Fanfic: O Diário de Anahí

Assim que terminei Algún Dia, fui pro camarim. Dei um abraço de Boa Sorte pra Dulce, ela iria cantar No Pares, nesse momento Christian entrou na cabine para se vestir, pois logo em seguida iria cantar Tu Amor. Ucker e Maite, ficaram detrás do palco espiando Dulce cantar. Pelo que eu conhecia de Ucker, ele estava apaixonado. Quando está apaixonado, ele é bem atencioso a tudo que você faz, comigo era assim, e eu ja tinha reparado que com Dulce não estava sendo diferente. Nos ensaios, no show, ele sempre estava lá, olhando pra ela. Fiquei feliz por eles, Dulce é uma garota incrível, e Ucker nem preciso dizer, mereciam e talvez merecem ainda, ser felizes.
Mais uma vez, ficamos Poncho e eu, sozinhos outra vez. Era um clima chato, não queria ficar assim, além de amá-lo com toda minha alma, éramos companheiros de trabalho, não se podia ficar assim.

Nós não nos olhavamos, ele bebia água, enquanto eu arrumava minha roupa no espelho. Por várias vezes nos olhamos pela imagem refletida, mas nenhum deu o braço a torcer até então.

― Depois de Tu Amor, cantamos qual? ― fingi que não sabia, pra puxar assunto.

― Fuera! ― ele respondeu fingindo indiferença

― Entendi... ― respondi chateada por ele sequer ter me olhado nos olhos.

― Tudo certo pra apresentação final? ― ele finalmente me olhou fazendo minhas pernas ficarem moles.

― Ah, não sei. O grupo vai se apresentar, mas pretendo ficar quietinha ― esbocei uma breve risada, e ele me acompanhou.

― Ah Any, aposto que vão te chamar pra dançar ― ele sorriu de canto ― Você dança flamenco a vida toda, não é possivel...

― Ai, morro de vergonha, pense se eu erro? Minha mãe nunca mais aparece ― e rimos outra vez.

Ficamos conversando sobre o show, as expectativas para o DVD, estávamos mais relaxados, mas ainda não estava tudo bem.

Logo cantamos Fuera, Nuestro Amor, Aún Hay Algo, e Trás de Mi.

Voltamos para a "surpresa" que eram: Celestial, Rebelde e o grupo de flamenco Soy Gitano.

Como Poncho havia previsto, me chamaram pra dançar. Eu estava bem constrangida, afinal o bailarino tinha algo forte no olhar e me deixava sem graça, mas me diverti muito cantando e dançando com eles. Foi um lindo espetáculo.

Assim que saímos do Vicente Calderón, dividimos o grupo entre meninas e meninos e cada trio foi pra um carro. Antes de entrar no que me levaria até o hotel, vi que Poncho estava no telefone, e acabou por não entrar no carro. Provavelmente iria pra outro lugar, talvez iria encontrar com ela. E isso não foi bom pra mim.