Ouçam: RBD - No Digas Nada
Pov. Roberta
Talvez eu precisasse me descobrir. O Tomás estava muito bem sem mim. Talvez ele também tivesse fingindo sentimento o tempo todo. Voltar com o Joaquim não era a melhor das opções. Mas ele estava mudando por mim. E eu tinha que reconhecer isso. E eu sentia a falta dele algumas vezes a noite. Claro que ainda pensava no Tomás. Mas o Tomás já nem olhava na minha cara. Já era tarde da noite, aquelas provas estavam me consumindo, não estava tão acostumada com o ritmo da Elite Way. Apesar de já estarmos no segundo semestre. O colégio estava escuro, quase não achei escadas para subir para a ala dos quarto femininos.
— Desculpa, é que ta escura.. – levantei o olhar — Ah, é você. - revirei os olhos.
Diego bateu palmas. — Que foi esperava o Joaquim? – riu irônico.
— Não – continue a subir as escadas.
— Muito bem. Já estava na hora de voltar para o seu lugar. – ignorei — Não adianta me ignorar. Sei que ficou com medo de mim. – virei.
— Medo de você? – parei na metade da escada — Você só pode estar louco. Fiz aquilo não por você, mas pelo o Tomás. Ele estava triste, sentia a sua falta.
— De gente verdadeira ao lado dele quis dizer – Diego falou isso e saiu. Continuei a subir as escadas. Ao virar-me no final da escada, esbarrei no Tomás.
— Oi Tomás – sorri de canto.
— Iaê – saiu.
— Tomás, espera – vir-me-ei para ele.
— algum problema?
— Sim. – olhei para ele — Não pode ficar me tratando assim o tempo todo – Gesticulei com as mãos — Somos colegas de classe e acima de tudo namorávamos tínhamos sentimentos um pelo o outro.
— Tínhamos? Eu tinha você quis dizer? – indagou com indicador apontado no peitoral — Acha que não vi você com o Joaquim hoje à tarde Roberta. Não seja sínica.
— Não pode me julgar assim. Eu também tive sentimentos por você, e não me venha falando assim como se não tivesse seguido a sua vida. Eu também precisava seguir com a minha já que você está sempre rodeado de mulheres. – Falei enciumada. Na esperança dele falar o quanto me amava ainda.
— isso não é da sua conta – Tomás foi seco e frio quando disse isso e saiu. Fui direto para o meu quarto. Chegando lá a Lupita e Josy já estavam dormindo. E amanha seria um novo dia. Deitei na minha cama e comecei a pensar em tudo que estava acontecendo desde quando entrei naquele colégio. Sentia-me perdida diante daquela situação. A Lupita vivia correndo atrás da Victoria desde quando começaram a ficar. As coisas realmente pareciam esta voltando ao seu lugar como diria o Joaquim.Ouçam: RBD - Mas Tuya Que Mia
Durante quase toda semana a Celina vinha sentindo muitos enjoos. Então sempre inventava uma desculpa de que havia comido algo estragado, pois na cabeça dela, ela continuava virgem.
— Celina, você precisa ir ao medico. – Mía andava atrás de Celina no corredor.
— Não é Mía, não enche. – continuando a caminhar de costas para Mía.
— Claro que é. Como você Pode enjoar tanto. Depois da festa que você ficou assim.
— Acho que comi algo estragado.
— Não me venha com esta desculpa Celina, nós estamos de dieta. E tudo que você come eu também como e não sinto nada. – afirmou.
— Então. Vamos ao medico. – revirou os olhos e logo em seguida Mía deu um abraçado após ter conseguido convencer a amiga.
Mía e Celina foram ao médico. Celina estava nervosa, estava com medo de estar com alguma doença ou algo assim.
— E então doutor o que tenho? – aflita.
— Parabéns – o Doutor felicitava.
— Mas parabéns pelo o que? – assustadas.
— Como pelo o que? Você está grávida. Será uma grande mamãe. Esta com dois meses, e este bebe precisa de cuidados mocinha.
— GRAVIDA? – Celina chorou — COMO GRAVIDA? EU SOU VIRGEM DOUTOR. VOCE SÓ PODE ESTA EQUIVOCADO.
— Virgem? – o Doutor ficou surpreso, antes que ele continuasse Mía interrompeu. — Desculpa por ela Doutor, ela esta um pouco alterada. E não deve estar raciocinando direito. Obrigada pela consulta. – Mía saiu do consultório com Celina.
— Mía, como grávida? Nem namorado eu tenho. – chorava estendia as mãos para o céu.
— Olha amiga, eu não sei explicar isso para você. Mas não se lembra de nada do grande evento? – indagou.
— Bom eu me lembro de que eu estava muito bêbada. E que chamava pelo o Joaquim o tempo inteiro e que depois eu fui atrás dele mais nada.. – Mía então começou a juntar as coisas. — Mas porque isto? O que tem haver?
— Nada. Vamos para o colégio. E lá conversaremos. – Mía mandou uma mensagem para Miguel explicando que Celina estava grávida e pediu para que ficasse em sigilo. E que fosse encontro a ela, quando chegasse ao colégio.
— Vim o mais rápido que pude – Miguel chegava correndo de encontro a Mía no pátio.
— Olha Miguel, você sabe que não sou de pedir ajuda. Mas preciso que me ajude com isto.
— quem é o pai desta criança?
— Calma! Lembra-se do dia do grande evento? – Mía olhava no olho de Miguel, que tentava se lembrar de cabeça baixa.
— sim lembro. Mas o que tem haver? Isso já tem cerca de dois meses.
— exato. A Celina esta grávida de dois meses.
— está querendo dizer. Que naquele estado que encontramos ela.. – antes mesmo que ele concluísse o pensamento Mía interrompeu.
— isso mesmo.
— e quem o pai desta criança?
— A situação é pior do que se imagina Miguel. – aflita — A Celina não lembrava nem que não era mais virgem – gesticulava com as mãos, nervosa — Claro que ela estranhou as dores que sentiu no dia após a festa, mas achou que era ressaca. Mas você não sabe do pior, a única coisa que ela se lembra de é de ter ido atrás do Joaquim naquela noite. – Mía gesticulava com as mãos.
— Claro – Miguel estralou os dedos — Por isso aqueles saquinhos do lado da Celina.
— Eu pensei a mesma coisa. Qual a pessoa que conhecemos que usa droga neste colégio?
— Joaquim e Téo. – Miguel pensativo
— Exato.
Mia e Miguel foram interrompidos com a chegada Nícolas..
— Mas veja só. Ganhou a aposta ein garanhão – Batendo no ombro de Miguel.
— Mas do que estão falando? - Mía assustou-se.
— Nada. Não é Nicolas? – beliscando Nicolas.
— É nada.
— Falamos depois Miguel. Tchau – Mía se despediu e foi de encontro a Celina. Afinal elas precisavam resolver aquela situação. Precisariam tomar uma decisão e principalmente ir atrás de Joaquim. Obvio que ele não iria assumir, iria negar ate a morte. De qualquer forma teria que esperar a criança nascer para fazerem o tal exame de DNA.