Fanfic: Namoro de Aluguel ADP | Tema: AyA Hot

Alfonso se aproximou dela com uma taça na mão, e entregou para ela, pousou sua própria taça ao lado, se encaixou entre as pernas dela, afastou uma mecha do cabelo dela e disse:

- Any... não fica assim, você vai dar um jeito de resolver isto... você é a mulher mais inteligente que conheço. Sei que vai, não fica assim, não gosto de te ver triste.

Foi o estopim para ela, precisava chorar, mas não queria chorar, mas não conseguiu se segurar. Abraçou Alfonso e começou a soluçar profundamente. Alfonso a aconchegou mais junto ao seu peito e deixou que ela se acalmasse. Os olhos dela estavam vermelhos e ela havia molhado a camisa do amigo.

- Me desculpe Poncho, acho que toda pressão do final do ano, estas campanhas malucas de Natal... eu... eu... me desculpe.

- É táo importante assim pra você apresentar um namorado nesta festa de final de ano?

- Ai Alfonso, fiz besteira e agora não tem como voltar atrás. Se descobrirem que menti, vou perder a confiança de muitos e virar motivo de chacota para muitas pessoas. Enfim, não sei o que fazer.

- Espere aí, deixa eu desligar o forno, senão a gente vai comer macarrão tostado.

Ele se encaminhou para o forno, e ela ficou observando o amigo. Céus ela ainda era louca por ele. O cheiro dele estava em seus cabelos.

Ele tirou o macarrão do forno, colocou no balcão e se voltou para ela.

- Escuta, sei que isto é importante pra você, e como você é importante pra mim, tenho uma idéia fantástica pra te tirar desta encrenca.

- É mesmo? Qual? disse Anahí ansiosa.

- Vou fazer o papel de namorado devotado pra você, ninguém lá me conhece e vamos juntos na festa. Você me apresenta pra todo mundo, dizendo que eu sou o gostoso de seu namorado, e que você não gosta de me exibir muito porque é ciumenta. - disse ele brincando com ela.

Ai Alfonso, não sei. Isso implica em um monte de coisas e você tem sua vida, não posso envolver você nessa mentira, não seria justo.

- Ah que isto Any, vou adorar fazer o papel de namorado de uma mulher linda como você. Além do mais, não tenho compromisso com ninguém... E só Deus sabe como estou precisando me divertir um pouco.

- Mas Alfonso, somos amigos há muito tempo, não vai ser estranho nós dois posarmos de namorados?

 - Não vejo problema nenhum. Porque, tem receio de beijar seu amigo aqui Any? - disse Alfonso chegando bem perto da boca dela.

- Beijar? Como assim beijar?

- Anahí, namorados se beijam sabia? Sei que faz tempo que você não namora, mas tenho certeza de que se lembra desta parte. Como você acha que deveremos agir na festa?

Um frio percorreu a espinha de Anahí, a simples possibilidade de beijar o seu amor já a deixava tonta, e a proximidade do amigo a estava deixando fora do ar.

Ele deu um selinho nela, e a pegou nos braços e a tirou do balcão e disse:

- Vamos comer, que de barriga cheia a gente pensa melhor.

Ela foi colocando os pratos arrumando a mesa e evitou olhar Alfonso, apesar de se conhecerem há muito tempo eles nunca se beijaram, nem com um selinho, os lábios dela queimavam.

O que ela não sabia é que os mesmos sentimentos contraditórios passavam pela cabeça dele. Ele havia beijado sua amiga, mesmo que inocentemente, ele sabia que no fundo, era algo que ele desejava há muito tempo. Ele tentava mascarar seus desejos por Anahí, se justificando que ela era sua melhor amiga e que o que ele sentia por ela era um sentimento fraternal e que ela era uma mulher bonita, portanto era normal sentir desejo.

Jantaram, conversando sobre assuntos diversos. Alfonso contou do seu último caso que estava defendendo, e que depois disso queria tirar férias. Ele precisava disto.

- A gente bem que podia tirar férias juntos né Any. Que tal passarmos o reveillon em Paris e depois irmos para um lugar quente e cheio de drinks coloridos?

- E muita mulher com biquinis míninos, e dispostas a cair nos seus encantos? Não, nem pensar.

- Any, estou indo tirar férias com minha amiga, e não pra galinhar. Aliás to cansado de tudo isto. Prometo ser uma amigo devotado e companheiro para todos os programas que você quiser. – disse ele acariciando a mão dela

- Todos? disse ela desconfiada.

- Todos, incluindo passeios em museus escuros e cheio de coisas antigas e sem graça. E pontos turísticos visitados por pessoas do mundo todo, desde que estejamos juntos