Fanfics Brasil - Prólogo Wayne: Origem

Fanfic: Wayne: Origem | Tema: Batman


Capítulo: Prólogo

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PRÓLOGO


 


 Como chegamos a este ponto? Como tudo levou a isto? Uma mão já envelhecida escreve em um diário com capa de couro pela primeira vez. Talvez as respostas estejam escondidas aqui, em tudo isso. Alfred Pennyworth então olhou em volta, para as várias caixas, cheias de objetos misteriosos e intrigantes, que cobriam o chão da caverna. As paredes da caverna eram revestidas de caixas de vidro, como vitrines de um museu... Todas vazias. Esperando.


 Agora que estou aposentado e quase sem uso, meu empregador gentilmente me concedeu a longa tarefa de organizar e catalogar os itens e souvenires dos “Primeiros Anos”. Alfred pegou dois objetos de dentro de uma caixa, cobertos de poeira: um livro, “Negócios para iniciantes”, e uma foto desbotada de pessoas jovens, seus rostos ainda cheios de promessas. Ficou apenas olhando a foto por um tempo, com uma grande tristeza e um sentimento de perda. Voltou a escrever:


 Então, para ajudar futuros historiadores — ou mais provavelmente, futuros promotores — eu dou início a esta narrativa, minha tentativa de explicar, entender a série de eventos que levaram a mim e a meu empregador, dois homens aparentemente inteligentes e racionais, a nosso atual e notável — alguns diriam alarmente — estado de negócios.


— — —


LONDRES, ANOS ANTES.


 Caos. Policiais uniformizados e mais uma multidão de pessoas designadas normalmente como “ralé” lotavam o lugar. Uma típica delegacia de polícia londrina.


— Bruce Wayne? O milionário de 18 anos? — perguntou o incrédulo sargento na mesa da recepção — Claro, a gente prendeu ele na mesma cela que o Príncipe Charles e os Beatles.


— Ele ainda tem 17 anos, senhor. Vai fazer 18 em quatro dias. — respondeu Alfred, um homem em seus 30 anos, vestido elegantemente, como um mordomo. — Eu sei que houve uma briga, em um bar perto das docas.


 O sargento se alarmou. Não seria possível. O garoto baderneiro que eles haviam prendido há pouco mais de uma hora era Bruce Wayne? Se fosse ele teria grandes problemas.


 O superintendente da polícia e alguns oficiais acompanharam Alfred pelo corredor entre as celas. Todos, inclusive o superintendente, demonstravam sinais de nervosismo. Alfred riu por dentro.


— Você tem que salvá-lo constantemente, Sr. Pennyworth? — o superintendente perguntou.


— Patrão Bruce tem... “problemas”. — ele respondeu, sombriamente inexpressivo.


— Difícil de controlar, é?


— Você não faz ideia...


 No final do corredor, parado ao lado de uma porta, estava o carcereiro, igualmente nervoso.


— Por aqui, senhor. — o carcereiro indicou a porta — Ele foi colocado no “tanque”.


 Os guardas pareceram ainda mais desconfortáveis. Alfred ergueu uma sobrancelha, obviamente exigindo uma explicação, que o superintendente não demorou em fornecer.


— O “tanque” é pros mais agressivos. Bêbados e coisas do tipo. Só tem um banco pra dormir, e todos eles lutam pra ver quem fica com ele.


— Os rapazes aqui queriam ensinar uma lição pra ele, senhor. — disse o carcereiro.


— Ah, eu gostaria que vocês não tivessem feito isso. — Alfred lançou um olhar preocupado ao carcereiro, que se apressou em completar:


— Mas faz só alguns minutos, tenho certeza de que o Sr. Wayne está bem.


— Não é com o Sr. Wayne que eu estou preocupado... — respondeu Alfred, ao chegarem perto do “tanque”.


 A cela era imunda. No único banco, alguém sentava sozinho, e aos seus pés, uma dezena de homens jogados, alguns desacordados e outros gemendo, mas sem levantar. Nas paredes, os mais prudentes mantinham uma distância segura.


— Patrão Bruce. — Alfred chamou — Se o senhor e seus amigos já acabaram...


 A figura solitária no banco virou-se ao som da voz. Bruce Wayne. Um adolescente bonito de uma forma sombria. Exibindo apenas alguns arranhões e suas caras roupas um pouco abarrotadas. Ele lançou um meio-sorriso para Alfred e caminhou até a porta.


— Até mais, colegas. Minha carona chegou. — disse calmamente aos outros detentos.


— Patrão Bruce. Sinto muito ter que estragar seu entretenimento desta noite, mas os administradores ligaram. O senhor deve retornar o mais cedo possível, para Gotham.


— Não! Não. Eu prefiro ficar aqui. — Bruce respondeu, um rápido lampejo de raiva percorreu seu olhar.


— Senhor, nós não temos escolha.


 O olhar severo de Alfred bastou para que Bruce soubesse que era verdade. Contrariado, acompanhou Alfred para fora da delegacia. Hora de voltar pra casa. 



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Autor(a): davidwayne

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