Fanfic: Para Vos Este Amor D&C [Mini Web/Finalizada] | Tema: Dulce Maria. Christopher Uckermann. UFC

Fernando estava tendo um sono bom, quando começou a ouvir barulhos estranhos e foi acordando percebendo que o barulho vinha de lá de baixo, se levantou um pouco assustado, eram 04 horas da manha. Foi seguindo o barulho que vinha da academia em silencio. Quando abriu a porta e forçou a vista por causa da pouca luz reconheceu quem estava ali. Rolou os olhos e foi até a pessoa, um pouco irritado.

- Dulce, quer me matar do coração? – ela o olhou parando de bater no saco – que po/rra, são quatro da manha, que diabos esta fazendo aqui?

Ela o olhou com um sorriso tímido nos lábios.

- desculpa Nando, perdi o sono.

- faz muito tempo que você não vem aqui de madrugada, principalmente depois que o Christopher apareceu.

Ela suspirou desviando o olhar, passou a mão no rosto suado e deu de ombros fingindo não ser nada demais.

- eu te conheço menina.

E conhecia mesmo. Ela sabia bem disso. Mordeu o lábio se perguntando se Fernando seria a pessoa indicada para que pudesse desabafar, mas se não fosse ele, quem seria? Todos os seus amigos também eram amigos de Christopher.

- acho que vou precisa lhe contar tudo do começo se quiser entender o que esta acontecendo.

Fernando assentiu e lhe mostrou com a cabeça a porta que os levaria ao quarto dele. Em poucos minutos ela estava sentada a mesa da cozinha enquanto ele preparava duas xícaras de café. Quando ele se sentou e lhe entregou uma das xícaras lhe lançou um olhar compreensivo, ela pode ler nas entrelinhas daquele olhar que ele estaria com ela não importava o que ela falasse. Suspirou e tomou um pouco de café antes de começar a falar.

- minha morreu quando eu tinha apenas sete anos, ela tinha Huntington – ele o olhou confusa – é uma doença sem cura, em determinado momento da sua vida ela te faz regredi até lhe fazer vegetar e morrer, ninguém sabe quando isso pode acontecer.

Ele a olhou com piedade.

- o meu pai não aguentou a morte da minha mãe, ele bebia muito e me batia muito, quando fiz dezesseis anos começaram a dar aulas de Mauy Thai gratuitas próximo do meu colégio e eu comecei a fazer, foi assim que conheci o Christopher, ele era o professor. Era lindo – sorriu com a lembrança – mas implicava comigo desde o começo – rolou os olhos – eu era rebelde só que desajeitada, e ele pegava no meu pé ao menor erro. Eu não o suportava, só que o esporte estava me fazendo bem, então não sai de jeito nenhum.

Ele ouvia atento enquanto bebia o café e a observou enquanto a mesma fazia uma pausa para beber o café e voltar a falar

- depois de uns seis meses que eu tinha entrado eu e o meu pai tivemos uma briga terrível e ele me bateu mais que o normal, eu fiquei com vários hematomas durante dias, então fiquei um tempo sem ir a escola e aos treinos, quando voltei meu olho ainda estava um pouco roxo mais eu estava com tanta raiva e precisava descontar em algo – suspirou – acontece que Christopher percebeu e depois do treino me disse que se eu voltasse a brigar ele iria me expulsar, o chamei de idiota, disse para não se meter em minha vida e quando ele falou em me expulsar outra vez não evitei chorar, e lhe contei o que acontecia. Ele ficou com raiva, me levou em casa aquele dia, passamos horas parados em frente a minha casa conversando dentro do carro e isso aconteceu durante todos os treinos seguintes, quando eu fiquei sem aparecer outra vez ele foi até minha casa e me viu muito machucada, ele queria me tirar de casa, queria matar o meu pai, foi assim que começamos a namorar fiquei gravida dois meses depois e quando o meu pai descobriu me deu uma surra que custou à vida do meu bebê.

Fernando entendia a vontade que Christopher teve de matar o pai dela, sentiu o mesmo só de imaginar ela sofrendo e ela machucada. Ela chorava em silencio enquanto respirava junto para contar o resto de tudo.

- calma querida, me conte tudo ao seu tempo.

- essa é a melhor parte Nando.

Ele viu por baixo das lagrimas surgi um brilho diferente em seus olhos, brilho que só viu pela primeira vez quando Christopher apareceu. Um pequeno sorriso sincero surgiu nos lábios dela.

- o Chris me tirou de casa depois disso, me levou para a casa dele e disse ao meu pai que se ele tentasse me tirar de lá ele me faria dar uma queixa de maus tratos, e nunca mais vi o meu pai depois disso. Eu e Christopher moramos por um tempo e em poucos meses nos casamos, eu comecei a competi e ele abriu mão de muitas coisas para me treinar, sempre me dizia que seria a melhor. – sorriu – tivemos que interromper os treinos quando engravidei outra vez, éramos felizes, a Blanca nasceu e era a menina mais linda que eu já tinha visto. Tudo estava perfeito até eu precisar ter certeza de que não tinha Huntington, ver a Blanca me fazia lembrar de minha mãe, e então eu lembrava o quanto sofri ao vê-la morrer. Foi quando tudo desmoronou.

Dulce ficou um tempo em silencio sentindo o gosto amargo do arrependimento, o olhar compreensivo de Fernando ainda estava sobre si e ela o agradecia por isso. Bebeu outro gole de café e o viu se levantar e encher as xícaras outra vez e voltar a sentar-se.

- o exame deu positivo – falou de cabeça baixa. – eu não queria ver eles sofrerem, por isso em uma tarde arrumei minhas coisas e liguei para o Christopher dizendo que a Blanca estava com febre e precisávamos dele, a deixei com uma vizinha dizendo que logo ele chegaria e fui embora, sem olhar para trás, o resto da historia você sabe, bati em sua porta lhe pedindo para treinar de graça.

Quando ela levantou os olhos o viu sorri ao se lembrarem, mais via em seu olhar que ele estava abalado com a noticia que lhe dera.

- então você tem uma doença mortal e sem cura? – ela assentiu – uma doença que você não sabe quando vai começar a lhe matar...

- pode ser daqui a dez dias, dez meses, dez anos... Ninguém sabe.

- eu prefiro não me manifestar sobre isso.

- como sempre sensível.

Os dois se olharam e sorriram, Fernando estendeu a mão e pegou a mão dela apertando-a querendo lhe passar força.

- você é como uma filha para mim, você sabe.

- sei... Você é como o pai que nunca tive. – sorriu apertando a mão dele – me ajudou quando ninguém ajudaria. Sou muito grata a você.

- eu sou grato a você. Fazia tempo que não via alguém lutar com tanta motivação e amor.

Eles sorriram se olhando em silencio. Sabiam que sempre poderiam contar um com o outro não importava o que acontecesse.

- me contou toda a historia mais não me disse porque esta aqui quando deveria estar com sua família menina.

Ela suspirou se recostando da cadeira e brincando com a xícara a sua frente.

- eu não conseguia dormi – torceu a boca – só pensava sobre essa doença e o que aconteceria com Blanca e Christopher quando eu morresse.

- menina, ainda é muito nova, precisa aprender uma coisa.

Ela o olhou curiosa.

- a vida é curta para todos, não podemos pensar no que acontecerá, principalmente se não sabemos o que vai acontecer. – sorriu – precisamos agir, e quero que você pare de pensar em tudo isso e seja feliz.

- é difícil não pensar...

- então prefere que quando se for, seu marido e sua filha tenham boas lembranças suas ou que não tenham nenhuma? – ela abaixou a cabeça – não sabe quando isso vai acontecer, então precisa aproveita-los ao máximo. Não acha?

Dulce respirou fundo enquanto olhava a parede. Ele estava certo.

- você esta certo.

- sei que estou.

Ficaram em silencio por alguns minutos.

- Dulce?

- sim?

- o que ainda faz aqui que não foi para casa ainda?

Ela riu levantando-se e beijando a testa dele, correu para o vestiário onde tomou um banho rápido, pegou suas coisas e correu para casa. Ao abrir a porta encontrou Christopher sentado ao sofá escondendo o rosto com as mãos e chorando. Sentiu um aperto no peito sem entender, se aproximou deixando a bolsa no chão.

- Chris?

Ele a olhou surpreso. Em questão de segundos ele a apertava nos braços e chorava.

- eu pensei que tinha ido embora outra vez querida. 

***

scarlettdl: hahahahaha tadinha da Blanca 

vondyjemilaliter: obg amor 

Nath: foi por um tempo, vocês logo vao sentir falta, também, ja ta acabando a fic :/

amodycaya: com o Ucker como marido, como é que não tira o atraso? kkkkk