Fanfics Brasil - A fuga Dream or Nightmare?

Fanfic: Dream or Nightmare? | Tema: Amor


Capítulo: A fuga

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Era um dia qualquer na casa dos meus pais, quando escutei alguém bater na porta.
Não sei quem era, nem fiz questão de ir ver também... Minha mãe estava arrumando a cama, meu pai estava assistindo a um programa qualquer na TV. Quando escuto uma voz agonizando para abrir a porta (fiquei até aterrorizada), mas ainda não queria ver o que era talvez eu fosse um pouco medrosa para essas coisas.
Liguei meu iPod e levei o fone aos ouvidos até pegar no sono, ele não durou muito, revolvi que era melhor ver o que tinha acontecido. Desci as escadas e vi minha mãe colocando o dedo indicador sobre a boca me mandando ficar quieta, sussurrando em seguida:
-Cat, filha, não vá à cozinha, por favor.
Apenas assenti e voltei para o meu quarto, ainda assim querendo saber o que tinha acontecido. Minha mãe veio e me explicou que um homem levou vários tiros nas costas e conseguiu escapar com vida.
Provavelmente porque eu morava em uma casa afastada da cidade, ele veio procurar abrigo para se refugiar, mas com certa desconfiança, pois roubos eram pouco comuns na cidade, mas dava medo.  Meu pai, nunca foi um homem generoso, sempre foi frio com as pessoas, não demonstrava sentimentos por ninguém nem pela minha mãe não sei por que deixou um estranho entrar em casa.
Já passado vários dias, desci na sala e vi aquele homem dormindo, ele aparentava ter uns 30 anos, loiro, ainda não consegui ver seus olhos, mas é um rapaz muito elegante. Já eu, baixinha, ruiva de olhos azuis com 18 anos aparentando ter 15, já não ligava tanto em me apaixonar.
Mais tarde ele acordou e veio jantar, então consegui vê-lo, um rapaz muito belo de olhos verdes, não sei o que aconteceu àquela hora, mas meu coração disparou tanto que pensei que fosse morrer então ele sentou e como estava melhor começou a nos contar o que havia acontecido... Apesar de ter achado a história um tanto estranha e incompleta senti pena daquele pobre rapaz.
Depois que jantamos, ajudei a minha mãe tirar a mesa, e fui me deitar. Meu pai conversava com aquele moço na sala planejando fazer algo que não entendi muito bem, porque além deles estarem sussurrando eu também estava com sono então fui deitar.
No dia seguinte minha mãe me acordou chorando, olhei para ela e disse:
 – O que aconteceu?  -Ela chorando muito falou – olhe pela janela
Quando olhei com certa apreensão vi meu pai caído no chão sangrando, no momento não tive nenhuma reação, apenas fiquei chocada, aquele rapaz veio e começou dizer sem nem respirar:
–Vocês precisam sair dessa casa o mais rápido possível.


++++++++



Não tivemos tempo de pegar qualquer roupa ou mesmo uma lembrança de meu pai então saímos rapidamente.
Andamos por mais ou menos três horas, quando chegamos numa casa pequena com aparência de velha, mal cuidada. Entrando na casa ele nos explicou que a nossa cidade estava sendo dominada por rebeldes.
Não sei se citei, mas sou uma pessoa muito tímida, e a única coisa que fiz naquele momento foi ficar no meu canto escrevendo no diário que meu pai tinha me dado de presente, quando fui interrompida por aquele belo rapaz que chegou do meu lado puxando assunto e perguntando:
-Então minha cara, qual o seu nome? - Eu sem muito jeito respondi
- Meu nome é Catarina e o seu?
-Bernardo.
Ficamos conversamos por mais ou menos uma hora, até que ele me contou que estava fugindo desses tais Rebeldes. Tentei perguntar o porquê tinham matado meu pai, pois eu não conseguia entender o que poderia ter acontecido em tão pouco tempo, tentava me fazer de durona, mas queria chorar muito. Apesar de insistir nessa pergunta ele não me dizia, mudava de assunto me deixando muito brava. Até que ele saiu dando a desculpa de que iria pescar.
Encontrei minha mãe e logo a tirei de seus devaneios:
-Mãe, quando vamos voltar para casa? Eu não quero... – Antes que eu terminasse de falar ela saiu do cômodo, me deixando imobilizada, sem entender nada.
Só queria entender porque todos estão muito estranhos comigo, estou pensando em sair e ir eu mesma ver o que se passa na minha “antiga” cidade de Yingedon.
No dia seguinte acordei muito cedo, e sai escondida de uma mulher na cozinha preparando um possível café da manhã, poderia não ser o certo, mas voltei escondida para minha casa para ver como estava, quando cheguei à cidade, vi vários homens vestido de preto com uma touca vermelha, colocando vários homens de costa e em fileira, me escondi atrás de uma árvore e fiquei observando. Quando de repente um dos homens sacou uma arma e matou um dos caras de costas. Na hora senti meu coração disparar, sentia vontade sair correndo e gritando pedindo o colo da minha mãe, mas a curiosidade falou mais alto, então fiquei lá observando quando vi um garotinho sentado chorando, gritando o nome do pai, que com certeza também estava morto, assim como aconteceu com aquela pobre criança em seguida, terminando o “serviço” os Rebeldes voltaram pra cidade. Sem perder mais tempo fui para minha casa, quando entrei não vi ninguém lá. Estava igual quando saímos, então aproveitei para pegar algumas coisas, comi um pão duro que minha mãe tinha feito no dia anterior e sai.
Quando voltei na casa de Bernardo, encontrei uma figura da minha mãe completamente desesperada, ela me viu e sem respirar por um segundo foi logo falando, ou melhor, gritando: -Porque você saiu sem avisar Catarina? Você não sabe o perigo que esta correndo de ficar andando por ai sozinha, ainda mais nesses tempos.
-Mãe, relaxa, eu estou bem, não aconteceu nada...
Estava pensando o que poderia estar acontecendo e o porque de ninguém querer me explicar, até que Bernardo chegou me advertindo:
-Catarina, sei que não deve estar sendo fácil para você mas precisa tomar cuidado, esses Rebeldes não querem dinheiro, roupa ou comida e sim vidas. – Fiquei muito apreensiva, e ele me encarava com um olhar triste. –E foi assim que perdi meus pais e meus cinco irmãos. – ele continuou. Fiquei muito sentida com isso então lhe dei um abraço:
- Sei que nem te conheço direito, mas de agora em diante estamos juntos nessa.
Depois de alguns dias já na casa de Bernardo as coisas iam bem, fiquei uma garota menos fechada, gostava da companhia da minha mãe e dele, aprendi pescar, a usar arma, e ele disse que iria me treinar pra quando eu o perdesse. Não entendi bem porque ele disse isso, pois o vi deitado no sofá da minha antiga casa a beira da morte e agora esta cheio de vida.
Então em uma noite de outubro Bernardo me acordou desesperado:
-Catarina acorde! Sua mãe não está nada bem.
Eu estava com muito sono aquilo não fez sentido em minha cabeça, mas fui ver minha mãe, ela estava péssima, mal conseguia falar e mesmo assim tentava me explicar tudo:
-Filha, me perdoe por ter escondido isso de você, e hm, de você também Bernardo, mas eu estou mal a dias, com uma gripe que não melhora, e cheguei a conclusão de que só pode ser uma pneumonia... Eu sinto que não vou aguentar por mais muito tempo... – Enquanto ela falava o que parecia serem suas ultimas palavras eu chorava compulsivamente, soluçava e sentia como se o meu mundo estivesse acabando. –Eu só quero que você se cuide o.k.? –Ela me olhava com a maior compaixão do mundo. – E Bernardo, nós os ajudamos uma vez, então, por favor, cuide de Catarina para mim.
Bernardo apenas assentiu e segurou sua mão esquerda assim como eu estava fazendo com a direita. Não se passaram nem dois dias e todas tentativas de ajudar minha mãe foram em vão, já que não podíamos levar ela em um hospital por causa dos Rebeldes... Ela se foi, e a ver morrer foi definitivamente uma das piores coisas da minha vida.
Eu estava muito mal, não comia a dias e Bernardo não estava muito bem também, já que as últimas palavras da minha mãe ainda continuavam na cabeça dele “Só cuide da Catarina, por favor”. E ele realmente estava cuidando de mim, se era certo ou não eu não sei, mas talvez eu estivesse sentindo algo por ele. Adormeci ao seu lado, no sofá em que a minha mãe morreu, acordei com fortes batidas na porta e Bernardo falando:
-Catarina, acorde, você precisa se esconder no porão.
-Mas por quê?
-Esta tudo bem o.k.? Só vá pra lá e fique quieta.
Eu apenas assenti e fiz o que ele me pediu, em menos de dez minutos ele voltou, e eu já estava muito nervosa:
-Cat, está tudo bem, era só um amigo meu avisando que os Rebeldes não estão mais aqui.
-Então nós, hm, podemos voltar para a cidade?
-Creio que sim, mas sejamos rápidos.
Chegamos lá e vimos a cidade em chamas, minha casa toda queimada, naquele momento vi minha vida, minha infância, meus amigos, meus bons momentos na escola, meu pequenos romances indo embora num piscar de olhos, e lá estava eu tendo mais um choro compulsivo e sendo amparada por ele:
-Eu sabia que não deveríamos ter vindo, vem, vamos voltar, te prometo que você não vai perder mais ninguém...
-Só me diz que vai ficar tudo bem, eu não aguento isso, cada dia perco alguma coisa importante e que eu amo muito. –Eu implorava entre soluços.
 Bernardo então me abraçou deu um beijo na minha testa e prosseguiu:
-Tudo vai ficar bem, eu prometo, nós vamos dar a volta por cima, Cat, vamos conseguir!
Eu tinha perdido tudo e todos que amava, então voltei com uma missão em mente. Vou lutar e vou conquistar tudo àquilo que perdi, apesar de que meus pais, amigos e outros que perdi nunca terei de volta, mas tenho ótimas lembranças sobre eles e sei que isso vai me ajudar seguir em frente.


 


Caso tenha alguma reclamação, dúvida ou sugestão entre em contato no e-mail:contato_joao@yahoo.com.br



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Autor(a): osonhador

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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