Pov. Josy
À noite Téo havia me chamado para uma social na área da piscina com uns amigos. Fiquei muito feliz por ele querer a minha presença. Porque geralmente nessas sociais eles sempre tentando chamar as mais gostosas do colégio e eu digamos, que não fazia parte deste grupo. Fiquei constrangida ao chegar e não tanto animada ao ver o Joaquim naquele local.
— Oi – cumprimentei a todos.
— Galera essa é a minha gatinha – Téo me apresentava com a mãos por trás do meu pescoço ele estava completamente bêbado.
— Olha só a mais nova integrante do grupo galera. – Joaquim ria.
— Que grupo? – Indaguei.
— Como assim não contou para ela Téo? – Joaquim
— É toma – Paola uma menina loira da turma do terceiro ano me entregou um saquinho. Que imediatamente tratei de jogar na piscina. Enfurecendo alguns — Qual foi garota esta louca? Sabe quanto custa um desses?
— Não mais que a minha vida – sorri irônica. Tirando o braço de Téo do meu pescoço. Téo veio atrás de mim. Confesso que estava com medo.
— Está louca Josy? – Téo estava vermelho de raiva.
— Eu louca? O que pensa que eu sou Téo?
— Minha mulher. Então, tem que fazer tudo que eu mandar – Téo segurava meu braço forte.
— Esta machucando. – olhei para o meu braço tentando me soltar. — E não irei acabar com a minha vida Como você.
— Isso é o que vamos ver – Téo tirou um saquinho de dentro do bolso e começou a pressionar. Tratei logo de tampar o meu nariz e balançando a cabeça para que ele não conseguisse foco. — Está me aborrecendo Josy. – Estava tentando me soltar mais tava complicada. O Téo ficava extremamente forte quando estava bêbado e usando essas porcarias. — Olha eu não sou disso. Mas você esta apelando. – Senti meu rosto arder com a tapa que ele havia dado no meu rosto. Achei ate que sangria. Arregalei os olhos com tamanha atitude. E paralisei. — Ei, ei, ei.. Tá louco Téo? – Fui salva por Jorge que passava naquele momento. Um dos alunos da turma. Ele tratou de me puxar enfurecendo o Téo.
— Não se mete Jorginho. Isso é uma briga de casal, não é mesmo Josy? – me fazendo confirmar com os olhos.
— Tudo tranquilo Josy? – indagou Jorge. Apenas assenti com a cabeça e sai daquele local chorando. Não queria a cara do Téo nunca mais na minha vida, estava com medo dele. Ou com medo, do monstro que ele se transformou. Aquilo parecia um pesadelo para mim. Eu poderia gostar do colégio todo. Mas não, tinha que gostar logo dos meninos mais complicados dali.
Durante a semana de provas os alunos ficavam cerca de horas estudando na biblioteca. A Paloma não estava estudando afinal ela ameaçou a Victoria e disse que a mesma faria todas as provas e trabalhos para ela. Paloma estava usando as malditas fotos para se dar em todos os sentido,pedindo qualquer tipo de favor para a Victoria.
— Ei – Paloma chamou Victoria que se fez de surda — não se faça de surda. E não me deixe falando sozinha – Paloma ria junto das amigas. Lupita observava aquilo de longe.
— Que foi desta vez Paloma? – Victoria virou-se.
— Quero que vá buscar alguns sucos para mim e para minhas amigas. Anote os sabores – encarando. Lupita quase foi ate la entender tudo aquilo. Só que a Roberta não permitiu.
— Digam meninas – Victoria anotou todos os pedidos. E foi buscar os sucos. E depois tratou logo de sair dali. A lupita não perdeu tempo e foi atrás dela, antes que ela sumisse. Como estava fazendo esta semana, correndo dela o tempo inteiro.
No quarto..Lupita entrou batendo a porta. Assustando a Victoria.
— me explica isso agora – gritou lupita.
— primeiro fala baixo. Quer que todos escutem? – Victoria pediu indo ate a caminho da porta para ver se havia alguém no corredor. Depois virou-se para lupita — isso o que?
— você sabe do que estou falando vick. O que foi aquilo na cantina? – gesticulando para a porta.
— nada. Só peguei uns sucos para as meninas. Qual problema?
— não, não – Balançando o dedo negativamente — eu vi a forma que a Paloma estava falando com você. Qual medo que você tem dela? O que ela pode fazer contra você? – indagou.
— Nada. Lupita quero que se afaste de mim – ela pediu chorosa. Lupita encheu os olhos de lagrima.
— sabe que não é assim. Porque quer isso? Na verdade quem esta te obrigando a isso. Esta escrita nos seus olhos que você não quer isso.
— como pode saber tanto olhando nos meus olhos? Você é bastante equivocada e convencida. – revidou.
— eu sei que não quer. – tentou se aproximar, mas a Victoria tratou logo de se afastar — porque isso Victoria?
— eu avisei que você não iria me fazer bem. – fechou os olhos ao mentir. Victoria nunca havia sido tão feliz em tantos anos de vida, quanto estava sendo ao lado da Lupita. Ela a protegia.
— não era isso que me dizia quando estávamos no sótão – revidou lupita.
— mas é exatamente assim que eu me sinto.
— eu não acredito – lupita balançou a cabeça.
— Pois trate de acredita – tentou sorrir irônico.
— se você não me falar o que esta acontecendo. Eu vou agora – apontando para a porta — neste, exato momento atrás da Paloma. Saber o porquê disso tudo. – Victoria assustou e sabia que se ela fosse arrumar confusão com a Paloma pioraria sua situação.
— NÃO! – gritou — eu vou te contar.
— eu sabia que tinha algo haver com ela. Só precisava ter certeza. – sentou
— A Paloma esta com fotos nossas. Graças a sua boca grande. – enfureceu.
— Fotos nossas? Como ela conseguiu isso? - Victoria riu.
— Não se faça de louca. Você sabe muito melhor que eu. E ela simplesmente esta me ameaçando com isto. Estou fazendo trabalhos, e estudando por duas. – jogou os livros no chão.
— Você não precisa fazer isso. Sabe muito bem.
— Você só pode esta louca – gritou — Tem noção da gravidade do que ela pode fazer com essas fotos.
— Não entendo do que você tem medo. Vai viver o resto da sua vida assim. Com medo da sociedade? – provocou Lupita.
— Olha você nunca irá entender. Maldita a hora que permitir você entrar na minha vida, ou confiar em você para a minha vida. – virou-se de costas.
— Podemos enfrentar isso juntas. – abraçou por trás e Victoria logo saiu gargalhando.
— A Paloma quer enviar as fotos para o meu pai. Ele é extremamente preconceituoso. E ela não esta nem ai para nós duas – ironizou — E ela vai fazer isso de qualquer maneira.
— E porque esta fazendo tudo que ela manda então nessa porra? – estressou.
— Porque ela me ameaça divulgar na escola inteira e contar para o diretor. Se eu sair deste colégio a minha mãe me abandona. E não tenho para onde ir. – chorou.
— Eu não vou te abandonar. Nós saímos Victoria. – tentou acalmar.
— Você realmente parece viver igual nos contos de fadas. As coisas não são tão simples assim Lupita. É a minha vida. Não posso confiar tanto assim, tudo que estamos vivendo é muito recente. E esses problemas que tenho são desde quando nasci. E agora acho bom você sair daqui antes que ela chegue. E piore ainda mais as coisas. – Victoria foi ate a porta abrindo. Lupita saiu balançando a cabeça e roubando um selinho nela.
Na academia..
— O que significa isso Josy? – Lupita segurando os braços de Josy. Enquanto elas se aqueciam para a aula de educação física.
— Um machucado – Josy justificou. Roberta olhou de lado para a Lupita.
— Não mente Josy. Claro que isso não foi um machucado. Ou Téo, agora se chama machucado – cruzou os braços.
— Não foi o Téo Lupita. Agora me deixe em paz. – Josy saiu da proximidade de Roberta e Lupita.
— Você viu isso? – lupita apontando para josy e olhando para Roberta.
— sim, mas se ela não quis falar. Tem la seus motivos.
— mas, isso não vai ficar assim mesmo. – Lupita saiu da academia. Esbarrando com Tomás na saída da academia com mais duas garotas, inclusive uma delas era a sol. Encontrando com Téo na quadra.
— Podemos falar machão.
— Ora ora essa Téo esta conquistando todas – Joaquim ria.
— Calado se não quiser apanhar também – apontou o dedo na cara do Joaquim e logo em seguida esmurrou o olho do Téo.
— qual foi garota? Esta maluca? – Téo caído no chão segurando tampando o olho.
— isso é pelo o braço da Josy. – virou-se para sair e depois voltou — Ah, e um aviso para o que possa vir acontecer com você caso repita ou faça algo a mais com ela. – Lupita saiu furiosa.
Enquanto isso na academia..Tomás entrava gargalhando com Sol e outra menina que a Roberta não sabia quem era. Roberta fechou logo a cara.
— E então meninas, aceitam me acompanhar no show do Diego no sábado? – olhando torto para Roberta.
— Mas é claro que sim meu amor, como poderia não aceitar. Afinal sou A MULHER do empresário. – Sol frisou bem e sorrindo para Roberta, que tratou de se levantar e sair da academia chorando e correndo. Tomás ao ver a reação da Roberta se entristeceu um pouco. — O que houve meu amor? Não liga pra ela. Ela supera. – Sol dando um selinho em Tomás.
Pov. Roberta
Sim, eu estava com o Joaquim. Mas ele geralmente filava as aulas de educação física para satisfazer-se sei lá com o que. Confesso que não me importava tanto com o Joaquim assim, estava bom estar com ele. Mas muita coisa tinha mudado. Ver o Tomás entrando com aquelas meninas na academia mexeu comigo, sentir vontade de arrancar o cabelo das duas. E principalmente da Sol. Essa menina parecia me odiar a ponto de querer tudo que me pertence. Como se não bastasse com o Joaquim agora teria que aturara-la com o Tomás. Sabia que não agi correto ao correr daquela cena na frente deles. Tomás deve ter se sentido vitorioso por conseguir me provocar assim. Corri para o gramado. Não queria ninguém próximo a mim. Apesar de ser quase impossível se esconder neste colégio. Escondi-me ao ver que alguém corria naquela direção.
Pov. Diego
Estava feliz por ter voltado a falar com o Tomás. E as coisas terem finalmente se resolvido. O Tomás era meu melhor amigo, meu empresário não podia ficar sem nos falarmos por qualquer besteira que fosse. Sabia que ele estava triste pelo o término do namoro com a Roberta. Mas iria ajuda-lo a esquecer, na verdade não eu (risos), mas nos meus shows sempre haviam momentos de distração. Não gostava de aquecer-me na academia, gostava de lugares aberto. Estava correndo no gramado. Quando escutei alguém chorando.
— Ora essa, vejamos quem encontro – reconhecendo. Roberta tratou logo de limpar as lagrimas. — Porque choras? – Roberta virou para Diego.
— Não estou chorando. – respirando fundo — Estou respirando. Tava precisando tomar um pouco de ar – desviou o olhar olhando para o céu.
— Você não cansa mentir o tempo inteiro não? – provocou Diego.
— Não estou com cabeça para aturar suas ridículas provocações – ela esbarrou em mim. Dei uma gargalhada.
— Você sempre correndo da verdade. – provoquei. Ela não escutou, parecia realmente estar mal. Mas me senti feliz ao ver daquele jeito. Ela merecia passar por tudo que estava passando. Afinal ela procurou. E quem procura acha. Quem não merecia tristeza era o Tomás.
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Estou tendo algumas ideias. Então, vou escrevendo e postando.
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