Fanfic: O Diário de Anahí

Naquele beijo senti algo diferente dos outros, não sei se era necessariamente amor ou paixão, mas uma necessidade que Poncho tinha de mostrar que me queria e que ele não era um garoto mimado como eu o havia chamado. Quando percebi isso, tive vontade de me soltar e gritasse pra que ele fosse embora, não queria que ele me beijasse pra me provar nada, aliás, que se fosse por isso, fosse pra provar que me queria tanto quanto eu queria ele. Só que minha vontade de estar naqueles braços foi maior, e a raiva que me subiu o sangue em pensar que ele estava fazendo aquilo apenas por fazer, foi substituída pelo calor da proximidade dos nossos corpos, naquele beijo cheio de intensidade e desejo.
Nada mais fiz a não ser me entregar aquele momento, e minto se eu disser que não pensei nas consequências, porque minha cabeça pensava o tempo todo nisso, mas meu corpo e o meu coração foram mais fortes.

As mãos quentes e ágeis de Poncho desceram lentamente dos meus cabelos até minhas costas, e num gesto mais rápido elas ja estavam abrindo o fecho do meu roupão, sem esquecer de mencionar que era tarde da noite, e Poncho estava apenas de samba canção e uma camiseta, que logo foi tirada por mim, com sua ajuda. O toque dos nossos corpos desnudos provocou como um choque em mim, um choque de alta tensão que percorreu todo o meu corpo. Ligeiramente Poncho prendeu meu corpo entre o seu e a parede, explorando meu pescoço e toda a região abaixo com a boca enquanto suas mãos percorriam em alguns lugares mais baixos.

Eu estava anestesiada com aquele contato, qualquer tipo de aproximação com Poncho mexia com todos os meus sentidos, e aquela estava ultrapassando todos os limites, estava me levando a beira da loucura.

— Por que você faz isso comigo? — eu dizia enquanto ele parou com seus beijos e me olhou por alguns segundos.

Ele ficou mais uma fração de segundos pensativo.

— Não me pergunte o que eu também não sei responder — ele disse num tom baixo — Apenas me ajude descobrir, só isso.

Droga! O que ele sentia? Me amava? Só me desejava? Eu era o brinquedo dele? Porque era tão dificil assumir alguma coisa. O silêncio de Poncho me torturava, e sua aparente confusão interna também. Nossa relação era bastante complicada, vivíamos brigando, mas quando estávamos bem, as coisas pareciam perfeitas. Era tudo absolutamente intenso desde as palavras com raiva, até as noites de amor, ou de prazer, como preferirem definir.

(Continua..)