Fanfic: AnCelo é real | Tema: AnCelo
— Você precisa correr atrás daquilo que te faz feliz, filha! — disse dona Ivone enquanto tomavam café das 15h tarde. — Não deixa escapar!
Angela levantou, pegou a bolsa e a chave do carro e saiu em direção a porta.
— Onde você vai?
— Fazer o que a senhora acabou de dizer. Vou correr atrás da minha felicidade! — abraçou a mãe e deu-lhe um sorriso — Não vou deixar o Marcelo escapar de novo, mãe!
E correu em direção ao carro. Ligou para o celular dele, mas estava dando sinal de desligado ou fora de área. E antes que pudesse sair, a porta do carro abriu.
— O que você tá fazendo, Lorena?
— Eu vou com você! — respondeu colocando o cinto.
— Não preciso.
— Eu não me importo! Vou com você e pronto. Caso precise, estarei lá. Caso não, finja que não estarei lá.
Angela deu de ombro, ligou o carro e dirigiu-se para fora o sítio. Durante todo o tráfego, não parava de ligar para Marcelo, mas o sinal só dava desligado.
— Me dá essa celular ou você vai acabar matando nós duas! — Lorena pegou o celular de suas mãos. — Vai dirigindo, que eu vou ligando pra ele. E presta atenção nessa estrada, pelo amor de Deus!
Quando chegou a capital paulista, o trânsito estava de acabar com os nervos. Muita buzina, carros e engarrafamento. Ela estava cada vez mais nervosa e com medo de que não conseguisse chegar a tempo de falar com ele. Vendo o nervosismo exposto em seu rosto, Lorena ligou o som do carro e começou a cantar, na intenção de animar Angela. Elas estavam indo em direção ao hotel, pois Poly havia ligado de manhã avisando a Angela que ele estaria indo embora a noite e que, caso ela se interessasse em saber, ele tava muito mal. E aproveitou para deixar o endereço.
Aos poucos os carros foram andando. Estava aliviada, até que olhou para o relógio do carro. 17:45h. Ela não iria conseguir chegar a tempo! O medo de perdê-lo de vez começou a tomar canto dela. Sentiu seu estômago revirar, a cabeça doer e uma vontade incontrolável de chorar.
Enquanto tocava "Apenas mais uma de amor" de Lulu Santos no som do carro, as lágrimas escorriam pelo seu rosto e ela passava a mão rapidamente para que Lorena não percebesse que ela estava chorando.
— Tá tão perto! — disse Lorena.
Angela só confirmou com a cabeça. Estava sem forças para falar o que quer que fosse.
— Sei que é fora de hora para fazer uma brincadeira, mas a gente chegaria mais rápido se fosse a pé. Tá vendo alí? — apontou — É o hotel que a Poly disse que eles estão hospedados! Angela congelou por 3 segundos. Ela queria chegar a ele, dizer o que sentia e pedir que ficasse alí e com ela! Que não desistisse ainda.
— Lorena, você é um gênio! — e foi tirando o cinto de segurança. — Ainda bem que você insistiu em vir.
— O que você vai fazer? — perguntou Lorena sem entender nada.
— Eu vou correndo! — lhe respondeu com um sorriso iluminado — Devo levar uns 10 minutos pra chegar lá e mais uns 2 ou 3 pra subir até o apartamento dele.
— O que? — Lorena estava apavorada. Ela iria sair do carro e ir correndo até Marcelo? E se fosse assaltada? E se não conseguisse chegar a tempo? — Você tá de brincadeira, só pode. Diz que é uma brincadeira, Angela, pelo amor de Deus!
— Não é uma brincadeira. — disse Angela enquanto amarrava os cabelos e pegava o chinelo no banco de trás. — Eu não vou deixar o Marcelo escapar de novo, Lorena! Não posso!
— Sua mãe vai te matar! — Lorena se via cada vez mais apavorada — E depois vai me matar!
— Ela não precisa saber! — Angela abriu a porta do carro e saiu correndo em direção ao hotel.
É incrível como o tempo passa rápido quando estamos correndo contra ele.
Enquanto ela corria, as pessoas que estavam andando pela calçada pareciam pisar em ovos. Era cada um mais lento que o outro!
"Só pode ser de propósito!" ela pensou.
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Marcelo estava terminando de arrumar a mala.
— Ai Marcelo, melhora essa cara, amigo! — falou Amanda assim que entrou no quarto de Marcelo.
— Me deixa quieto, Amanda. — pediu ele.
Ela não falou mais nada. Nem ele. Queria ficar sozinho com seus pensamentos e lembranças. Quanto mais chegava perto de voltar para casa, mais tinha certeza de que tudo que havia passado com Angela não havia passado de uma ilusão. Ela não sentia o mesmo por ele. Nunca sentira!
Lembrando dos momentos em que esteve feliz ao lado dela, Marcelo encheu os olhos de lágrimas. Jogou a cabeça para trás para não deixá-las cair e fingiu um bocejo.
— Já vamos. Tá pronto? — falou Carlos.
— Quase. — disse Marcelo enquanto fechava a mala. — Pode ir descendo com a Amanda e encontro vocês lá embaixo.
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Angela entregou no hotel feito louca. Provavelmente os seguranças estariam de olho nela pelo jeito que entrou. Estava descabelada, suada e respirando com dificuldade. Mas não tinha tempo, precisava correr se quisesse encontrá-lo.
Ela pôr a mão no bolso para pegar o papel onde dizia que andar e quarto ele estava.
— Não acredito! Não acredito! — ela tirou a mão do bolso e sentiu o coração partir. O papel com as informações do vôo tinha ficado na outra calça.
Aproximou-se da recepção do hotel e pergunto
— Pode me dizer se o Marcelo Zagonel ainda tá hospedado aqui?
— Não podemos passar informações dos hospedes, senhora. — disse a recepcionista
— Eu sou uma amiga! Só quero saber se ele ainda tá aqui.
— A senhora sabe o número do quarto?
— Não!
— Então não posso passar informações. Sinto muito!
Desesperada, sem saber o que fazer, sentiu vontade de gritar. O que iria acontecer a partir dalí? Ela tinha chegado tão perto, não poderia desistir.
Perto dela havia um segurança que não parava de olhá-la. Ou estava observando-a pela forma desesperadora em que havia entrado alí ou estava lhe admirando. Sem perder tempo, foi até ele e pediu seu celular emprestado. Disse que era urgente, caso de vida ou morte! Fez o maior drama e nisso ela sabia fazer melhor que ninguém.
— Alô? — dona Ivone atendeu no primeiro toque.
— Mãe, preciso da sua ajuda! — falou a frase toda em menos de 3 segundos
— Angela? Tá tudo bem?
— Ótimo! — disse rapidamente — Eu preciso que a senhora vá até a minha mala, pegue minha calça preta e em um dos bolsos tá o papel que diz qual é o andar e o quarto do Marcelo.
Enquanto ela esperava sua mãe fazer o que havia pedido, Angela andava de um lado para o outro e o segurança não saia de sua cola.
— O é andar o 14º e o quarto é 1426.
— Obrigada, mãe. Tchau.
Desligou, entregou o celular ao segurança e foi correndo de volta a recepção. Estava tão desesperada para encontrar Marcelo, que nem lembrou de agradecer o segurança.
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Enquanto olhava se havia deixado alguma coisa no quarto do hotel, seu coração estava disparado. Era estranho. Por mais que soubesse o quão orgulhosa Angela era, ele havia tido esperanças que ela pudesse ir atrás dele. Seu telefone tocou
— E ai, Marcelão! Tá melhor? — perguntou Roni assim que ele atendeu
— Sim. — foi tudo que ele conseguiu dizer.
Enquanto ouvia impacientemente os conselhos de Roni, o interfone tocou. Pensou em não atender, sabia que seria Carlos dizendo para ele descer. Mas, se não atendesse, ele ficaria ligando.
— Roni, depois te ligo. Tão me ligando aqui. — e se despediram.
— Pronto.
— Senhor Marcelo, tem uma moça aqui dizendo que quer precisa falar com o senhor e é urgente. Ela disse que se chama Polyana.
Ele estranhou. Havia acabado de falar com Roni. O que a Poly estaria fazendo alí?
— Pode deixar subir!
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Totalmente exausta, ela respirava fundo dentro do elevador. Precisava de forças para falar tudo! A porta do elevador abriu.E lá estava ele. Tão perto! Blusa branca, calça jeans, tênis e boné. Ahhh essa blusa branca que ela tanto havia vestido nas vezes em que eles dormiram juntos.
Estava no final do corredor e não podia vê-la dali. Mas ela podia vê-lo perfeitamente. Sua vontade era correr e abraçá-lo, mas algo a travou naquele momento. Marcelo estava com a expressão triste no rosto. Sempre ficava ficar tão mal sempre que brigava com ela? Era aquilo que ela causava nele? Não seria melhor ir embora e deixá-lo viver sua vida? Teria chegado até ali para desistir?
"Eu não quero te fazer sofrer, Marcelo." ela disse em pensamento. Ela precisava ir embora dalí! Precisava deixá-lo ir embora e esquecer dela, deles.. de tudo! Mais cedo ou mais tarde ele a esqueceria e arranjaria outra. O Marcelo era um homem perfeito! Qualquer mulher teria a sorte de tê-lo!
Ela estava prestes a ir embora e guardar aquele momento como lembrança, mas seus olhos se encontraram.
Marcelo ficara petrificado de surpresa. Para Angela, não havia fuga! Ela foi em direção a ele.
— Oi.
— O que você tá fazendo aqui, Angela?
— Você disse que...
— Eu sei o que eu disse. — ele a interrompeu. — Mas o que você tá fazendo aqui?
Ela havia entendido a pergunta. Ele queria que ela falasse que estava ali por causa dele, porque o amava. Angela abriu um sorriso tímido.
— Você sabe que eu me enrolo com palavras, Marcelo! — ela disse olhando em seus olhos. — Mas eu dirigi de São Roque até aqui, peguei um engarrafamento dos infernos, deixei a Lorena no meio do trânsito e vim correndo até aqui. Literalmente!
— Tá dando pra perceber. — disse enquanto a olhava toda suada, descabelada... parecendo uma louca!
Ela o ignorou.
— Eu sei que sou teimosa, orgulhosa, impulsiva e muito ciumenta. Mas é porque é você, meu! — sua voz estava embargada. — Eu to aqui pra pedir pra você não ir!
— Marcelo, você vem ou não? — Pollibio apareceu assim que a porta do elevador abriu. — Já paguei a conta, o táxi já chegou!
— Fica aqui, Marcelo. Fica comigo! — pediu Angela.
Autor(a): issoebroxante
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Angela acordou no meio da noite, virou para o outro lado da cama e percebeu que estava sozinha. Pensou em chamá-lo, mas o sono estava tão grande que não teve forças. Apenas fechou os olhos e voltou a dormir. O telefone tocou quando Angela estava no banho. Cansada da noite anterior com Marcelo, só queria tomar um banho em paz. N&ati ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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pamela.zf Postado em 04/07/2014 - 02:44:22
Ahh vc pulou o capitulo 6, pois o 5 foi postado duas vezes. Posta eleee. Amando a web, uma das melhores q já li.
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pamela.zf Postado em 04/07/2014 - 01:18:20
Amandooo, não para!!
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nay_lovato Postado em 19/06/2014 - 00:49:26
Amei *-* Preciso do segundo cap.