Fanfic: A Filha da Minha Namorada | Tema: Laliter
Para Juan aquela noite seria decisiva. Ele faria algo por si e mudaria, ao menos hoje, sua monótona rotina. Quando entrou no carro e acelerou sentiu o sangue ferver nas veias. Suas mãos seguravam com força o volante e a cada vez que ele era permitido aumentar a marcha ele mordia os lábios e não hesitava. Sentia que podia descarregar sua tristeza e magoa ali, e bem, funcionava. Mas e seu rumo? O primeiro clube ou bar que achasse. E não demorou muito para que isso acontecesse. Em um bairro não muito diferente do seu ele encontrou um bar aberto, tocava música alta e possuía mesas na varanda e na calçada. Era possível notar de longe as várias garrafas de cerveja e copos pela metade em cima das mesas. Juan concluiu que aquele seria o lugar ideal para que ele pudesse afogar-se na vida, conhecer novas pessoas e beber como não fazia há tempos. Estacionou o carro em duas quadras depois do bar, mas não por preferência e sim porque não havia mais lugar onde pudesse colocar. Mas este não era um problema para ele. Antes de sair do carro ele olhou-se no retrovisor e sentiu aquela velha insegurança tomando-o. Viu seu próprio rosto no retrovisor, examinou-se, tentando tomar coragem. Precisava mesmo daquilo? Disso ele tinha certeza. Estava preparado? Talvez não, mas se não tentasse hoje, mas faria de novo, e então nunca estaria pronto. Ele solto um suspiro carregado de todo o resto de insegurança que houvesse nele. Saiu de seu carro em passos firmes, visualizando bem cada detalhe daquele caminho, afinal ele se apegaria a estas lembranças na hora de voltar para casa, quando provavelmente estaria bêbado demais para continuar na festa. Ao chegar ao bar, foi entrando devagar, observando os cantos, buscando talvez um conhecido, qualquer diferença que não o fizesse se sentir tão estranho. Um garçom, que de longe o observava, percebeu que ele não tinha muito noção do que fazer e como de costume foi prestar seus serviços.
– Boa tarde, o senhor gostaria de uma mesa? – Perguntou o garçom, que se posicionou de repente na frente Peter.
– Ah! – Exclamou Peter, esquivando-se para trás por mais inofensiva e mínima que fosse a aproximação do jovem garçom. – Desculpa. – Ele soltou em um sussurro, após notar o constrangimento que havia passado. Enfiou as mãos dos bolsos e observou o local rapidamente. – Vou sim... – Voltou a fitar o rapaz. – Mas prefiro que seja lá em cima.
O garçom assentiu e o guiou até o segundo andar, em seguida para a varanda, onde indicou a Peter uma agradável mesa no centro da varanda. Juan agradeceu e pediu para que o rapaz também lhe trouxesse uma cerveja. O garçom assentiu novamente e fez a típica pergunta:
– Mas alguma coisa, senhor?
– Não, obrigado. – Respondeu Juan, que no mesmo instante viu a retirada do garçom.
Agora que já estava bem acomodado ele pode visualizar melhor as pessoas. A frente dele havia um casal muito bonito que ria de algo que parecia ser intimo para eles, ao lado do casal havia três mulheres de meia-idade conversando sobre suas filhas, aparentemente todas estavam muito satisfeitas com elas, pois os sorrisos estampados em seus rostos não deixavam que passe outra impressão. Já ao lado esquerdo de Peter estava um família, quem era o que de quem não era capaz de se concluir, mas como todas as outras em que Peter havia reparado eles também pareciam muito felizes. E enfim, ao lado esquerdo de Peter havia uma mulher, que alias era muito bonita junto com, imaginou Peter, fosse sua filha. Ambas eram lindíssimas. A mãe era loira, de pele bem branca e tinha olhos verdes esmeraldas. Usava uma blusa social branca de mangas dobradas e uma calça meio social preta, que estava bem colada, ao menos era impressão que Juan tinha. Enquanto a filha apesar de também ser branca, mas não tanto quanto a mãe tinha longos cabelos pretos que apesar de lisos estavam ondulados nas pontas. Usava um vestido preto tomara que caia e um casaco curto jeans por cima. Essas não pareciam lá muito felizes, mas também não estavam com caras ruins. Juan desviou seu olhar delas logo que reparou que a filha havia percebido e se voltado para encara-lo também. Engoliu seco e sentiu novamente constrangido, mas isso passou rapidamente quando aquele mesmo garçom chegou até ele com sua cerveja. Juan não esperava, mas o garçom até colocou a cerveja no copo. Ele agradeceu mais uma vez e o garçom sorriu dessa vez até que rapidamente voltou a servir as outras mesas. Mas foi depois do primeiro gole de cerveja que aquele bar começou-se a tornar realmente agradável. A filha retirou-se da mesa para ir ao banheiro e neste momento Juan a fitou. Ela era baixinha e ao que se podia ver muito bonita de corpo. Mas não foi ela a surpresa agradável, e sim sua mãe. Quando Juan ia dar seu segundo gole ela o olhou por alguns segundos, reparando nele com atenção e então soltou um comentário, na iniciativa de começar uma conversa:
– Vai esfriar. – Disse em tom baixo que suou tão doce como Juan jamais imaginaria. Olhou para a varanda e respirou fundo, até então voltar seu olhar em Juan.
Ele assentiu com a cabeça e completou:
– Pois é. Mas muita gente nem vai notar isso quando sair daqui. – Ele soltou um riso sem graça e mirou-a também.
Ela não riu, mas abriu um grande sorriso, que para Juan foi mais satisfatório do que se tivesse sido uma risada. Ela prosseguiu, dando a ideia de que realmente estava querendo conversar:
– Espero não ser uma dessas pessoas.
– Não posso dizer o mesmo. – Ele olhou para seu copo e o balançou lentamente.
– Por quê? – Ela franziu o cenho e inclinou-se para frente.
– Gosto de estar inconsciente. –Disse em um tom animado e permitiu-se dessa vez ele soltar um verdadeiro riso, que foi correspondido no mesmo momento por aquela mulher. – Pelo menos hoje eu quero estar. – E ele soltou um suspiro longo e mordeu o lábio inferior com força. Sentiu seu estômago revirar ao repensar no porquê de estar ali, e então o riso de poucos segundos antes já não tinha mais efeito. Ele se sentiu um babaca por dizer aquilo, mas era a verdade sobre ele naquele instante e de qualquer forma não poderia reverter o que já havia feito.
Ela assentiu e sorriu de canto para lhe demonstrar compreensão. Ela entendia bem isso de querer estar inconsciente, por isso deixou o silêncio os tomar. Não queria deixa-lo desconfortável, havia gostado da forma em que seus olhos lhe passaram confiança. Ele definitivamente havia de ser um bom sujeito. Nestes poucos instantes silenciosos um série de pensamentos rodopiou nas cabeças dos dois. Juan pensava na extrema bobagem de seu infeliz comentário, enquanto a mulher de incríveis olhos verdes sentia-se constrangida pela falta de assunto. E na hora em que Juan finalmente abriria a boca para iniciar uma outra conversa a filha dela chegou. E encarou-os com desconfiança.
– Perdi algo? – Disse ela rudemente, percebendo a inclinação da mãe para a direção do sujeito.
– Não, de forma alguma. – Foi Juan quem respondeu, apesar de não ter se dado conta do atrevimento que havia feito ele desvia seu olhar para frente, mas apenas para observar a saída do casal feliz.
A garota arregalou os olhos e olhou para a mãe indignada, que apenas fez um sinal disfarçado para que a menina se contivesse. Mas ao contrário, a menina apenas sentiu-se mais indignada e colocou as mãos na cintura, fitando arduamente Juan.
– Eu me referi a você?! – Disse ela em tom rígido.
Boa noite, meninas. Tudo bem com vocês? Enfim, aqui está mais um Cap. Espero que gostem! hehe. Acho que posto o 3° capítulo amanhã.
Comentem, comentem!
dessateenforever: Awn! Está gostando da Web? Postado, baby. ;*
laliter_laliter: Postado flor! ;*
Autor(a): thescientist
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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rcidinha Postado em 17/06/2014 - 10:59:38
Continue posta mais
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laliter_laliter Postado em 16/06/2014 - 12:14:35
posta maisss
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dessateenforever Postado em 15/06/2014 - 23:00:40
Primeira leitora!!!!!! Posta mais flor! Bjs