Fanfic: O Diário de Anahí

O contato entre nós estava muito mais intenso, parecia que Poncho queria provar daquela forma que não era um garoto covarde, ou mimado. Era como se aquilo o tornasse mais homem, outra atitude pequena, ao meu ver.
Não era pela forma que ele me tocava, pela forma que me beijava, e pelo prazer que ele me dava que eu o julgaria um homem de verdade, mas sim pela pessoa que era comigo, e pelo homem que era pro mundo, aquele que eu me apaixonei.

Num momento como aquele não fazia muito sentido ficar pensando ou tentando entendê-lo, não naquela hora. Aquele era o momento que eu apreciava a forma única que ele tinha de me fazer sentir, e todo aquele sentimento que rondava em mim.

Flashback

— Não sabe como senti falta de você — ele dizia enquanto beijava meu pescoço, e deslizava as mãos pelas minhas pernas — Ficava doente de saber que outro homem que não fosse eu pudesse te beijar como eu te beijo — ele disse e deu uma mordida em meus lábios — Pudesse ter seu corpo, sentir seu cheiro..

Num movimento rápido ele levou suas mãos no meu ponto frágil e acrescentou:

— Ou tocar como eu te toco — sussurrou em meu ouvido com uma voz grave e rouca que me deixou zonza.

Eu nada mais consegui fazer a não ser soltar um suspiro de prazer, não tinha forças e nem condições pra falar nada.

Suas mãos acariciavam aquela região de uma forma lenta que estava e sua boca roçava lentamente sobre a minha, me agoniando, parecia que ele queria testar meu limite, era bem típico de Poncho. Cerrei minhas mãos em seus braços apertando pra controlar meus desejos.

— Fala pra mim.. fala.. ninguém te deixa tão fora do controle como eu — ele dizia à milimetros da minha boca — Fala Anahí, fala que ele nunca vai ser como eu..

Eu negava com a cabeça. Não por negar aquilo, mas não queria dar aquele gosto pra ele, estava cansada de ir e vir e ser quase um brinquedo em suas mãos.

Ele acelerou um pouco mais os movimentos, enquanto a resposta daquilo soava em seus ouvidos, eu não pudia me controlar.

— Chega Poncho.. — eu supliquei — Chega... ele não é, nunca foi, e nunca será como você, nenhum homem no mundo conseguiria.

Ele mirou meus olhos de uma forma indecifrável e me beijou com ardor. Num gesto ligeiro ja havia se despido da parte de baixo e com um impulso fez com que eu com um pequeno salto entrelaçasse minhas pernas em sua cintura enquanto eu sentia seu corpo num contato mais intimo entre nós. Ele apertava minhas pernas com força, enquanto eu arranhava suas costas, não era exatamente confortável estar prensada contra a parede, mas o fato de estar ali com ele, fazia com que aquilo se tornasse nada.

Meus gemidos cada vez ficavam cada vez mais dificeis de ser contidos, e como eu bem sabia aquilo o enlouquecia completamente, e ele realmente provou isso.

[..]

Pela primeira vez eu desacreditava do que estava acontecendo, depois daquela loucura toda, daquele momento, mais parecendo um casal, nós fomos tomar banho juntos, ele me beijava, brincava com o meu cabelo, trocamos carinhos, coisas que não estava acostumada com ele.

Logo que saímos de lá, Poncho vestiu-se e eu acreditava que ele fosse pra seu quarto.

— A chave da porta está no criado mudo — disse sem o encarar enquanto pegava uma roupa pra dormir.

— E quem disse que eu vou sair daqui hoje? — sem eu menos esperar ele disse atrás de mim.

Me virei com um sorriso enorme no rosto, não consegui esconder a felicidade que aquelas palavras trouxe pra mim naquele momento. Logo me vesti, e nos deitamos, ficamos ali conversando um pouco sobre os últimos dias, nada muito sério, só esclarecendo algumas coisas, não seria uma conversa definitiva e nem o começo de nada, eu tinha consciência disso, mas era bem melhor estar com ele, me abraçando e me beijando a testa naquele momento do que dormir entre lágrimas, isso era minha maior certeza.