Fanfic: O Malabarista

O Malabarista

Fernando: Dulce, minha filha, você irá se casar com o Alfonso. Logo você viverá para cuidar da sua própria família.

Dulce: Pai, eu sempre fui contra esse casamento, e aposto que o Poncho também é contra. Sem falar que somos parentes, primos de primeiro grau.

Fernando: E daí? E não me importa se vocês são contra. Eu e os pais dele não somos, então esse casamento acontecerá.

Dulce foi pro quarto irritada com o pai. Encontrou a irmã, Anahi, desenhando a vista do quarto delas.

Anahi: Não adianta fugir do teu destino, Dulce. Você vai ter que casar com o Poncho e...

Dulce: Mas eu não quero! Eu não o amo! É tão difícil de entender? (Anahi baixou a cabeça) E aguarde, que sua hora tá chegando também. Você irá ver, daqui a pouco ele vem com a história de você se casar com o Christian.

Anahi: NÃO! Não, o Christian não! Adoro ele, mas não pra casar!

Dulce: Eu também não gosto do Poncho pra casar! Mas alguém me entende? Não, claro que não! Minha opinião não importa! Mas ainda vai chegar um dia que as mulhere terão voz, e terão opinião própria!

Anahi: Não penso assim. Acho que os passarão, e tudo continuará na mesma!

Dulce sentou em sua cama, com as mãos sobre o rosto.

Anahi: Não fica assim Dulce! Eu também não quero que seja assim pra mim, mas eu não vou poder fugir.

Dulce: Você gosta do Poncho, né?

Anahi (assustada): Da onde tirou essa idéia? Ele é seu noivo!

Dulce: Pensa que não sei dos beijos às escondidas de vocês dois?

Anahi: Eu tinha 13 anos!

Dulce: Mas gosta ainda!

Anahi: Você me espionava?

Dulce: Não! Eu via por acaso!

Anahi: Mas, não tem nada a ver Dulce. E... eu acho que ele gosta de você.

Dulce: Gostar até, gosta. Mas amar, pra casar... isso não. E eu não quero mais falar sobre isso.

Anahi: Eu posso pintar um retrato seu?

Dulce: Ah, estou sem vontade de posar hoje.

Anahi: É rápido! Por favor!

Dulce: Tudo bem.

Anahi: Fica sentada na cama... não me encare... olhe para... o nada.

Dulce: Aff. Para a janela?

Anahi: Isso! Assim, desse jeito que você está. Fique assim!

Dulce ficou parada, na posição que a irmã pedira. Um tempo depois, Anahi arrancou a folha do caderno em que pintava, e mostrou a irmã.

Dulce (olhando o desenho): Anahi, ficou perfeito! Você está cada dia melhor!

Anahi: Obrigada! Uma pena que papai não gosta que eu pratique...

Dulce: Ah Anahi! Você não pode parar porque ele quer! É uma coisa que você gosta!

Anahi: Você também quer atuar o teatro, e não o faz!

Dulce: Mas não porque ele não quer. Você acha que nunca fiz testes? É difícil... Quase não posso sair de casa, e em vários testes não passei.

Anahi: É uma pena. Eu acho que vcoê não tem que desistir. Mas, será que o Alfonso te deixará atuar depois do casamento?

Dulce (irritada): O Alfonso não pode me proibir de nada! Se eu quiser atua, eu vou.

Anahi: Mas, você não terá voz. Terá que obedecer a ele.

Dulce: Não quero saber! Eu já disse e vou repetir: Não nasci pra obedecer homem nenhum!

Anahi: Se pensa assim...

Dulce guardou seu retrato, e desceu para a sala. Anahi foi junto.

Fernando: Já estou indo trabalhar. Se comportem, e ai de vocês se aprontarem algo!

Dulce e Anahi assentiram. Fernando saiu de casa, deixando as duas somente com os empregados. As duas não tinham mãe. Ela fugiu deixando Fernando sozinho com as duas. Ninguém sabe pra onde ela foi. A partir desse dia, Fernando se tornou um homem frio, e não deu mais carinho as filhas.

Anahi (lendo o jornal): Olha Dulce. O Circo chegou na cidade!

Dulce (tomando o jornal da mão): Sério? Finalmente algo de diferente nesse fim de mundo.

Anahi (chateada): Mas não espere que papai nos deixará  sair de casa, ainda mais pra ir para o circo.

Dulce: Mas eu vou, ele querendo ou não!

Anahi negou com a cabeça.

Dulce: Inclusive, eu vou sair agora. Tenho que ir até a cidade.

Anahi: Mas você não tem a permissão do papai.

Dulce: Eu vou com algum empregado. Aí não tem problema!

Anahi: Não sei. Posso ir junto?

Dulce: Claro. Vou até a biblioteca.

Anahi: E eu tenho que comprar mais folhas. As minhas estão acabando.

Dulce: Vamos então.

Dulce falou com Dolores, a empregada mais antiga da casa.

Dolores: Tem certeza que seu pai não ficará incomodado?

Dulce: Não! Voltaremos antes dele chegar.

Dolores: Tudo bem, mas lembrem-se que a responsabilidade é minha!

Dulce: Sim, sim!

As três foram para a cidade. Anahi entrou na livraria, e logo o dono veio atende-la

Garcia (dono): Anahi! Quanto tempo!

Anahi: Estive aqui na semana passada!

Garcia (envergonhado): Mas é sempre uma honra ter a filha do delegado em meu humilde estabelecimento!

Anahi: Sim, sim... Eu quero o de sempre.

Garcia: Sim, quatro cadernos de desenho com margens.

Anahi: Exato.

Sempre foi assim, Anahi gastava quase quatro cadernos por semana em função de seus desenhos.

Anahi olha para o lado, e vê Poncho entrando na loja.

Anahi: Poncho... O que faz aqui?

Poncho: Vim comprar papel pro meu pai.

Anahi: Ah, a Dulce está na biblioteca.

Poncho (sem interesse): E como ela está?

Anahi (irônica): Muito animada! Você sabe né?

Poncho: Sim. Ela não está animada com esse casamento... E pra ser sincero, nem eu!

Anahi se segurou para não sorrir. Era ponto a seu favor. Afinal gostava de Poncho.

Anahi: Acho que deveria ir ver Dulce na biblioteca.

Poncho: Daqui a pouco eu vou.

Garcia: Aqui estão suas folhas Anahi.

Anahi: Acerte com meu pai...

Garcia: Não será necessário! Fica por minha conta!

Anahi: Muito obrigada! Bom Poncho, vou indo!

Poncho: Até mais.

Anahi: Até...

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