— Xii – pedia silencio — Calma que tem pra todo mundo. Logo cada um providenciou um copo escuro. As bebidas estavam em garrafas de refrescos nenhuma dos responsáveis iriam perceber que ali continha bebida alcoólica. A música estava muito alta. Ouçam: Erick Rubin - Déjame
Os meninos adoraram quando começou a música lenta era uma boa oportunidade para tirar as meninas pra dançar e finalmente se conhecerem melhor como tinha proposto o Senhor Diretor. A Josý já estava dançando com o Téo. A Lupita tentava conversar com a Victoria. Paloma e Diego já estavam aos beijos que pareciam dois leões fora da jaula. Nicolas e Miguel estavam na área de cima fazendo guerra de quem virava mais o litro. Joaquim estava completamente drogado falando leseiras para a Celina. Giovanni abusando do minúsculo corpo de Sol. Logo, senti alguém tocar os meus ombros e tremi. Achei que fosse o Joaquim. Vir-me-ei.
— Quer dançar? – Tomás estendia a mão.
— Ah! É você. – Sorri de canto.
— Desculpe. Esperava outra pessoa? – ficou envergonhado.
— Não, desculpe. Achei que fosse a Lupita. Sim, aceito a dança. – Segurei nas mãos deles. E logo tocamos os corpos. Ele era um pouco mais alto que eu, minha cabeça ficava praticamente no peitoral dele, caso eu estivesse sem salto. Mas meu queixo estava no seu ombro. E a dança era lenta e ele sabia conduzir muito bem, apesar de estar nervosa e bastante atrapalhada.
— E então, esta gostando? – a voz grossa dele soava no meu ouvido com um tom gostoso. Fazendo-me arrepiar.
— Não tive tempo ainda de chegar a uma conclusão, mas me aborreci um pouco aqui.
— Com o que? O que te fizeram? Foi a Paloma.. olha se quiser.. – antes que ele terminasse de falar interrompi.
—Não – risos — Meu ex esta estudando aqui. E digamos que a menina na qual ele me traiu também estuda aqui.
— Nossa! – assustado — E ainda gosta dele?
— Não sei dizer. Mas não tive nenhuma recaída a ele ainda, e olhe que ele me procurou. Mas e você?
— O que tenho eu?
— Como o que tem. Você tão bonito. Não tem uma namorada. Digo uma paquera se quer?
– riu — Sim. Estou dançando com ela nesse exato momento.
Fiquei envergonhada e bem vermelha ele sorriu. E começou a acariciar o meu rosto. Parei a dança no mesmo momento.
— Acho que já está bom nê? – assenti.
— Por quê? Achei que... – interrompi — Tomás não quero lhe machucar, como expliquei acabei de terminar um relacionamento.
Ele balançou a cabeça e foi ate a mesa e virou três copos de bebidas.
— Esta tentando se matar ? o que não deu certo – Giovanni chegou.
— Nada. Nada – Tomás continua virando. Até Giovanni tomar seus copos.
— PARO TOMÁS! Já está bom de te levar pra cima cara..
Ouçam: Enseñame - RBD
Do outro lado do Vale. Em uma área próxima ao rio..
— Não tem porque viver nê Mía? Seu pai não se importa com você. – Mía estava na beira da passarela com um copo de bebida na mão estava extremamente bêbada. E ia se jogando até..
— Está louca garota? – (Pov Miguel) Estava passando nesse momento e percebi que havia algo estranho. O que alguém poderia estar fazendo ali. E logo ela uma menina tão bonita. A agarrei pelos braços me desequilibrou um pouco, pois ela estava praticamente na ponta da passarela. Mas caímos pra trás. Fazendo com que ela caísse em cima de mim.
— E você quem é pra me segurar assim? – Mía completamente bêbada em cima de Miguel. A língua dela estava completamente embolada. E ainda apontava o dedo no rosto de Miguel. Tentando se levantar.
— Claro você em cima de mim, e eu quem estou segurando você – risos –
— Não seja por isso – Mía levantou e correu de volta em direção a passarela. Miguel levantou quase caindo e a segurou de novo.
— Olha garota não posso ficar salvando a sua vida sempre.
— Ain cara me deixa – tentando empurrá-lo — não estou pedindo pra você cuidar de mim, porque não desaparece ein?
— Não posso lhe deixar aqui assim. Seja lá quem você for, iria contra os meus princípios. E sabia que suicídio é pecado? – Miguel segurava Mía com toda força que tinha. Mas a garota era tinhosa. Eles se olharam fixamente. A sua respiração já era a mesma que a dela. Estava segurando fortemente a cintura dela que era tão fina quanto à de uma boneca. Começou a tocar nos lábios devagar, ela correspondeu. Ele sabia que apesar dela supostamente não se lembrar de nada amanhã. Ele sentiu uma vontade imensa de beija-la. O beijo foi intenso e cheio de caricias. Ele aprofundou a sua língua na dela. Sentiu ela se esquentar. Mas sabia que não podia ir mais além, eles não estavam em um lugar apropriado para o que ele tinha em mente. Ele foi parando lentamente assim como tinha começando. Dando uma mordida nela. Ela o abraçou após o beijo. E dormiu.
— Não acredito. Mas que sorte Miguelito.. Seu beijo agora é sonífero. – Ele a segurou pelos os braços. E a levou ate o seu dormitório. Ele a colocou na cama do jeito que ela estava. Não se sentiu no direito de trocar a roupa dela. E sai de lá rapidamente. Ela resmungou um pouco ainda, mas não deu pra entende bem o que ela dizia. Logo que se o pegassem ali, não queria ver a suspensão que tomaria. E isso o prejudicaria, pois Miguel era bolsista. Precisava manter as media na escola, coisa que era bastante complicado.
Pov. Joaquim
Não suportei a ideia de ver a Roberta dançando com outro cara na minha frente. Estava muito bêbado, mas estava enxergando suficiente bem. E reconheceria aquelas cochas e aquele cabelo a distancia. Levantei e fui tirar as satisfações com ela. Não tinha mais de meses que havíamos terminado. Ela já estava ‘roçando’ em outro cara. E ainda na minha frente. A puxei pelo braço.
— Está louco Joaquim? – Roberta sentiu o cheiro de cachaça e maconha de longe.
— Eu estou louco? – Gritei — Quem é aquele cara Roberta?
— Não é da sua conta. Quer dar uma de meu pai agora o que foi? – Roberta desdenhou.
— Que eu me lembre, namoramos dois anos. – Gritei, segurando os braços dela com força.
— Está me machucando Joaquim. E para de gritar. Não ta vendo que estão todos olhando pra nós. – Roberta olhava ao redor.
— Não me importa. Você está proibida de dançar com qualquer cara que seja. Acha que eles querem compromisso com você Roberta?
Logo juntou pessoas ao redor da gente. Inclusive a Lupita. A melhor amiga da Roberta. Na verdade o anjo da guarda. Ninguém a machucaria. Com a lupita por perto. Ela brigava mais que um homem e dava uma surra até em lutadores de MMA.
— MAS O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI? – Lupita empurrou dentro da multidão e viu que eu estava segurando o braço da Roberta. Que tratei logo de soltar assim que a ouvi.
— TANTAN – imitei o musica do superheroi — Olha só quem chegou. Agora o circo tá armado. – Bati palmas. Logo senti Nicolas me segurando pelos braços.
— Joaquim pare cara. Vão pegar você.
Lupita olhou pra Roberta que estava chorosa. Por causa do braço roxo.
— Olha Nicolas. É melhor você tirar seu irmãozinho daqui. Se não, não me importo de tomar uma suspensão ao quebrar a cara. – Lupita fervia de raiva.
— VEM! VEM SAPATONA DOS INFERNOS! EM VOCE NÃO TENHO MEDO DE BATER. AFINAL VOCE NÃO É MULHER. NÃO ESTARIA AFETANDO AS LEIS. – Provoquei. Percebi a chegada do Tomás atrás da Roberta perguntando se estava tudo bem. — Ah! Apresente-me seu novo parceiro de transa robertinha.
Roberta me olhou boquiaberta. Eu sabia que ela era virgem em todos os sentidos. Mas não iria permitir que nenhum menino tocasse na minha garota.
— Leve a Roberta daqui Tomás. Ela não precisa ficar ouvindo certos desacatos. – Lupita pediu sussurrando para Tomás e ele entendeu. — E quanto a você Joaquim. Vamos ver se você ainda terá coragem de falar qualquer coisa que seja contra a Roberta. – Senti meu olho arder e sangrar do soco que levei nos olhos da Lupita. Não esperava aquele murro. Senti Nicolas me segurando. E do resto não me lembro.
Logo os responsáveis chegaram perguntando que confusão era aquela. Mas Nícolas já havia tratado de me levar para fora daquele local. Pois se me pegassem com cheiro de droga seria complicado para explicar ao meu pai. Ao perceberem o horário eles acabaram a festa. Tomás havia acompanhado a Roberta ate seu dormitório e Lupita já havia ido dormir. Só tinha ficado Diego, Paloma, Geovanni e outros ali na beira da piscina.
— Mas que confusão – Giovanni — Onde o pobre do Tomás foi se meter.
– todos riram –
— Mas que menininha danada ein? – Paloma indagou
— porque danada meu amor? – Diego
— Namorava um drogado e alcoólatra. E ainda pagando de santa para todos nós.
— Não creio que ela seja assim. Ela ficou bem nervosa com a situação e o braço dela então.. – Defendeu Giovanni — Ela parece ser do bem.
— AH! Não me venha na defensiva porque esta afim da gatinha Gio. – Paloma enciumada.
— Já falei que ela é a garota do Tomás Paloma. Não pira. – Diego
— Ah, já chega fiquem ai falando dela.. Que já vamos dormir – Paloma despediu-se do Diego e dos meninos. E foi para o seu dormitório com as suas amigas.
— Cara a Paloma esta pirando por causa da Roberta – Giovanni
— Iae – cumprimentou Tomás que vinha chegando com uma cara não muito legal.
— Iae cara – risos — Toma aê – Diego
— Não enche Diego. Ela tá malzona cara – Tomás
— Mas vocês iam transar cara? – Giovanni indagou arregalado
— Só nós meus sonhos – risos —Não ganhei se quer um carinho ou selinho.
Os meninos olharam assustado.
— Nõ.. Nõ creio – Giovanni — Nenhumzinho? E o papo daquele cara?
—Ele estava tentando provocar. E o pior ela ainda gosta do cara. – Tomás
—Mas meu amigo. O meu super amigo. O meu amigo super Tomás. Esta com uma missão de fazer esquecê-la dele. – Diego falava embolando a língua.
— Não vou desistir tão fácil. Vamos, já bebeu demais Diego – Tomás e Giovanni arrastavam Diego ate o quarto.
Pov. Mía
— Ai mãezinha. Quer dor é essa – Estava tentando levantar da minha cama. Mas era quase impossível. Sentia minha cabeça me arrastar pra trás. Olhei para os lados e a Celina roncava igual um rinoceronte. Levantei e lavei o rosto. — Mas como cheguei a este estado Mía? – me olhava no espelho estava pior que uma bruxa. Acho que ate uma bruxa mesmo com aquele nariz horrível, estava melhor do que eu. Olhei que tinha uma marca roxa na minha boca. Mas não me lembrava de bem do que tinha sido. Comecei a empurrar Celina na cama. — Acorda amiga. Acorda. – Celina logo começou a se mover resmungando ainda.
— Que houve mia? Não consegue dormir? – ainda de olhos fechados
— Quero entender o que houve comigo. Porque não me lembro de nada da festa de ontem e nem como cheguei aqui nesse estado.
— Eu não sei. Você estava muito bêbada. Procurei-te metade da festa e não te encontrei. E quando cheguei você já estava aqui dormindo.
— Mas como? E como não tirei a maquiagem? Como fiquei bêbada se não tinha bebida na festa.
— Mía você estava ruim assim amiga? – Celina se levantava.
“Toc..toc.” Levantei ao ouvir a porta batendo. Era o responsável.
— Bom dia meninas! Sairemos dentro de uma hora. Organizem-se.
— Obrigada por avisar. – fechei a porta — Quando chegarmos à Elite conversamos sobre isso. Vamos.
Comecei a arrumar as bolsas. E fui direto pro banheiro. Precisava de um trato urgente. Tomei um bom banho e me troquei e logo desci com a Celina para tomarmos café. Celina não quis comer nada. Estava com uma ressaca absurda e vomitando muito, coisa que ela via vantagem por achar que iria perder toda gordura do corpo com aquilo. Logo o ônibus chegou e todos subiram. O estranho foi a Celina não sentar ao meu lado e sim ao lado do Joaquim. O único lugar que restava era ao lado de um menino que não sabia o nome. Quer dizer eu não se lembrava de ter conhecido ninguém da turma naquela noite.
— Oi. – Miguel sorri.
— Olá. – assenti
— Está melhor?
— Sempre estive – Estranhei
— Poderia ser menos grossa.
— Olha aqui garoto. Eu não sou grossa, só não tenho habito de falar com estranhos. – virei de costas para o mesmo.
— É claro. Mas beijar ou ate mesmo fazer outras coisas mais você tem o habito. – assustei ao o ouvir alegar isso.
— COMO ASSIM? – Gritei. Todos do ônibus olharam.— Não me lembro de nada.
— Claro que vai fingir que não se lembra. Típico de menina mimada.
— Olha aqui. Eu realmente não me lembro nem de como comecei a beber e muito menos de quem levou bebida para o Vale. Então não me venha com mentiras.
— Agora eu sou o mentiroso? Você deveria me agradecer. Porque se eu não estivesse passando naquele momento, você estava morta no lago a esta hora.
— O que esta querendo dizer? – assustada. Como não poderia me lembrar de que talvez tivesse beijado aquele garoto dos olhos lindos. E que ainda por cima havia tentado suicídio.
— Você estava muito bêbada ontem. E estava tentando se matar, se jogar do lado. Ate que eu apareci e veja só você esta aqui hoje. – Ele sorriu irônico.
— Eu não seria capaz de tirar a minha vida. O que me garante que esta falando a verdade? – indaguei
— Como eu iria saber que você não conhece a sua mãe e que seu pai não liga pra você em tão pouco tempo? – Ele me encarou.
— Bom... – fiquei em silencio e cortei o assunto.
Pov. Lupita
Antes mesmo que a Victoria subisse para o ônibus eu saberia que ela sentaria o mais afastado de todos possíveis. Então dei um jeito de sobrar apenas um lugar para que ela sentasse. E deu certo. Ela sentou ao meu lado, com fones de ouvido. Já era um sinal para que ninguém puxasse qualquer tipo de assunto com ela. Não conseguia entender o porquê de ela viver tão dentro do seu mundo. Mas tentei. Peguei na sua mão e ela olhou.
— O que quer? – ela retirou os fones e indagou com grosseria.
— Você. – Percebi que ela se assustou e tentei explicar — Bom, ser sua amiga.
— Não tenho amigas acho que já deu pra perceber. – sorriu de canto.
— Mas por quê? – indaguei
— Isso não é da sua conta. E desde que você chegou aqui, que me persegue. Se não for incomodo peço para que pare com isso. Já esta se tornando um tanto ridículo da sua parte. E acredite não vai querer chegar perto ou ser minha amiga. – virou-se colocando o fone novamente.
— Me assustei ao saber que ela percebia que eu tentava estar sempre onde ela estava – Desculpe. Não era essa a intenção.
Calei-me depois de perceber que não seria fácil. As palavras dela pareciam não fazer sentido ou pelo menos eu não queria que fosse verdade. O que eu não entendia era o que estava dentro de mim, de onde tinha surgido aquela insistência toda. Eu nunca me prendi a alguém que não me desse esperança de algo, ou ao menos me tratasse tão mal quanto ela. Ao contrario, eu afastava de mim todas as pessoas que me tratavam mal. À volta para o colégio foi tranquila. Os meninos foram cantando e comentando da festa o tempo inteiro.
Pov. Josy
Fui o caminho todo pensando na dança/noite com o Téo. Ele tinha cuidado e conversado comigo a noite quase toda. Pensando no quanto ele havia sido carinhoso comigo. Mas lembrei da parte em que ele sumiu com o Joaquim e depois ter voltou extremamente grosseiro. E ter dado a entender que não me conhecia. Estava com um machucado no braço devido ao empurrão que ele me deu quando tentei me aproximar dele novamente. E sem querer me desequilibrei e cai em cima de uns espinhos próximos ao local. Fui o caminho um pouco tristonha. E Roberta estava do meu lado já estava percebendo algo.
— O que houve Josy? – Roberta
— Nada. – sorri
— Como nada. Esta na sua testa que não esta bem.
– olhei para ela e senti confiança e resolvi falar — O Téo.
— O que ele fez com você? Vocês ficaram?
— Não ficamos, íamos ficar eu acho. Até ele sumir com o Joaquim.
— E a consequência deste sumiço, esta no seu braço. Obvio. – Roberta balançou a cabeça negativamente.
— Não beta. Isso foi um desequilíbrio. Por causa da bebida – risos — Cai em cima de uns espinhos.
— Josy não mente. Ele te empurrou. Como ele voltou depois de ter saído com Joaquim?
— Isso não importa. Nem sei porque fiquei assim, o conheci ontem. Na verdade nem sei se o conheci.
— Mas esta na cara que ficou afim dele. – ela percebeu.
— Sim, mas logo passa. Relaxa. – olhei pela a janela e já havíamos chegado — Em fim chegamos. A volta pareceu ser mais longa que a ida.
A realidade dos estudos estava começando. Os professores já começaram com tudo, passando inúmeros trabalhos. O que prendi muito os alunos. Alguns mauricinhos como a equipe do Diego pagava para os bolsistas que consequentemente era ‘nerds’ fazerem os seus trabalhos. E acreditem eles conseguiam com muita facilidade.
— meu Deus! Onde vamos arrumar tempo para isso tudo – Giovanni gritava desesperado e todos riram.
— Olhe mocinho. Vocês têm tempo de sobra para fazer todos esses trabalhos. – Dizia a professora de Historia.
— Mas porque aprendemos historias. Ao invés de estarmos fazendo trabalho de historia, poderia estar construindo uma nova historia querida professora – Giovanni abraçava a professora de lado.
— Bem alunos. Quero este trabalho para semana que vem – Os alunos resmungavam.
De um lado da sala..— Essa professora só pode ser louca, ou acha que só temos a matéria dela.
— Relaxa Mía. Você sabe que não precisamos nos preocupar com isso. – Diego piscou e Paloma não se incomodou com isso. Ela sabia que Diego e Mía não tinham chance de ter qualquer tipo de relação pelo simples fato de se tratarem como irmãos desde pequenos.
— Diego não pode fazer isso sempre cara – Tomás ria.
Do outro lado..
— Mas que diabos de professor endemoniada é essa. – Lupita olhando para as regras do trabalho.
— Não exagere Lupi. Temos que começar a fazer esse trabalho hoje e.. – antes que Roberta pudesse terminar de explicar ela já havia levantado e ido de encontro a Victoria que passava naquele instante.
— Quer ajuda com o trabalho?
Victoria olhou com desdém: — Você de novo. Não se cansa? Não, me viro sozinha obrigada.
Roberta observava aquela cena de longe e um pouco assustada ao não reconhecer a atitude da amiga. Afinal Guadalupe Fernandes era bastante gata e todas as meninas deseja ela. Ela logo tratou de ir ao encontro da amiga.
— Lupi, o que foi isso?
— Nada beta, nada me deixa. – Lupita saiu da sala furiosa. E ela sabia que sempre que a Lupi estava chateada precisava ficar sozinha. Continuou arrumando as coisas.
— Vamos Tomás? – Giovanni se direcionando a porta com Diego e Paloma.
— Não cara, tenho coisas mais importantes – Tomás apontando com a cabeça para Roberta. Diego balançou a cabeça negativamente
— Ai meu Deus Tomás desculpa – Roberta se agachando para pegar os livros que havia derrubado de Tomás. Ao virar e dar de cara com ele.
Tomas sorria: — Não se preocupe. Não foi nada.
— Claro que foi, olha o estrago que fiz. – risos.
— Esta melhor?
— Vou vivendo nê. A quanto ao meu braço, logo logo sai.
— Pareceu ate que isso já aconteceu varias vezes. Já?
Roberta assustada: — Não. Isso na verdade nunca ocorreu. Talvez por isso eu esteja assim um pouco com medo do que possa vir a acontecer.
Tomás olhou pro lado e depois virou de novo para Roberta: — Enquanto eu estiver por perto isso não acontecerá mais.
— Não preciso de duas Lupitas na minha vida. – riram.
Na cantina..
— Téo, posso falar com você? – Josý chamava Téo que estava sentado na mesa com Joaquim.
Téo sorriu e saiu: — Oi gatinha – dando um selinho nela. Que ela não sabia se sorria ou se ficava com medo.
— Como esta?
— Bem e você? Gostou da noite de ontem?
— Até a metade sim – sorriu.
— Porque ate a metade? Onde você se meteu o resto da festa?
— Como assim? Não lembra se nada. – Josy arqueou as sombrancelhas.
— Do que deveria me lembrar – Olhei para o braço que ela tentava esconder. — O que eu fiz com você Josy?
— Nada Téo. Não foi você relaxa.
— Não mente pra mim Josy. Fala logo – alterei a voz.
— Não foi você quem fez isso. Já chega disso Téo. – sai do local no mesmo instante deixando-o furioso.
— Ih cara o que foi – Joaquim observava a cena e lançou o perfume.
Téo passando a mão na cabeça: — Acho que machuquei a Josy cara.
— Não comeu ainda?
Téo riu: — Não fala assim cara, ela é um doce. Tá cedo ainda. – brindamos.
Pov. Roberta
Os alunos estavam loucos com esse trabalho de historia. E principalmente por ser uma sexta-feira. A professora já era uma idosa então ela achava que poderia passar os trabalhos de antigamente hoje em dia. Estava sozinha na biblioteca minha vista já doía muito. Acabei caindo com os livros abertos e cochilando.
— Mas olha só o que temos por aqui Téo – Joaquim apontando para Roberta que cochilava.
— Não cara, sem confusões – Téo e Joaquim estavam drogados e bem loucos aprontando pelo o colégio. Havia bebida um pouco. Não conseguia entender onde eles arrumavam bebidas facilmente.
Joaquim entrou na sala sem piedade. E começou a beijar o meu pescoço. Logo me assustei.
— Está louco Joaquim? – fiquei nervosa com a presença dele. Senti-me arrepiada.
— Eu sei que esta com saudades de mim.
Não me contive e rir muito. — Esta louco só pode. – ele se aproximava de mim e Téo curtia lá suas ‘coisas’. — Não encosta Joaquim.
Ele logo perdeu a paciência, parecia que essas drogas deixavam ele fora de si. E eu sabia que ali não era o Joaquim que eu conheci a um tempo atrás e muito menos o Joaquim que namorei. Eu não conseguia entender o porquê ele estava daquele jeito. Vê-lo daquele jeito me deixava muito triste.
— Me larga Joaquim – tentando empurra-lo para longe de mim enquanto ele me beijava e acariciava em minhas coxas que estava me deixando nervosa.
— Não faz doce Roberta. Já este mais do que na hora, já passou da idade. E eu sei que me ama ainda, não nega – A minha vontade era de beija-lo e cuidar dele ali naquele momento. Mas sabia que iria me arrepender o resto da vida, por retomar um passado e ainda mais um passado mais que acabado.
— Me larga – gritei.
— Não gatinha. Podemos marcar amanhã no show do Diego. Que tal? – Tomás falava no celular. Ao ouvir um grito vindo da biblioteca. Ao entrar na biblioteca vi que era a Roberta. Desliguei o celular imediatamente. E corri ate ela. Empurrei o Joaquim. Ficando a frente dela. O sangue já havia me subido a cabeça.
— Cara você de novo. Não cansa de se meter em briga de casal.
— Que eu saiba já não é um casal ou se quer amigos há muito tempo Joaquim. – tremia. Atrás do Tomás.
— Fora daqui Joaquim. Antes que eu tenha fazer pior.
— Qual é Roberta? Quem esse cara? – Olhei diretamente nos olhos do Tomás e respondi: — Meu namorado Tomás.
Joaquim olhou assustado. — Como me trocou tão rápido? Já ama este cara?
Tomás sorriu: — Isso não é da sua conta. Fora daqui.
— Quero uma prova de que estão namorando.
Roberta não pensou duas vezes. Virou Tomás para a sua frente. E deu-lhe um beijo delicado, aprofundou sua língua na dele, e parece que esqueceu que estava fazendo aquilo para provar algo ao Joaquim.
— Vamos cara. Já deu – Téo puxando Joaquim que saiu com o amigo.
Eu e Tomás paramos o beijo delicadamente, ele beijava de forma lenta e avassaladora ao mesmo tempo. Ficamos abraçados e não falamos mais nada. Depois do beijo me senti completamente envergonhada e triste. Porque eu sentia que aquilo iria acabar pouco a pouco com o Joaquim e eu não queria isso para ele, apesar do que ele tinha me feito passar no Vale e ter deixado o meu braço roxo.
Tomás: — Bom. Acho que precisamos ir agora ne?
Balancei a cabeça apenas. Tomás me puxou pelo braço devagar.
— Roberta e o que você disse?
— Olha Tomás, você sabe que seria um risco. Por eu esta perdida nessa situação.
— Eu aceito o desafio. – sorri
— Podemos tentar então. Mas não ‘namorando’. Podemos ficar.
Pov. Tomás
Nem acreditava que estava ficando com a Roberta. Isso não era o que eu queria, mas já era um bom passo. Pois teria a certeza de que ela não seria capaz de ficar com mais ninguém estando comigo. E eu teria tempo e espaço suficiente para conquista-la e fazê-la esquecer de completamente do Joaquim. Já era sábado, e todos os sábados o Diego tinha show com a banda e eu como segundo empresário sempre tinha que acompanha-lo. Hoje o show seria no Boteco o lugar mais popular da região. Diego estava bastante ansioso. Paloma já estava dando cortesia para as meninas em todo colégio.
Diego derrubando os instrumentos.
Giovanni: — Ei cara, assim vamos ter que tocar com garrafa pet. – todos riram.
Diego: — To nervoso demais, pqp. – mexendo no cabelo.
Tomás: — Tem certeza que consegue cantar?
Diego: — Claro que sim cara, tá crazy? Quando subo no palco tudo muda.
Giovanni: — Se transforma. Transforms. – risos— Mas olha só quem veem ali – avistando Roberta com seu requebrado. Logo todos os meninos olharam. O que deixou Tomás enciumado.
Roberta dando um selinho longo em Tomás. — Oi gatinho – Todos ao redor se assustaram.
— Diego você sabia que tínhamos uma nova cunhada? – Giovanni indagou
— Não mesmo. Que vacilo do Tomás. E que cunhada ein – risos
Tomás ouvia de longe o comentário dos meninos e tratou de apresentar Roberta.
Tomás abraçado com a Roberta por trás. — Bom garoto esta é a Roberta, a minha namorada. – Os meninos se entreolharam.
— Mas já? – Diego boquiaberto
— Uma longa historia dieguinho. – Roberta encarava os olhos de Tomás.
— Oh Tomázito. Lembre-se que mais tarde temos um show. Acho bom você vir ajudar aqui.
— Vai lá Tomás. Eu vou ajudar a Lupi no trabalho. – Roberta despediu-se com um selinho.
Pov. Miguel
— Será que podemos falar agora? – Parei na frente da Mia que estava conversando com algumas amigas.
— Meninas desculpem, já já acompanho vocês. – acenou. — Que foi?
— Já se lembrou de tudo?
— Não. E pretendo não lembrar, e espero que esqueça também. – sorriu de canto.
— Será bem difícil. Você tem me atordoado garota.
— Normal. Você não é o primeiro aqui.
– Ri com irônica — Convencida você.
— Sou realista. – Mía saiu jogando seus cabelos loiros e ondulados no meu rosto.
Nícolas se aproximava...
— Desista meu brother – batendo nos ombros do Miguel.
— do que esta falando? – Miguel de braços cruzados
— essa é a garota mais difícil de todo o colégio. Não ouviu os comentários sobre ela?
— Acho que nem tão difícil assim em – riu.
— Do que esta falando? – Nicolas o encarou.
— eu a beijei na festa de boas-vindas.
— mentira. Jura? – olhando boquiaberto.
— ela estava tentando se matar, e bem eu a salvei. Ela estava bêbada.
— bêbada? – crise risos — que patricinha mais danada.
— é, vai saber. Esses ricos.
— Não generalize, por favor.
— Ta cara, vamos. Afinal temos um trabalho de historia para se ocupar. E um campeonato próximo.
Todos do colégio estavam ocupados demais com isso. As meninas teriam que formas a torcida que era responsabilidade da Míia. E os meninos treinavam para vencer o campeonato.
Pov. Lupita
— Ah mais que droga de trabalho – derrubou todos os papeis no chão do quarto.
— Está louca? – Roberta juntando os papeis — vim te ajudar. Acalma-se
— não precisa obrigada.
Roberta estranhou o tom de voz da amiga. — Oi, helou! Sou eu Roberta. Sua amiga de infância.. – acenando. — da pra dizer o que houve?
— A Victoria. O desprezo dela esta mexendo comigo.
— Ela só pode ser uma feiticeira, pra agir tão rápido assim. Na verdade eu acho que todo desse colégio tem um poder no olhar, não sei bem explicar o que é isso.
— Porque esta dizendo isto? – assustei-me.
— estou encantada com o Tomás, e bem começamos a ficar de maneira inusitada eu diria.
— deixe-se levar amiga, você tem todo direito. Já estava mais do que na hora de você se interessar por alguém, espero que o Joaquim não interfira mais nisso.
— Também espero. Mas não sou eu quem estou com problemas e sim você.
— Eu quero entender o porque dela agir desta forma, o porque dela andar com a Paloma e a Sol.
— confesso que isso. Ate eu tenho curiosidade em saber, ela é totalmente deslocada no meio delas duas.
— não entendo. Mas não vou me cansar assim tão rápido – pegando os papeis — vamos terminar esse maldito trabalho.