Fanfic: Sonhe Um Breve Sonho Comigo - Mini Web | Tema: Ponny, Médico, Filha

Oláááá!

Desculpem a demora pra postar esse cap T_T

Tive um bloqueio literário por uns dias, sabem como é.... Quando não dá pra escrever, não dá mesmo.

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Lembro que no começo da gravidez nos preocupamos apenas com o bebê, com a saúde do bebê, com o quarto do bebê, roupas, sapatos, carrinhos, cadeiras, acessórios (eu não fazia ideia da existência de tantas coisas para bebês), o sexo que, graças a Deus, descobrimos que era feminino! Acho que a Anahí infartaria se não fosse.

Entretanto, após as quinze semanas, demos início ao tratamento quimioterápico. A realidade começou a nos tirar praticamente à força do nosso sonho perfeito. A recidiva era tudo o que ouvíamos falar. Basicamente: punk hardcore. Cada efeito de medicamento era sentido ao extremo, os enjoos, o cansaço, os maus tratos que a química provoca.

Era tudo muito exaustivo. E eu, que anos antes, achava que o pior seria perder os cabelos. Foram vários dias assim, plaquetas baixas, sem forças, náuseas. Quando estava melhorando, já era tempo de mais uma sessão.

Depois de algumas sessões a pressão de Any começou a aumentar absurdamente. A princípio deduzi ser um dos efeitos da medicação, porém, era diferente dos outros efeitos, pois eles eram inconstantes, eram passageiros. E esse aumento de pressão se tornou persistente e contínuo.

Logo o Dr. Damián determinou ser pré-eclâmpsia e recomendou repouso absoluto. Como se já não bastasse tudo o que se passava. As coisas começaram a ficar um tanto quanto conturbadas, pois era preciso administrar a pré-eclâmpsia e os efeitos colaterais das medicações.

Até hoje, quando lembro daqueles momentos, sinto um aperto no coração, uma aflição tão imensa. Eu morria de medo do que pudesse acontecer, e lembrar de como ela estava frágil, tanto física quanto emocionalmente. Eu não era o único morrendo de medo. Aliás, eu fazia de tudo para não transparecer o medo que eu tinha, a insegurança e tudo. Acontece que ela me conhecia muito bem e sempre dizia “agradeço por tentar parecer forte por mim, mas lembre-se que quem tem coragem, tem medo”.

Essa frase constantemente me deixava encafifado, eu me perguntava o que aquilo queria dizer, mas só entendi nesse momento de maior medo, quando ela estava nos piores dias. Quem tem medo, em algum momento vai superar, vai encontrar forças e vai lutar pelo objetivo que for, contra o que vier. Isso é a coragem. Antes eu pensava que a coragem era não ter medo, mas hoje entendo que isso não é nada além de indiferença.