Fanfic: Namoro de Aluguel ADP | Tema: AyA Hot

-Any

Ela deu um salto da poltrona e quase bateu um dos pés em Alfonso que a muito custo segurou o riso.

- Alfonso, você quer me matar de susto? Disse ela com a mão no peito.

- Não meu anjo, mas pode me dizer o que te aborreceu tanto? Escutei a porta bater, mas estava preparando nosso jantar, estava te esperando na cozinha e quando vi que você não aparecia resolvi vir atrás de você.

Há quanto tempo você está aí de tocaia heim? disse Anahí tentando saber o que ele ouvira dos seus resmungos.

- O suficiente para ouvir: E agora? Como eu faço? Preciso de uma desculpa, preciso de alguém, não tenho saída. - Olha Any, sou ótimo de charadas, mas esta daí está difícil, vai me explicar ou vou ter que arrancar esta confissão de você?

- Ah é ? E como pretende arrancar esta confissão minha hein Sr. Alfonso? - Disse ela descontraída, não conseguia ficar brava com ele por muito tempo. O poder daqueles olhos a deixavam ainda desarmada.

- Ah com meu super macarrão especial com queijos e ervas finas, e uma taça de vinho tinto que preparei especialmente pra você. E de quebra comprei aquele chocolate que você adora.

- Hum me convenceu. Mas nem precisa de tanto, eu tenho que te contar mesmo, preciso desabafar e quem sabe não encontro uma saída.

Ele a puxou do sofá e a beijou na bochecha e disse:

- Vamos terminar este papo na cozinha, o macarrão está no forno e vou abrir o vinho enquanto conversamos.

Ela seguiu Alfonso até a cozinha e se sentou no balcão e numa atitude inédita contou tudo que se passava, desde a invenção do namorado até as rosas que ela enviava pra ela mesma pra justificar a mentira. E agora ela estava sem saída.

Alfonso a olhou com extremo carinho e disse:

- Anahí, pra que tudo isto querida? Você não precisa disto. É linda, uma mulher inteligente, bem sucedida. Pra que inventar namorado? Aposto que tá chovendo homem no seu pé - disse ele jogando a isca enquanto abria o vinho.

Exatamente... E isso que quero evitar, não quero homens no meu pé. Não sirvo pra me relacionar com ninguém, não tenho paciência. Eu simplesmente inventei isto pra ficar longe do assédio do pessoal da empresa, dos solteiros e dos casados.

- Não posso te criticar, também não tenho paciência pra estas mulheres neuróticas que você dorme uma vez com elas e elas já se acham no direito de escolher o apartamento que vocês vão morar... credo, me dá até arrepios.

 Anahí tentou ignorar o comentário, mas quando Alfonso disse dorme, ela já se imaginou enrolada nos lençõis com ele, e deu um suspiro profundo que foi interpretado por Alfonso como cansaço.

Anahí estava prestes a cair no choro, todos aqueles anos de solidão e de mentiras estavam pesando nos seus ombros, e este convite para a festa de confraternização tinha sido a gota d`água.