Fanfic: Namoro de Aluguel ADP | Tema: AyA Hot

Anahí não tivera tempo de almoçar, queria adiantar tudo para não ter que ficar mais tarde. Queria fazer o jantar de Alfonso, era o mínimo que podia fazer.

Maite havia comprado um sanduíche pra ela e um suco, ela se dirigiu para a cozinha e se sentou em um canto para comer, nisso entraram Angelique e Zoraida, junto com mais duas pessoas do departamento de design, Christian e Derick. Eles não a vira, pois ela estava sentada no fundo e eles se dirigiram direto para a máquina de café. E conversavam animadamente.

- Duvido que Anahí leve alguém na festa. Aposto que vai inventar algo. - disse Zoraida

- Também concordo com você, acho que estas flores, e bombons já estão ficando batidos. Não sei não ela esconde algo. Pra ser sincera acho que não tem ninguém ou é muito feio e ignorante pra não querer expor ele. - disse Angelique

- Gente quero morrer amigo de vocês duas. Deixem a garota em paz disse Christian. Anahí é bonita e inteligente. Claro que ela tem alguém, só que é discreta.

- Não sei não -- opinou Derick, acho estranho também, ela é linda cara e a gente nunca vê ela em lugar nenhum, trabalha até tarde, não aceita convites acho que as meninas tem razão, se ela não levar ninguém na festa é porque aí tem coisa.

- Acho que ela é mal amada, por isso se dá tão bem nos negócios. Fantasia as coisas e se dedica ao trabalho. É mulher sem homem, pode escrever o que eu digo.

Anahí não conseguia nem comer, aquelas palavras estavam girando na cabeça dela, somente Christian a viu pelo reflexo do armário. Todos saíram menos ele.

Ele se voltou pra ela e disse:

- Any, desculpe por você ter ouvido tudo isto.

Ela estava chorando, aquilo a tinha tirado do sério.

- Não se preocupe Christian, disse ela enxugando as lágrimas, eu já me acostumei.

- Hei não tem que se acostumar com coisas deste tipo, é muito veneno Anahí.

- Obrigada. Escuta, diz ao Sr. Pedro que fui embora mais cedo. Diga a ele que os prospectos da campanha estão prontos e que Maite irá entregá-los à ele, e estarei de volta amanhã cedo para conversarmos.

- Ok, escute Anahí, não fique triste viu, eu acredito em você.

Anahí o olhou com os olhos vermelhos e disse:

- Eu sei, e obrigada por não fazer parte deste grupinho viu? Tchau.

Christian a puxou e lhe deu um abraço forte, na tentativa de acalmá-la. - Disse: - Tchau, se cuide.

Anahí estava sem rumo, pegou a bolsa, o cartão que Alfonso havia mandado com as flores e avisou Maite que estava indo embora, que iria desligar o celular e estaria em casa, que ligasse só se fosse muito urgente ou se o Sr. Pedro precisasse dela.

Ela saiu no ar frio da tarde, e tentava não pensar nas palavras das colegas de trabalho.

Mas a frase: "Isso é mulher sem homem, pode escrever o que digo." ficava martelando na cabeça dela. Ela realmente era uma mulher sem homem, mas não era amarga e nem se anulava por isso.

Ela enxugou os olhos e entrou numa delikatessen, esqueceria as ofensas cozinhando, como sempre. Faria para Alfonso o File ao molho de cogumelos que ele tanto adorava e faria também a mousse de maracujá que ele amava.

Ela comprou tudo que precisava, e passando por uma loja de lingeries viu uma camisola linda no manequim, ela tinha uma mania secreta, adorava camisolas, longas, curtas, transparentes. Enfim, era sua paixão.

Precisava dar um up no astral, comprou a camisola branca, toda rebordada em cores fortes no bojo do sutiã, uma calcinha linda e de quebra um roupão que combinava perfeitamente.

Seguiu quase feliz para casa. Chegou em casa, Alfonso não havia chegado ainda. Deixou a sacola com sua nova aquisição no sofá e correu para a cozinha para colocar as coisas que tinha comprado para o jantar e colocar o vinho para gelar. Apesar de saber que vinho tinto não se gela, ela e Alfonso gostavam de vinho gelado. Era uma mania dos dois.

Ela subiu, tomou um banho rápido, colocou uma calça preta justa e uma blusa de gola alta também preta, prendeu os cabelos e colocou um sapato confortável. Estava simples e bonita.

Foi para a cozinha e ligou para Alfonso.

- Oi linda.

- Você pode falar?

- Com você, sempre.

- Vai demorar muito? Eu estou na cozinha e preciso colocar o filé no forno, mas tenho que te esperar, preciso saber pra que você encontre tudo quentinho.

- Hum, dentro de 15 minutos estarei aí. Já estou na garagem do escritório. Quer que eu leve algo?

- Não, só seu estômago - disse ela rindo.

- Então até daqui a pouco linda.

- Até.

Anahí colocou o filé no forno e subiu para retocar sua maquiagem. Ele chegaria dentro de poucos minutos, estava bonita, se perfumara.

- Céus --- disse ela alto!!! O que estou fazendo? Prometi a mim mesma que não faria mais nada para conquistá-lo, e agora estou aqui toda derretida.

Ah quer saber dane-se. Vou deixar acontecer, chega de neuras.

Desceu as escadas e encontrou Alfonso na porta, fechando-a com sua chave.

Ele estava lindo, com um terno claro e a gravata já estava afrouxada. Ele detestava gravatas. Ele ouviu barulho na escada e olho para cima.

Ela estava linda, com os cabelos displicentemente presos, com alguns fios caindo no rosto, emoldurando aquele rosto perfeito que ele amava, um corpo esguio e marcado pela roupa justa. Ele ficou sem ar.

Ela acabou de descer as escadas e deu um beijo na bochecha do amigo e disse:

- Pontual, como sempre!!!

- Sempre, querida.

Ele jogou o paletó no sofá, afrouxou mais a gravata e se aproximou dela. Ela estava com sapatos baixos e ficava bem mais baixa que ele, ele a segurou pela cintura e olho bem nos olhos dela e disse:

- Você chorou hoje, porque?

- Eu não chorei. - disse ela tentando se soltar do abraço, não sei da onde você tirou esta idéia.

- Você chorou e não foi pouco. Vai linda me conta o que aconteceu.

- Eu não chorei, ela cruzou os braços e ele ainda a segurava pela cintura.

As lembranças do dia voltaram à mente dela, a frase:

"Isso é mulher sem homem, pode escrever o que digo." voltaram com tudo e ela segurou firme.

- Te conheço, seus olhos estão mais claros, e com raias de sangue, você só fica assim quando chora. Lembra na época de faculdade, era eu que ficava com você quando estava triste, era eu que a via chorar e que enxugava suas lágrimas, portanto não me subestime e me conte o que aconteceu.

- Pode ser depois do jantar? Se não perco o apetite - disse ela com simplicidade.

- Pode, mas vou cobrar. Agora cadê meu beijo?

- Já te dei teu beijo.

- Este tipo de beijo não, eu estou falando, estou falando deste tipo de beijo, e sem dar tempo a ela a beijou na esperança de que o beijo fosse morno e fraternal, mas fora a mesma explosão do dia anterior. Céus, ela tinha o poder de inflamar todo seu corpo.

- Ela que estava agora aberta a aceitar o que viesse, se entregou com vontade ao beijo. Um calor subiu pelo seu corpo e se concentrou no seu ventre. Alfonso pressionava seu corpo contra o dela e ela sentia que ele estava totalmente entregue, aquilo não era um ensaio, aquilo era real.

Ele foi acalmando o beijo, e passou a distribuir beijos no seu pescoço. Ela abaixou a cabeça e encostou no peito dele, estava totalmente sem ar, ele mordiscou de leve a nuca dela, aquilo foi demais para Anahí que soltou um gemido particularmente alto. Ele adorou aquilo, não era só ele que tinha perdido o controle, ela também havia perdido.

O peito dele arfava visivelmente e era óbvio que ele estava excitado. Ao contrário da noite anterior ela não se afastou, ficou ali experimentando esta sensação nova pra ela. Não que ela não tivesse tido suas intimidades com Christopher ou Rodrigo, mas nada parecido com aquilo, e nada com aquela intensidade.

Ele se afastou, pegou na mão dela e a guiou para a cozinha e disse:

Querida, o que temos pra jantar?

- Aquele filé que você adora, com molho de cogumelos, deve ficar pronto em 15 minutos.

- Hummm disse ele puxando-a pra si de novo, ela estremeceu. - Então tenho tempo para uma ducha rápida.

- Tem sim, mas não demora, por favor Alfonso.

- Não vou demorar linda, também não consigo ficar longe de você por muito tempo.

Ela riu e disse:

- Falso, você está é com fome.

- Estou sim querida, mas tenho outro tipo de fome.

- Como assim? disse ela se afastando.

- Depois te explico melhor, me espere, já volto. - disse ele

Ele se afastou e a deixou na cozinha sem ação. Ela não era idiota, mas ele havia insinuado algo, ou melhor aquele beijo deixara claro que a linha de amizade entre eles havia sido rompida.

Ela arrumou a mesa, tirou o vinho da geladeira e deixou-o para ser aberto por ele.

Tirou o filé bem na hora que ele descia as escadas e ela quase derrubou a travessa..