POV. JOSY
Ver o Téo com a Sol era demais para o meu coração. Eu não sabia o que era pior na minha vida. O Jorge já não me envolvia tanto. Na verdade ele falava muitas bobagens. Acordava de madrugada pensando no Téo, nunca fui assim, a vida já me fez aprender muito sobre tudo talvez. Mas não da maneira como estava me fazendo apanhar com o amor. As férias estavam chegando, talvez fosse uma boa oportunidade para relaxar.
— Para onde vai às férias? – Roberta perguntava.
— Não sei.. Acho que vou para a casa da mulher que me criou.
— Como assim a mulher que te criou? – Lupita indagou.
— Eu nunca contei para vocês. Mas sou ‘adotada’ – Josy deu um meio sorriso.
— Sua mãe então? – Roberta
— Não tenho mãe! – Josy
— Não entendi – Lupita.
— Não a considero como mãe, tudo bem que ela me deu tudo, me colocou neste colégio.. Mas durante minha adolescência toda fui uma escrava dela, então virou a mulher que me criou.
— Mas Josy. Tudo que você tem você deve a ela, inclusive os estudos – Roberta.
— Eu era mais feliz quando estava no orfanato acredite.
— Você sabe quantas crianças desejariam está no seu lugar? – Lupita.
— Acredite.. Nenhuma! – Josy entre olhou.
“Toc toc”
— Deixa que eu abro – Roberta levantou-se e assustou-se quando viu o Téo.
— A Josy está?
— Não! – Lupita gritou.
— Sim está – Roberta.
— Será que posso falar com você? – Téo olhou para Josy.
— Sim, claro entre. – Roberta — Vamos Lupi, estou faminta!
— Mas eu não, preciso arrumar umas coisas e .. – lupita levantou-se e Roberta logo a puxou.
— Vamos Lupi! – e saíram do quarto.
— Seja rápido – Josy levantou-se e encarando Téo.
— Por que tanta grosseria?
— Não é grosseria. Chama-se autodefesa. Já ouviu falar? – sorriu.
— Talvez.
— Pois bem, depois pesquise no Google, prossiga.
— Está feliz?
— Porque não estaria?
— Por não está comigo. – Josy riu irônica.
— Será que todos desse colégio só olham para o próprio umbigo. – sorriu — Mas respondendo sua pergunta, sim, estou feliz, muito feliz. – menti.
— Mas do que era feliz comigo?
— Não me recordo de ter tido momentos de felicidade com você. – Josy com a mão no queixo.
— Não pode está falando serio. – inclinou a cabeça.
— Sim, estou. E você sabe muito bem.
— Parecia feliz quando gargalhava ao meu lado.
— Nem tudo que parece é, já ouviu esse ditado?
— Já.
— Então, se encaixa perfeitamente – sorriu. — Agora se era apenas essa a sua duvida, pode se retirar – abriu a porta.
— Era. – Téo saiu — Espero que esteja certa do que esta fazendo.
— Nunca estive tão sensata como agora. – sorriu e fechou a porta. Não suportou tamanha pressão e caiu-se ao chão a chorar. Sabia que não estava feliz, que precisava dele, mas o Téo tinha que ter uma lição poderia sempre me ter aos pés dele tão facilmente. Talvez a Sol tivesse arrumado outro carinha rico, e agora finalmente ele veio atrás de mim.
Finalmente o semestre havia acabado, e as férias estavam próximas. Faltava cerca de uma semana para as férias de inverno. Os alunos estavam ansiosos, eles consideravam a melhor época do ano viajar, ao menos alguns iriam viajar com seu país para os meus diversos lugares. Outros, o colégio oferecia um pacote de viagem para o Canadá. Roberta e Tomás estavam em crises constantes, os ciúmes do Tomás já parecia dominar todo o relacionamento. Diego e Paloma estavam bem, Diego nunca mais havia traído para estranhamento de Giovanni.
Três dias antes das Férias..
— ansioso para as férias? – Giovanni
— Um pouco! Acho que este ano irei viajar com a Paloma.
— Humm.. – Giovanni batendo nos ombros de Diego — Lua de mel?
— Não enche Gio. Sabe que não precisamos disso.
— vocês ainda casam. – estralaram os dedos.
— Que Deus não te ouça – risos.
No pátio..
— Nossa como ele é lindo – Sol babava Enzo.
— Eu sou o godo da minha tia – Mía brincava.
Celina havia sido liberada para ir ao colégio. Todos estavam ansiosos para ver o rosto do bebê. Tinha muito gente ao redor de Celina.
— O que é aquilo? – Joaquim tentava ver de longe.
— O seu filho – Nicolas foi direto. E Joaquim engasgou.
— Ela enlouqueceu? Ou o que?
— Ela tem direito. – Nicolas.
— Mas eu também tenho.
— Direito de? Se nem ver o menino você viu. – risos — Na verdade se quiser vê-lo, basta olhar-se no espelho! Ele é a sua cara.
— Não enche Nicolas. Vou resolver isso imediatamente. – Joaquim foi em direção a Celina. Empurrando todos na multidão. — Ficou maluca! – Gritou Joaquim sem olhar para a criança nos braços de Celina.
— Não grita Joaquim! – Tampou os ouvidos dele. E Joaquim logo se calou ao olhar para Enzo que dormia nos braços de Celina. Com a chegada de Joaquim todos se afastaram sabia que ia terminar em confusão. Os olhos de Joaquim automaticamente se encheram de lagrimas, o arrepio logo lhe subiu os braços, desviava o olhar alisando o queixo.
— É o SEU filho – Mía.
— Saia daqui patricinha! – Joaquim fechou os olhos pedindo e Celina assentiu com a cabeça.
— Posso pega-lo? – Joaquim pediu.
— Claro! – Celina deu um meio sorriso e entregou com jeito nos braços de Joaquim. Ela observava aquela cena com atenção. E logo desceu uma lagrima no rosto de Joaquim.
Um pouco distante..
— Você está vendo. O que eu estou vendo? – Nícolas indicou para si mesmo.
— Não. Acho que estou sonhando – Miguel ria.
— É o fim dos tempos.. O fim do mundo está próximo! – Nícolas.
— Qual nome? – Joaquim perguntou sem tirar os olhos de Enzo.
— Enzo. – Celina ria — Me chamo Enzo papai. E sou o gordo da minha mamãe e da minha tia Mía. – Celina brincava com os pés de Enzo.
— É o meu filho – Joaquim sussurrou olhando para o céu.
— É o que? Não ouvi bem.
— Vou leva-lo comigo – Joaquim saiu a caminhar.
— O que esta querendo dizer? – Celina trás.
— Vou leva-lo para morar comigo – Joaquim virou-se para ela.
— Joaquim você só pode esta drogado! Ele é muito pequeno, necessita de mim para sobreviver. – Joaquim começou a rir.
— Não seja tão louca! Eu sei disso, estou brincando. Lindo o MEU filho. – Celina suspirou aliviada. Joaquim entregou o Enzo para Celina.
— Quando posso vê-lo novamente?
— Bom, eu não posso vir aqui sempre. Vim quase escondida para cá hoje!
— Na sua casa então? – Celina arregalou os olhos.
— Sim. Sabe onde fica. Agora tenho que ir. – Celina saiu a caminhar para a saída do colégio.
As mais desejadas férias do meio do ano haviam chegado. Os alunos estavam ansiosos. Roberta iria viajar com a sua mãe para a Índia. Joaquim estava decidido a passar metade das suas férias vendo o seu filho, ele teria criado certo amor paterno ao segurar Enzo nos braços. Sol teria viajado para uma sessão de fotos, segundo ela, iria se tornar uma grande modelo. E quanto ao resto dos alunos? Todos compraram o pacote de férias que a Elite Way School oferecia para o Canadá.
— Cara, não acredito que estarei na sua noite de núpcias com a Paloma – Giovanni ria enquanto caminhava ate o ônibus.
— Não seja tolo – Diego olhava aos redores.
— Ela não veio – Giovanni tossia.
— De quem está falando? – arqueou as sobrancelhas.
— Da pessoa que você esta procurando – Giovanni subindo no ônibus.
— Quem?
— Quer que eu grite mesmo o nome dela? – risos.
— Estou procurando a Paloma cara, ela não pode me dar um cano. – desviou.
— Não se faça de sonso dieguito.. se a Roberta agora mudou de nome, me avisasse. – Giovanni subiu no ônibus rindo.
Pov. Diego
Durante o trajeto do colégio ate o aeroporto. Fiquei imaginando mil e um motivos da Roberta não ter vindo, já que seu namorado estava ali. Mas pouco me importava, só assim teria paz durante quinze dias. E como disse o Giovanni, teria muitas noites de núpcias com a Paloma. Não poderia ter algo melhor que isso. Em fim chegamos ao aeroporto, pegamos o voou para o Canadá. E logo chegamos!
O hotel era um tipo de hotel fazenda, mas com um detalhe, com o frio e brisa do Canadá.