— Técnico. – Roberta arregalou os olhos, e Diego o encarou — Não esperava essa desconfiança de você Tomás. Sempre lhe apoiei namorando com está daí – apontou para Roberta — E agora vem com isso? Acho que já deu minha hora – Diego abriu a porta do flat e saiu.
No apartamento...
— Pronto agora que o Diego já foi.. – Tomás ficava na frente da porta — Não precisa me esconder mais nada. Eu sei que tava com medo da presença dele aqui. – tomas o encarava.
— Tomás eu não tenho mais nada que esconder de você.. – Roberta o olhou de baixo para cima.
— Roberta não cometa o mesmo erro do que foi com o Joaquim. Desta vez você poderá me perder para sempre. – Tomás já estava mais calmo, ele notou a quão Roberta estava aflita e chorosa. (pensamento Roberta= Mil pensamentos passaram pela a minha cabeça, não sabia ao certo o que estava sentindo pelo o Diego, talvez fosse passageiro, talvez fosse apenas o momento, recordei-me da cena de quando voltei para o salão, todas aquelas coisas que o diego havia me dito de que sua ‘duvida’ estava acabada, ou seja, ele não sentia nada por mim, além do desejo de que eu fosse ‘extremamente louca por ele’, não poderia arriscar e perder o tomas novamente,me sentir em um beco sem saída, , e cair na besteira de errar novamente igual foi com o Joaquim)
— Não quero te perder de novo Tomás.. – Roberta o olhava.
— Pode começar desmentindo o Diego.. Aquele beijo não foi técnico não foi? – Tomás sentou-se ao lado de Roberta. E ela suspirou.
— Não.. – fechou os olhos — O Diego me beijou.
— Desgraçado! – Tomás levantou-se esmurrando a parede. — O Diego acha que pode ter todas as mulheres do mundo.. Que todas giram ao redor dele. Claro! Com você não seria diferente – Tomás andava de um lado pro outro — Ele queria lhe testar, fazer provar que com você também seria assim. Mas por que correspondeu?
— Tomás.. Acalma-se!
— Como posso em acalmar Roberta? Como? – Tomás a encarava — Eu fui traído pelo o meu melhor amigo.
— Não correspondi por muito tempo.. E estávamos no meio da peça. Mas mesmo assim controlei-me. Tentei fugir mais o Otavio me fez sinal de que eu voltasse. – suspirava a cada lagrima que escorria do seu rosto.
— Eu sei que não beijaria o Diego por vontade própria.. – Tomás a encarou — Ou beijaria?
— Acha que eu teria coragem de beija-lo, Tomás? – Roberta levantou-se — O que tem na cabeça? Não confia mais em mim?
— Desculpe meu amor, desculpe – Tomás segurava o rosto de Roberta, enxugando as lagrimas — Mas é que esta historia me subiu o sangue. – Tomás abraçou Roberta e em seguida a beijou. Roberta não sentia tanta vontade de beija-lo assim. Talvez tivesse chateada pela a desconfiança de Tomás.
— Tá.. – desviou o olhar — Mas, agora preciso ir, acho que já deu por hoje.
— Ok. Amanhã te encontro no colégio então?
— Porque não vai irá hoje?
— Preciso resolver uma coisas – Tomás deu um meio sorriso.
Roberta despediu-se de Tomás. E ligou para lupita ir busca-la no flat.
No carro..
— Mas o que houve?
— Você acredita que logo após que cheguei o Diego chegou?
— Nõ creio..
As duas foram conversando no carro até o colégio.
Pov. Tomás
Aproveitei que a Roberta havia ido à borá. E pensei em algo contra o Diego. O Diego sempre saia impune de tudo que fazia, mexia com o sentimento dos outros. Sem se importar com as consequências, seu ar de superioridade era inabalável. Mas se ele estava pensando que iria deixar a Roberta livre para ele usa-la como pretendia, estava muito enganado. Desta vez não pretendia desistir tão fácil, meu sentimento por Roberta era maior do que tudo isso. — Algo que o Diego sempre tentava fazer de tudo para não perder.. – Tomás pensava andando no seu apartamento — Paloma. Claro!! – não demorei muito disquei e pedi para que ela fosse ao flat.
— Não se preocupe Tomás.. Já estou a caminho!Hoje eu mato o Diego – ela desligou a ligação e não me dei o trabalho de dizer que o Diego já havia ido para o colégio.
Paloma chegava quase derrubando a porta do apartamento.
— Cadê ele? – Tomás abriu a porta e ela entrou furiosa.
— Não está.
— Como não está? – arqueou as sobrancelhas. — Não tente esconde-lo Tomás.
— Acha mesmo que tentaria esconder aquele traidor? – Tomás a encarou. E ela sentou-se assustada.
— Traidor? – gesticulou — Do que esta falando?
— Do beijo Paloma – colocou as mãos dentro do bolso do short. — Ou você acha que aquele beijo foi técnico?
— Continuo sem entender.. – Tomás sentou-se.
— O beijo no teatro – apontou — Não foi técnico. O Diego roubou aquele beijo da Roberta. – Paloma ria.
— Você não pode está falando serio.. – ela balançou a cabeça e Tomás afirmou que sim — Mas ela sua namorada, e o Diego seu melhor amigo. Nunca temi por ela, desde que soube que vocês estavam juntos.. o Diego.. – Tomás interrompeu
— Sim, ele foi capaz. – tomas seguia o olhar de Paloma que já estava chorosa — E quer saber Paloma? Diego nunca lhe amou. Você para ele é.. – levantou-se e começou a caminhar — Apenas umas das que esta sempre disponível quando ele necessita de sexo. Ou nunca notou que ele sempre lhe evita quando é um ‘grande show’? Que ele foge de você quase sempre que estão juntos?
- Paloma já estava aos prantos. E começou a ligar tudo que Tomás estava falando aos acontecimentos. — Você não pode falar tão serio assim Tomás..
— Teria motivos para inventar tudo isso ou esconder?
— Não..
— Então..
— Mas, como sabe que o beijo não foi técnico? – Paloma levantou-se — E quanto a Roberta? O que ela disse a respeito.
— Foi a Roberta que confessou. O Diego não foi homem suficiente para dizer que a beijou.
— Mas ela pode esta mentindo, ela odeia o Diego.
— Não Paloma – apontei — O Diego que sempre odiou a Roberta. Ou nunca notou a birra dele com ela? Eu demorei muito para perceber.. Talvez ate o Giovanni já tivesse percebido.
— Sim, já reparei que ele diz a ‘odiar’ – Paloma ficou cabisbaixa.
— E então..
— Tomás.. Eu preciso ir, acho que já escutei coisas demais. E o Diego onde está?
— Fugiu claro!! – Tomás riu irônico.
— Eu acho que sei onde ele possa está? – Paloma colocou a mão no queixo.
— Isso pouco me importa.. Que ele queime no fogo do inferno. – estendeu as mãos pro céu.
Paloma saiu do apartamento a mil. Nunca passaram tantos pensamentos assim em relação a seu relacionamento com Diego. Ela começou a notar e lembrar-se de coisas antigas e atuais. Chorava desesperada. Como o Diego poderia ter enganado tanto ela assim? A Paloma poderia ser meio tonta às vezes, mas a única certeza de que ela tinha era que amava acima de tudo e todos, o Diego.
Diego tentava se acalmar após ter saído do Flat. Teria que tomar um calmante antes de tentar ir falar com Paloma, para que não perdesse o controle. Diego estava no sótão com o violão sobre o peitoral, criando alguns acordes. Paloma encontra-se com Diego no sótão.
—Que bom que te encontrei aqui – a voz ela fez eco no sótão. E Diego logo se assustou.
— O que faz aqui? – levantou-se olhando para ela.
— Vim te poupar o trabalho. – disse Paloma tão baixo, que Diego só tinha certeza de que não era ela que estava naquele corpo. A Paloma que ele conhecia com certeza chegaria gritando histérica.
— Palo.. – disse com a voz roca e calma.
— Viu? – ela se aproximava — Uma pessoa normal perguntaria “Do que está falando”, ou algo parecido. – sorriu — Há quanto tempo está com ela, Diego? – Paloma dizia chorosa. — Não, melhor, por que nunca terminou comigo? O que te impedia?
— Você.. – Diego pensou em mentir, mas percebeu que ela sabia mais do que ele mesmo imaginava. Talvez não só a Paloma houvesse percebido, mas como todo o colégio. — Você teria acreditado?
— Meu Deus! Quão tonta você acha que eu posso ser?! – gritou. — Você acha que nunca escutei os rumores? Acha que eu estava completamente de olhos fechados do que se passava ao meu redor, Diego? Sério mesmo?! – encarou gesticulando com as mãos — Tonta, eu escolhi o amor, a confiança.. Claro que você não poderia entender.. Mas eu escolhi confiar na pessoa com quem eu já estava a bastante tempo, tempo suficiente para acreditar que seria a pessoa com quem eu passaria o resto da minha vida, ao invés dos boatos de todos os invejosos e mentirosos que existem entre nós! Ate mesmo seus amigos, que talvez tivessem sido mais meus amigos do que seus. – inclinou a cabeça — Como fui tonta, não? Você é apenas um mauricinho cafajeste imaturo.. Achei que as pessoas que me alertaram antes de começarmos a namorar estavam mentindo.. Achei que você estivesse me mostrando à verdade. Achei que o Diego que você me mostrava a cada dia, fosse real Diego.. Mas vejo que não!
— Paloma.. – Diego tentava se explicar.
— Não Diego, agora você vai me escutar até o fim! – ela chorava, apontando o dedo na direção dele, com raiva e tristeza ao mesmo tempo. — Você teve inúmeras oportunidades para vir até mim e contar a verdade, mas nunca fez, nem mesmo quando eu te perguntei a respeito. Agora é a minha vez, então aguente! Você sabe o quanto é difícil ignorar tudo isso? Com as pessoas lamentando a minha cegueira, e elas nem se davam ao trabalho de esconder para que eu não notasse, era na cara dura mesmo, elas acharem que eu era burra por ser loira, ou pelo o meu jeito de ser com você. Mas, não apareceu ninguém com provas suficientes para me mostrar.. Até que você mesmo me provou. Fingi o tempo inteiro que éramos um casal perfeito, quando eu mesma acreditava que éramos e que inclusive você era “apaixonado” por mim, quando no fundo eu sabia que não.. Você nunca me amou Diego. Tola fui eu, quando acreditei nas suas mentiras quando você tentava desviar o assunto de me levar aos shows, de que não levaria por ciúmes. Boba eu não? Uma pena você expor meu amor ao ridículo assim Diego.
— Você também não é perfeita – reagiu Diego, não mais capaz de engolir tudo — Você acha o que? Que eu ficava feliz com a forma que você me tratava na frente dos meus amigos? De querer sair com você, de te levar aos shows, mas quando se lembrava da sua falta de elegância quando uma fã chegava ate mim, desistia.
— Oh, perdão por demonstrar o meu amor, por ter medo de que alguém roubasse o meu amor! Perdão por não ter elegância como gostaria! Desculpa por não está a sua altura.
— Sempre te alertei da melhor forma.. Mas você nunca escutou nada do que eu pedia, não é?
— Poupe-me desses argumentos Diego – ela riu sarcástica — Você vai mesmo tentar colocar a culpa sobre mim?
— Não. Sei que tenho minha cota de erros..
— Sua cota? Foi você quem causou tudo isso, Diego.
— Não,Paloma, não fui. Tenho minha cota, mas você também tem a sua. Ninguém pode fracassar um relacionamento sozinho. Você poderia ter me feito gostar de você, teve tempo suficiente para isso, mas não só pensava nos ‘status’ por está namorando comigo.
— Status? Você percebe como soa como um menino mauricinho, né? Por favor, Diego! Não tente comparar meus erros com seus, porque você sabe tão bem quanto eu que se os colocasse em uma balança, o seu lado perfuraria o chão. E quanto aos ‘status’ que você diz isso não existiu, se ‘status’ é amor.. Que seja ‘status’ então. – Diego respirava fundo, tentando se acalmar — E em pensar que pensava em me casar com você? Imaginar que viveria uma mentira o resto das minhas vidas. Você realmente nunca pensou em como eu me sentiria ao suprir os seus desejos, nunca teve respeito por mim ao me classificar como “maquina do sexo ilimitado”.
— Isso não é verdade..
— Não é? Não precisei de muito para ter provar sobre sua infidelidade, Diego.
— O quer dizer? – Diego piscou, paralisado, confuso.
— Quer saber como parei de tapar o sol com uma paneira? Porque Diego eu posso ter sido traída, mas você foi duplamente traído. Traído por um dos seus amigos, quer dizer considerado seu melhor amigo! Como se sente agora? Acha que o Tomás suportaria tanto quanto eu? Ao contrario ele notou o que estava acontecendo um pouco antes do que eu. Porque vocês dois não se dão ao trabalho de esconder o que sentem.
— O Tomás está com raiva, Paloma.
— Mas nem por isso está errado, está? – ela abanou a cabeça, fechando os olhos com força, tentando se recompor. — Ele foi melhor do que você, ou ate mesmo melhor que eu.. Ele teve mais respeito pelos meus sentimentos do que você. – Paloma sorriu ironicamente entre lagrimas, virando-se.
— Aonde você vai? Não terminei a conversa ainda..
— Você não. Mas eu já terminei não só essa conversa, quanto este relacionamento. Está livre Diego, como sempre desejou. – Sorriu. E antes que ele respondesse, ela saiu do sótão. E ele sequer se deu ao trabalho de correr atrás de Paloma. Ela tinha razão, não havia sentido continuar aquele relacionamento. Precisava falar com o Tomás, saber qual direito ele tinha de destruir o seu relacionamento assim.
Pegou seu celular e discou furiosamente. No segundo toque, foi atendido e logo disparou:
— Que direito você acha que tinha para estragar o meu relacionamento? – Tomás ria.
— Boa noite hermanito.
— Hermanito é a pqp. que direito você acha tinha, Tomás? - repetiu.
— O mesmo que você tinha para estragar o meu. – Tomás falava calmamente — E não estraguei nada, a pobre da Paloma deveria saber.. E você já vinha estragando seu relacionamento há muito tempo.
— O que deu em você? Achei que fosse meu amigo.
— O quê? – Tomás gargalhou — Nós éramos amigos. Até você tentar roubar o amor da minha vida de mim.
— Do que está falando?
— Não seja cínico Diego. Sabe muito bem do que estou falando.. – Tomás ria irônico — E agora preciso desligar, preciso buscar a Roberta. Flow hermanito. – gargalhou e desligou. Diego jogou o celular na parede do sótão com a mão na cabeça.