Fanfic: AnCelo é real | Tema: AnCelo

Com aquela notícia tão importante, Carlos não havia conseguido dormir direito a noite e acordou às 8h de manhã. A primeira coisa que fez ao abrir os olhos, foi pegar o celular e discar o número de Marcelo. Mas nada dele atender.

— Meu Deus, Marcelo! Atende esse celular. — exclamou com o telefone no ouvido.

-

Como haviam deixado os celulares no silencioso, Angela e Marcelo acordaram quase 10h da manhã. Tomaram banho e só quando já estavam tomando café, que foram olhar o celular.

— Nossa! 103 chamadas perdidas do Carlos! — ele disse assustado.
— Será que aconteceu algo?
— Vou saber agora. — e foi indo em direção a varanda.

Enquanto tomava café encostada na pia da cozinha, Angela observava Marcelo falando ao telefone. A forma como falava, gesticulava, suas expressões... lindo da cabeça aos pés! Estava disposta a arrancar aquele celular das mãos dele e agarrá-lo ali mesmo. E faria isso, se não fosse pelo barulho de alguém do lado de fora abrindo a porta de seu apartamento.

— Monique! — ela falou sem nenhum intusiasmo.
— Bom ver você também! — ironizou.
— Bom dia, Moni! — Angela deu uma sorriso forçado. Mesmo com tudo que estava acontecendo, a presença de Marcelo e Monique a fazia feliz, mesmo sabendo que com os dois no mesmo lugar nunca acabava bem, pois Monique sempre fizera questão de demonstrar que não gostava dele e menos ainda dele com ela.
— O que ele está fazendo aqui? — Monique perguntou assim que viu Marcelo na varanda.
— Ele dormiu aqui! — respondeu-lhe enquanto tomava um gole de café. — Estamos juntos!
— Vou para o quarto para não atrapalhar você e seu namoradinho!

Sabendo que aquela era a forma de Monique falar que não havia gostado da notícia, preferiu não dar continuidade àquilo. Não com Marcelo ali!

— Dizer um "oi" a ele não vai arrancar pedaço, Monique!
— Ele está ocupado demais no celular. — deu um sorriso irônico e foi em direção ao quarto.
Angela revirou os olhos. Não entendia tamanha implicância que sua irmã tinha com Marcelo. Ele sempre a tratara bem, com respeito e fazendo de tudo para deixá-la feliz.

— Vou ter que voltar ao Rio hoje. — disse Marcelo indo em direção a Angela.
— Mas você disse que ia ficar por mais uns dias. — ela falou triste, pondo a xícara de café na pia.
— O Carlos disse que precisa conversar um assunto muito sério comigo e que tem que ser pessoalmente. — ele a agarrou pela cintura.
— Sabe quando vai e volta?
— Vou hoje! — disse enquanto a beijava. — E pretendo voltar o mais rápido possível!
— Deveria voltar hoje. Ou nem ir. — disse enquanto passava os braços ao redor do pescoço dele.

Marcelo sorriu. Ao lado dela todos os problemas pareciam sumir.

— Sabe o que eu acho? Que a gente deveria aproveitar o tempo juntos. — a pegou pela cintura, colocou-a em cima da pia e começou a beija-la.
Angela iria avisá-lo que deveriam ir para o quarto dela, pois sua irmã estava ali, mas não resistiu e retribuiu os beijos com carinho e desejo e o agarrou pela cintura com as pernas.

-

Assim que Marcelo chegou ao Rio de Janeiro, foi direto a casa de Carlos, estava cada vez mais preocupado e curioso para saber o que ele queria falar.

Como ele já havia morado lá e o porteiro o conhecia, o deixou subir sem precisar da permissão de Carlos. O apartamento continuava exatamente igual. O sofá grande e branco continuava no escontado na parede da sala em frente a tv de tela plasma.

— Você tem sérios problemas em atender telefone. — disse Carlos assim que viu Marcelo.
— Eu estava ocupado. — Marcelo respondeu enquanto abria a geladeira. — Você não tem comida? Estou morrendo de fome.
— Sou empresário de um cara que me dar muito trabalho, sabe? Ele inventou de morar em outro estado com a namorada e eu tenho que me virar em mil pra resolver as coisas para ela. — respondeu de forma grosseira.
Marcelo apenas riu e levantou os braços como se dissesse "não tenho culpa".
— Preciso conversar sério com você, Marcelo! Senta ai! — Carlos apontou para o sofá. — Assim que eu desembarquei aqui no Rio ontem, o Rodrigo tinha me ligado mais de 20 vezes.
— Aconteceu alguma coisa? — Marcelo perguntou.
— Sim! Mas, no meu ponto de vista, é uma coisa boa. Muito boa!
— É trabalho?
— Não! — Carlos sentou, respirou fundo e começou a contar. — Aquela presença vip que eu te arranjei pra ontem e você não foi porque estava em São Paulo, eu mandei ele ir no seu lugar. Sabe quem estava lá?

Marcelo apenas negou com a cabeça. Não fazia ideia!

— Aquela moça que você engravidou. — Carlos quase vomitou a frase. Tinha nojo só de pensar que aquela mulher havia inventado uma história dessas para enganá-lo. — Ela passou a festa toda perto dele e, por acaso, ele acabou ouvindo umas histórias que ela estava contando.
— Que história?
— Antes de responder, preciso saber duas coisas. — ele exigiu. — Você se previniu?
— Claro que me previnir. Eu me previno com todas!
— E o teste? Você iria atrás de pedir um teste de gravidez ou até mesmo de paternidade? Sabe como essas mulheres que você conhecia são... — fez uma pausa. — Elas são mulheres da vida, Marcelo! Ficam atrás de caras como você, que tem fama, para aparecer na mídia.
— Lógico que iria! Só precisava de um tempo para colocar a cabeça no lugar. Mas por quê todo esse interrogatório?

Carlos pensou em mil formas de contar. Não queria dizer apenas as palavras exatas, tinha receio que Marcelo ficasse chateado com sua falta insensibilidade quanto a situação. Mas, não havia forma de falar sobre um assunto tão sério!

— Vou ser direto e reto! — avisou.
— Seja, por favor!
— Ela não está grávida!
— O que? — Marcelo arregalou os olhos.
— O Rodrigo ouviu ela falando para umas amigas, Marcelo! Ela mentiu.

Havia um misto de sentimentos dentro de Marcelo. Alegria por não ser pai de um filho de uma mulher que não era a que ele amava e raiva por ela tê-lo enganado. Tudo o que queria fazervnaquele momento, era ligar para Angela e contar! Mas precisava confirmar aquela história antes de tudo.

— Vou falar com o Rodrigo. — Marcelo falou. — Preciso saber exatamente essa história. — e foi indo em direção a porta.

Carlos apenas assentiu com um largo sorriso nos lábios. Estava feliz por Marcelo! Sabia o quanto aquela história estava deixando-o aflito.

— Eu não estou morando com a Angela. — explicou. — Pelo menos, não ainda!

-

Angela chegou da casa de uma amiga quase 22h e encontrou Monique deitava em seu sofá, assistindo televisão.

— Onde você estava?
— Casa de uma colega. — Angela fechou a porta e foi indo em direção ao sofá. — O que você está vendo?

Monique estava vendo "O dia depois de amanhã" pela milésima vez. Amava tanto aquele filme, que poderia ver direto e não iria enjoar.

— Vem assistir aqui comigo! — convidou.

As duas assistiram o filme comendo pipoca, tomando refrigerante e o resto do sorvete de napolitano que Marcelo havia deixado no congelador. Já faziam meses a última vez que ela e sua irmã estiveram sozinhas, então, resolveram colocar o celular no silencioso para que pudessem aproveitar aquele momento sem que fossem atrapalhadas.

— Ele é um fofo comigo! — Monique falou sobre o namorado. — E você?

Angela quase se engasgou com a pipoca.

— Eu o que?
— Não se faça de desentendida! — deu um tapinha na pena da irmã. — Me conte sobre você e o Marcelo.
— Ai Moni! Você nem gosta dele. Pra que quer saber?
— Porque eu gosto de você!
Por mais que quisesse contar detalhes, queria evitar intrigas com sua irmã.
— Estamos bem! — simplificou.
— Angela... — Monique respirou fundo e começou a falar. — Eu não gosto do Marcelo e não acho que você deveria ficar com ele, mas isso não quer dizer que você não possa dividir as coisas comigo. Eu sou sua irmã!

Aquela frase inundou seu coração.

— Ok. Assim como o Bruno é um fofo com você, o Marcelo é um fofo comigo! — enquanto falava, seus olhos brilhavam. — Ele é romântico, carinhoso...
— E você está super apaixonada! — Monique disse.
— Por quê você acha isso?
— Eu não acho, estou afirmando! — disse enquanto se ajeitava no sofá. — Já se olhou no espelho enquanto fala dele? Seus olhos brilham. Parece uma adolescente com seu primeiro amor.

Angela sorriu. Marcelo não era seu primeiro amor, mas esperava que você o último! Sabia que o sentimento dele por ela era tão verdadeiro quanto o dela por ele e que, mesmo com as dificuldades que estavam surgindo, lutariam para que pudessem ficar juntos!

— Eu o amo!
— Oi? — Monique perguntou assustada. — Você o que? Acho que não entendi direito!
— Eu amo o Marcelo, Moni!

Não foi só Monique que ficou surpresa com aquela frase. Angela também estava! Por mais que já tivesse dito isso ao ex namorado, não havia sido sincera! Mas aquilo que ela sentia por Marcelo era verdadeiro. Pela primeira vez na vida, ela realmente estava amando alguém!

-

Estava chovendo forte, Marcelo mal podia o lado de fora do carro, mas conhecia muito bem aquele caminho. Assim que parou em frente ao prédio dela, desligou o carro e desceu. Como o poteiro o via entrando e saindo do prédio nos últimos dias, abriu a porta para ele.

Abriu a porta do elevador, apertou no botão indicando o andar e encostou a cabeça no espelho. Havia conversado com seu amigo mais cedo, tirado a história a limpo e precisava contar a ela, a mulher de sua vida. Ela seria a primeira pessoa a saber daquilo! O elevador abriu no andar, ele pôs a mão no bolso e não achou a chave.

"Deixei no carro!" pensou. Então bateu na porta.

— Marcelo? — quando abriu a porta, Angela se assustou. — O que você está fazendo aqui?
— Eu te liguei 7 vezes e você não atendeu!
— Deixei no silencioso. Estou com a Moni! — explicou.
— Preciso te contar uma coisa! — Marcelo ignorou o que ela disse. Provavelmente nem ouviu, estava tão eufórico com a notícia!

Ela escancarou a porta e ele entrou. E foi ai que seus olhos foram de encontro com o de Monique.

— Oi, Monique. — ele a cumprimentou, confuso. — Não sabia que estava aqui. Tudo bem?
Ela não iria respondê-lo, mas Angela a olhou como se estivesse ordenando que falasse com ele.

— Tudo bem e com você? — respondeu irônica.
— Tudo bem!
— Que legal! — falou irônica. — Vou para o quarto e deixar vocês dois sozinhos.

Angela revirou os olhos. Não era fácil lhe dar com Monique, ainda mais quando ela fazia questão de deixar claro que não gostava de Marcelo nem fazia esforço para conhecê-lo melhor.

— Desculpa! — disse enquanto o abraçava.
— Não se preocupe! — ele retribuiu o abraço e a beijou. Por mais que tivesse estado com ela pela manhã, já estava com saudades. — Preciso te contar uma coisa!
— Eu também!
— Então fala você primeiro. — ele pediu.

Ela respirou fundo. Precisava de coragem para falar o que sentia! Por mais que Marcelo provasse que era diferente de todos os outros, ela tinha muito medo de sofrer novamente, pois já havia sido magoada por outras paixões. Não havia dúvidas do que sentia, mas o beijo que ele deu em sua testa a fez ter mais certeza ainda!

— Eu te amo, Marcelo! — ela disse olhando naquele lindo par de olhos verdes.

Surpreso com a declaração, ele ficou parado por alguns instantes, olhando para ela. Ele sentia o mesmo! Então, a pegou pela cintura e beijou-a com intensidade enquanto caminhavam para o quarto. Sem soltá-la, deitou-se sobre ela na cama e continuou beijando-a.

— Eu também te amo! — ele disse olhando em seus olhos. — Mais do que você imagina!
Feliz por saber que ele sentia o mesmo, ela o puxou pelo cabelo para que sua boca fosse de encontro a dele. Sem se incomodarem com a presença de Monique no apartamento, eles proveitaram ao máximo aquele momento durante muito tempo. Ela queria tê-lo cada vez mais perto dela, amando-a de maneira que só ele sabia! Ele queria o mesmo que ela. A história da falsa gravidez ele poderia contar amanhã. Então, com muita paixão, desejo, toque, eles aproveitaram intensamente.

                                        https://twitter.com/issoebroxante