Fanfic: Dream or Nightmare? | Tema: Amor

Acordei assustada, pensando que tudo foi apenas um pesadelo, que minha casa estava lá, meus amigos, minha família e minha cidade. Mas não, infelizmente tinha que acordar para a vida real, tentar mudar o rumo de minha vida, reconstruir tudo o que perdi, junto com Bernardo.
Levantei sonolenta, ouvi um barulho estranho vindo do pequeno porão construído do lado de casa, então fui ver o que era após ouvir alguns miados vi que eram dois gatinhos filhotes perdidos sem sua mãe, levei os dois para dentro e os cuidei. Procurei por Bernardo em todos os cômodos, mas não o encontrava, fui ao rio ali próximo, na pequena horta que tinha ao lado de sua casa, mas ele também não estava lá.
Fiquei horas preocupada, até que ele voltou, me lançou um olhar triste e disse:
-Desculpa ter saído sem avisar Catarina, fui ver a cidade que morávamos, e não há mais nada lá além de cinzas.
-E não há ninguém por lá? Nem uma pessoa se quer? – Ele apenas negou com a cabeça e subiu para o seu quarto, e ficou por lá o resto do dia.
Meu dia se resumiu basicamente em cuidar dos dois gatinhos, já que Bernardo não apareceu nem para comer alguma coisa. Já passava da meia noite, estava deitada na minha cama completamente sem sono, o meu melhor amigo no momento era o meu diário, tinha adotado um estilo meio Anne Frank desde que essas tragédias começaram, aliás eu tinha que desabafar com alguém, e Bernardo estava fora de cogitação, já que ele vivia trancado naquele quarto fazendo sei lá o que, estava absorta nos meus pensamentos quando ouvi batidas na porta, Bernardo foi abrir, desci alguns degraus da escada e comecei a ouvir escondida, um homem alto com aparência de um fisiculturista começou falar:
-Olá senhor, meu nome é Sargento Matth, notei uma movimentação nessa casa e vim convida-lo a se refugiar numa pequena cidade chamada Brusk, lá você estará protegido contra os Rebeldes e terá oportunidades de reencontrar muitos refugiados da cidade ao lado que foi queimada.
-Tudo bem Sargento Matth, mas eu posso levar minha esposa? Disse Bernardo.
Ouvindo essa palavra pensei “O que esse doido está fazendo? Não sou nada dele, apenas uma garota que esta tentando mudar o rumo da vida...”. Fui tirada dos meus devaneios quando o sargento respondeu:
-Tudo bem então vamos lá?

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Bernardo me chamou e me contou o que tinha acontecido e fomos junto com o sargento para a cidade. Chegando lá ganhamos uma identificação com o nosso nome e um número, não sabia para o que aquilo servia, mas não me importei. Não pude mais ver o Bernardo, tive que ficar em uma pequena “aldeia” com várias mulheres de todas as idades, lá éramos obrigada a trabalhar, cuidar da vila, e produzir nosso próprio alimento.
Aquele lugar era estranho demais, não tínhamos diversão alguma, e só trabalhávamos. O contato entre homens e mulher só se fossem escondidos, então em um período de dois meses só consegui ver Bernardo uma vez, mas ainda tinha meu diário comigo, e pelo o que percebi eu não era a única a não gostar daquele lugar, minhas amigas, que tive a sorte de encontrar lá, Vitória e Charlotte, planejávamos uma fuga, pensando em procurar outra cidade, ou tentar voltar para casa de Bernardo e ficar por lá mesmo, mas claro que eu não poderia sair de lá sem ele, afinal, ele devia estar tão infeliz quanto eu, disse que iriamos enfrentar isso juntos, então iríamos!
Depois de planejar tudo com minhas amigas, precisar falar com o Bernardo e explicar o plano, mas quando perguntei por ele um velho disse:
-Seu namorado se foi de madrugada, junto com seu amigo e duas garotas, não sei pra onde foram, nem quem era aquelas pessoas.
Quando ouvi aquilo meu coração parou, Bernardo foi meu único amigo depois de tudo que aconteceu, um cara que me atraia, até comecei a sentir algo por ele. Então mesmo sem ele eu e minhas amigas decidimos ir. 

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