Ouçam: No pares - RBD
Pov. Victoria
No telefone..
— Mãe eu exijo que me tire deste colégio.
Mãe: — Olhe aqui Victoria, você vai ficar aí. Você tem que se igualar a ela. Ou esta pensando que vou deixar seu pai escapar assim tão rápido?
— Mas o que eu tenho haver com essa sua conquista? – chorava.
Mãe: — pare de chorar sua fraca. Não tem capacidade de ser tão boa quanto ela?
— Não quero ser tão boa quanto ela. E não entendo no que isso lhe ajuda com o papai. Ele não quer mais saber de você.
Mãe: — isso é o que você pensa. Você não convive conosco para saber o que ocorre aqui fora.
— claro que não, a senhora não me permite sair desta prisão a não ser com a Paloma.
Mãe: — seu pai estava louco quando resolveu me deixar por que sua amante estava grávida desta daí. Deixou-me grávida. Trocou-lhe antes mesmo de você nascer.
— Mas nunca me abandonou, e nunca me deixou faltar nada.
Mãe: — a claro que sim, pra você. Mas a sua mãe que se dane. Egoísta. Não vai sair deste colégio esta ouvindo? E trate de saber o que esta acontecendo na casa deles. Preciso de noticias. Se não Victoria, você ira se ver comigo.
— MAS QUE DROGA. – desliguei o celular e me pus a chorar no chão do banheiro. Olhando-me no espelho..
Não aguento mais essa situação. Não suporto mais ter que andar com essas meninas sem cérebro que convivo por obrigação. Não sinto mais prazer em viver. Essa vida não é minha, prefiro morrer a ter que aturar tudo isso. Minha mãe estava completamente louca desde quando meu pai a deixou grávida por não aguentar seu ciúme doentio e logo em seguida ela descobriu que ele a deixou por já esta vivendo outro casamento. Por isso meu papai inventava viagens. Mas desde que eu nasci ele nunca me deixou faltar nada, sempre se fez presente. Nunca tive do que reclamar do meu pai, não dele. Mas da minha mãe já não posso dizer o mesmo. Ela me obrigava a perseguir a Paloma. Em todos os colégios que ela estudou, eu estudei. Fez-me andar junto com ela, ameaçava ate me matar como já fez. Nunca disse nada a meu pai por medo do que ele poderia fazer com ela, porque acima de tudo eu a amava muito. Mas desde que meu pai a deixou que ela nunca o deixou em paz, e consequentemente nunca me deixou viver da minha maneira. Fui ao banheiro, peguei uma tesoura. Estava disposta a me transformar.
No quarto de Roberta..
— não consigo me concentrar – Lupita colocava a mão na cabeça.
— deixa que eu termine pra você. Já acabei o meu mesmo. Vai descansar – ao ver Lupita se levantando — onde pensa que vai?
— atrás dela. Preciso falar com ela, entender tudo isso. – Lupita levantou-se e não quis nem ouvir a bronca de Roberta, saiu antes mesmo que ela impedisse de sair do quarto.
(Pov. Lupita) Fui ate o quarto da Victoria e estranhei-a não esta ali, o celular dela estava jogado no meio da escada. E a luz do banheiro acesa. Subi correndo. E me assustei ao ver que ela estava tentando cortar o cabelo.
— O que esta fazendo? – tentando tirar a tesoura da mão dela.
— Você de novo? O que é garota? DEIXA-ME EM PAZ – Victoria gritou
Lupita: — não vou deixar fazer algo para que se arrependa.
Victoria: — você é uma espécie de zumbi ou o que? – chorando
Lupita: — por que esta chorando? – olhando assustada — zumbi não sou, mas posso ser uma espécie de anjo da guarda se você deixar.
Victoria ria ironicamente enxugando as lagrima — Ata bom! Essas coisas não existem garota. E você o que quer aqui?
Lupita: — perguntei primeiro. Porque esta chorando? E porque iria cortar seu cabelo?
Victoria: — isso não é da sua conta. Saia já daqui e já pedi e peço novamente PARE DE ME SEGUIR.
Lupita: — não consigo. Preciso entender porque essa autodefesa.
Não aguentava mais essa garota me perseguindo o tempo todo. O porquê ela se importar tanto comigo sem ao menos me conhecer.
— Eu não sei nem o seu nome. Nem de onde você vem. O porquê me persegue. E nem por isso vivo atrás de você ou lhe questionando o tempo inteiro como vem fazendo comigo. A única coisa que sei sobre você, é que você é bastante insistente. E isso esta me enfurecendo coisa que é difícil acontecer. – explodi.
— Prazer meu nome é Guadalupe Fernandes, apelido Lupita. Sou da mesma turma que você. E sou novata aqui. O que pensa que eu sou?
— Não penso NADA sobre você. Não penso em você, você não me interessa desde dia que falou comigo. E eu estou cheia dessas menininhas mimadas. Bastam as que têm que aturar por obrigação.
— Não sou igual a elas, e acho que isso é notável ou não ne, já que não reparou em mim em momento algum. E porque por obrigação – indagou.
— Seja lá quem você for. Você não tem um terço dos problemas que eu tenho. E devem viver igual todos esses riquinhos desse colégio, esnobando o resto da sociedade.
— como pode falar tanto se nunca me deu nem um ‘oi’ direito? O que tem escutado sobre mim? – ela continuava a indagar. Não desistia.
— Quer saber mesmo garota – enxuguei minhas lagrimas, ela assentiu com a cabeça — A minha vida é um inferno. Eu tenho uma meia-irmã que atormenta os meus dias antes mesmo do nascimento. Temos a mesma idade, e sou obrigada a conviver com ela. Porque tenho uma mãe psicopata que acha que eu sendo amiga dela, terá aproximação com o meu pai e isso vai o fazer voltar para ela. Não sei o que ela pensa e o porquê dela pensar assim. Mas qualquer raiva que ela tem ela desconta em mim, e diz ser culpa minha e me chama ate de incapaz. – fiquei enfurecida, mas prossegui — só que ela nem se importa, se sou igual a ela. E a minha irmã querida me aguenta por obrigação também somos obrigada a dividir o mesmo quarto até. O nosso papai jura que somos grandes irmãs, mas ela é completamente diferente de mim. Desde que me entendo por gente, a minha mãe quem escolheu as pessoas com quem eu deveria conviver. E acredite se ela lhe conhecer, não vai me permitir nem olhar na sua cara. Satisfeita? – olhei para a cara de assustada que ela fazia — Que foi? Não esperava isso? Esperava que eu tivesse problemas com secador ou calças Armani?
— Não sei o que dizer. Mas quero te ajudar. Isso não pode continuar assim.
— Claro. E você é quem perto de tudo isso? Pra querer mudar tudo? – balancei a cabeça negativamente — Olha se não for muito incômodo peço que saia já do meu quarto. Já que matou toda sua curiosidade sobre a minha ilustre vida.
— Não faz assim Victoria. Você precisa de ajuda. – tentei abraça-la.
— Não encosta-se a mim. Está louca garota?
— Não estou tentando te ajudar. Porque essa autodefesa?
— você parece ser meio tonta, não entendeu? Contei a minha vida para você e você ainda não compreendeu. – abrir a porta do banheiro — Saia.
— A sua irmã é a Paloma?
— Que curiosa você em? – sorri irônica — Sim, infelizmente sim. Somos parecidas não acha?
— Não.
— Pois bem, você não é a única. Agora me deixe sozinha. – estava encostada na porta quando a senti próximo a mim, ela parecia não desistir fácil. Ela encostou a sua boca próxima a mim e não a empurrei, não senti vontade empurrar. E em fim. Beijou-me, um beijo calmo, aquecedor, quente, frio, não sabia explicar essa mistura. Mas me acalmou. Fiquei com vergonha quando ela parou, mas ela soube bem o que fazer. Apenas saiu do quarto e disse “vai ficar tudo bem”. Entrei de baixo da ducha e fiquei cerca de quase uma hora.
Em fim chegou à sexta-feira os alunos estavam todos ansiosos para o show do Diego no sábado. Metade da escola tinha ganhado as cortesias tanto do Tomás quanto da Paloma. Que faziam questão de divulgar o trabalho do Diego.
— Oi Joaquim – Celina se aproximando do Joaquim que fez cara de assustado.
— Oi. Como sabe meu nome? – os meninos riam.
— Não se lembra de mim?
— E porque deveria me lembrar de um elefante?
Celina começou a chorar e saiu correndo com vergonha. Os meninos riram. E a Roberta observava aquela cena de longe.
— Porque a tratou assim? – Roberta inclinando a cabeça
— Sabe que só amo você. – Joaquim piscou.
— Você me dá nojo Joaquim – balançou a cabeça.
— Não é o que os seus olhos dizem – Roberta saiu de perto de Joaquim e foi atrás da Celina. Tomás observava aquela cena de longe. Do outro lado do pátio.
Giovanni: — paciência meu brother.
Tomás balançando a cabeça: — estou tentando.
Diego: — Ela foi sincera com você, disse que ainda gostava dele.
Giovanni: — cuidado com os cornos.
Tomás: — não esta ajudando Giovanni. Melhor ficar calado. – Diego fez sinal para Giovanni maneirar.
Roberta via Celina chorando. E se aproximou.
— posso te ajudar?
Celina olhou de se abaixo e notou que era a Roberta: — Pode. – limpou as lagrimas. — Porque não some?
— que grosseira. Poderia me dizer seu nome ao menos.
— Olha aqui garota – Celina levantou-se — eu sei bem o seu tipo. Você se faz de santa, mas de santa não tem nada.
— Porque esta falando assim comigo? – Celina praticamente esmagando a Roberta na parede.
— Ainda pergunta. Porque por sua causa o Joaquim não tem olhos para mim, porque não some da vida dele? Já que não quer mais nada.
Roberta riu — Você só pode esta louca. Eu estou com o Tomás. E vim aqui te ajudar, porque vi a forma como o Joaquim te tratou. Mas já vi que não quer ajuda.
— Ah claro, pobre Tomás. Não o machuque ele não merece alguém enganando ele assim. E quanto a mim, não se preocupe. Tenho amigas para isso. – Celina saiu da vista da Roberta.
Lupita: — que houve aqui? – olhando Celina sair.
— nada demais.
— fala logo.
— fui tentar ajudar. Mas não deu certo. Em fim. Como foi lá com a Vick?
— nos beijamos. – sorrindo ao lembrar.
— OI? Como assim – fazendo cara de interrogação
— sim. Não foi fácil, não posso entrar em detalhes. Talvez ela não goste. Espero que compreenda.
— ta tudo bem.