No refeitório..
— Oi. – Celina aproximava-se de Joaquim. — Será que podemos conversar?
— Claro. – Joaquim levantou-se da cadeira. E saiu com Celina.
Atrás da cantina..
— Bom, é que eu vim falar sobre o batismo do Enzo!
— Já escolhi o padrinho. E você certamente já escolheu a madrinha certa? – Joaquim arqueou as sobrancelhas mastigando um chiclete.
— Sim, mas teremos que adiar. A Mía não está aqui. Então.. – sorriu sem mostrar os dentes.
— Claro – Joaquim olhou de lado — Sempre do seu jeito!
— Obvio! Já pensou se fosse do seu jeito – Celina apontou — Supostamente o Enzo nem estivesse aqui hoje.
— Não fale uma besteira dessas – Joaquim enfureceu. E de certa forma aquilo alegrava Celina.
— OK! Não vim discutir com você, apenas avisar isto. Está bem? – Celina ia saindo com Joaquim a puxou. E a beijou.
Celina estava nos estereótipos de menina “popular” como poderíamos dizer. Ela não estava tão magra, mas havia perdido cerca de 30 kg após a gravidez. E estava bastante atraente, Joaquim já ouvia falar comentários sobre ela. E até mesmo meninos interessados, e o estranho, era que ele ficava enciumado. Por isso, Téo tirava onda dele. Após o beijo Celina assustou-se.
— Por que fez isso? – Celina indagou.
— Vamos garotos! Vamos entrem todos. Para os seus quarto. – antes que Joaquim pudesse responder o inspetor encaminhava todos para os seus devidos quartos.
No corredor masculino..
— Acho que seu plano fail.. – Giovanni riu abrindo a porta do quarto.
— É isso que veremos – Diego entrava no quarto. Quando percebeu a presença de Tomás logo atrás.
No quarto do Tomás..
— Tudo tranquilo? – Giovanni arrumando a cama.
— Tudo! – Tomás jogando-se na cama. Com cara de pensativo.
— Fala logo o que quer perguntar.. – Giovanni pulou na cama.
— O show cara! Como estão os preparativos? – Tomás sentou-se.
— De mal a pior. O Diego está desesperado. Os patrocinadores estão cobrando ele. E claro que ele não dará o braço a torcer para pedir sua ajuda. – Giovanni sorriu de canto.
— imagino!Sinto falta dos shows. – confessou Tomás.
— Está infeliz Tomás! Todos estão. O colégio sofre com isso – Giovanni fez drama. E Tomás jogou uma almofada dele.
— Não brinca cara! Mas já é sábado, já pensaram em algo?
— O Diego teve umas ideias aí.. – Giovanni quando se deu conta que já estava falando de mais. — Mas não sei não! Sábado veremos, ele não me disse nada. - mentiu.
— É. Não sei se vou! Seria muita cara de pau.
— Mas é publico cara, qualquer pessoa pode ir. Até mesmo você – brincou Giovanni.
— Vamos dormir cara! Que hoje você está demais. – Tomás virou-se deitando na cama.
— Vocês não entendem! Eu sou demais. – Giovanni apagou a luz.
Diego esperou que todos dormissem. Para que ele pudesse sair do quarto.
— Roberta! – sussurrou agachado próximo a cama dela. — Roberta! – mordeu os lábios inferiores. — Mas que sono de pedra é esse. – Diego pensou. E a beijou.
— Diego.. – Roberta resmungou de olhos fechados. E Diego riu convencido. E logo deu um beliscão nela. E ela abriu os olhos. — Ai! – Roberta gritou e Diego calou a boca dele com a mão.
— Não grita. Não quero ver como a Lupita fica quando acordam do seu sono real. – risos. — Quer dizer que estava sonhando comigo? – Roberta revirou os olhos.
— Não seja tonto garoto! Mas é claro que não. E o que faz aqui? – sentou-se na cama.
— Vou fingir que acredito! – Diego piscou. E Roberta já estava suando. — Achou que eu desistiria fácil?
— Mas, você disse que não tentaria mais nada.. – Diego abaixou a cabeça rindo. — Do que está rindo?
— Não é disso que estou falando. Mas ficou triste, por saber que desistir de você? – Diego provocou.
— Obvio que não! Mas não foi isso que veio conversar aqui não é mesmo? – Roberta desviou o olhar e o assunto.
— Não! Quero saber se não vai mesmo cantar comigo? – Diego segurou a mão de Roberta e ela abaixou o olhar.
— O Tomás não aceitaria! – Roberta mentiu em partes. Ela sabia que Tomás não impedia que ela fosse cantar com o Diego. O que impedia era a sua reação ao dividir um palco com ele.
— Não o ama Roberta! Como pode amar um cara que fez isso no seu braço? – apontou com o olhar para o braço roxo de Roberta. E ela tentou esconder o braço.
— Ele não fez por mal. Ele estava com ciúmes e foi só isso. E sim, eu amo! Ele cuida de mim, me protege, me ama também! – revidou. E Diego ficou enciumado fixando o olhar no dela.
— Ok!Se você diz! Não irei insistir para que cante comigo. – ele levantou-se. — Você tem até amanhã para pensar. – ele virou-se de volta — Quer dizer.. Isso se eu não arrumar alguém com mais atitude. – provocou. Indo em direção a porta. E Roberta levantou-se. (Pens. Roberta: Ódio! Eu quero cantar, seria uma experiência e tanto e ainda cantar com o Diego. Seria um sonho!)
— Eu componho uma canção para sábado. – respondeu diretamente. E ele sorriu. E correu para abraça lá. Levantando do chão. — Enlouqueceu me largue! – estapeando Diego. Diego parou a colocou no chão, e encarou o olhar dela segurando-a pela cintura.
— Não irá se arrepender. – deu um selinho rápido nela e saiu do quarto.
POV. DIEGO
Obvio que não pensei em mais ninguém para dividir o palco comigo. Falei aquilo só para provoca-la e atiçar mesmo. Roberta era fácil e difícil ao mesmo tempo de convencimento. Mas com jeitinho deu certo. Na verdade estava com saudades de tocar aqueles lábios tão carnudos. Feliz por ela está sonhando comigo. Diego você é um conquistador cara. Um garanhão!
POV. ROBERTA
Enlouqueceu Roberta? Como irá explicar para o Tomás que irá dividir o palco, com a causa de toda discórdia do seu relacionamento. Como o Diego consegue me desequilibrar tanto? Enlouqueci só pode. Claro que ele fez esse teatro todo para conseguir que eu cantasse com ele, nunca o Diego faria algo assim por vontade própria. O mesmo disse que vive de testes. Que tola que sou! Como pude deixar que ele percebesse tanto.