Julieta. – chutou o ar.
— O que teve na festa? Vocês não? – suspeitou.
— Não cara, eu estava bêbado. Mas nem tanto. Mas essa maldita sensação surgiu quando o Tomás pediu que eu a levasse para a casa, e ela estava histérica, tive que segurar pelos os braços, e ela quase caiu em cima de mim e depois a levei pro apartamento, subi com ela nos braços porque ela dormiu no carro. E quase me debrucei em cima dela de novo. – baixou a cabeça — Não quero isso pra mim Giovanni, não quero, não posso – levantou a cabeça — Espero que passe rápido.
— Foi pior do que pensei. – Giovanni boquiaberto — Isso não vai passar cara, você vai ensaiar com ela até sábado que é quando acontece a peça. Até lá controle-se e principalmente não deixe o Tomás perceber isso.
— Hoje ele veio conversar comigo. Disse que era por que achava que a Paloma estava me traindo. – Giovanni riu loucamente.
— E ele acreditou?
— Sim.
— Tomás está realmente alucinado.
Pov. Roberta
Sai daquele salão com a cabeça a mil. Sair andando pelo o jardim e só depois notou que a Lupita estava atrás de mim.
— Não pode correr para sempre. – Lupita afirmou. Em fim parei de caminhar. — Esta louca?
— Não. – Roberta.
— Que p.orra foi aquela no salão? – apontando para o salão.
— Até você? – encarou Lupita.
— Bom, também faço parte da sociedade Elite Way como já dizia o Giovanni. – sorriu ironicamente — Poderia me explicar. – cruzando os braços.
— Não tenho o que explicar. Foi só um ensaio. – gesticulou.
— Ah claro que foi só um ensaio.. Obvio. Faltou apenas um beijo para ser uma cena de novela. Roberta arregalou os olhos.
— Esta doida? Esqueceu que namoro o Tomás. O melhor amigo do Diego. – Lupita balançou a cabeça, e começou a andar de um lado pro outro.
— Sim, e lembro que isso também é o único motivo que impede que vocês tivessem se beijado naquele momento. – Roberta virou-se a cabeça de lado.
— Não faça graça lupita. Por favor. – pediu que ela parasse com as mãos. Josy chegava correndo.
— Beta você esta de lance com o Diego? - Roberta assustou.
— ESTA LOUCA? – arregalou os olhos. E Lupita riu.
— bom, é que no salão.. – interrompi
— O que teve no salão gente? Parem com isso, estão criando historias eu em.
— Se não teve, pareceu muitíssimo.
— É isso que estou tentando explicar para ela Josy. – Lupita gesticulava — Mas ela continua insistindo em dizer que foi apenas um ‘ensaio’ . Então foi um ensaio nê Josy? – lupita fez sinal irônico para Josy.
— Sim, claro que foi. A peça já acontece sábado. – riu e cruzou os braços.
— Espero que esta semana passe rápido. Sinto que ela vai ser uma super superação. – Roberta suspirava. — Mas ora essa hora Roberta, porque superação? – Josy e Lupita riram.