Fanfic: Muito Quente para dormir(adaptada AyA) | Tema: ANAHI E ALFONSO/ AyA
CAPÍTULO XXIV
Alfonso parou à porta do hospital e esfregou os olhos congestionados. Não
dormira um minuto na noite anterior, preocupado com Anahi, remoendo a
tristeza e o remorso pelo que fizera.
Misturadas ao desespero havia, naturalmente, mais imagens positivas do
que negativas. Anahi no shopping center, corando ao encontrá-lo, carregada
de sacolas. Anahi tirando seu sangue, depois insistindo com ele para que
convencesse os rapazes da polícia à doação de sangue para uma boa causa. O
beijo dela no parque, um beijo delicioso como o ar fresco. Anahi correndo no
estacionamento da igreja, com aquele vestido azul, transparente. Depois
sentada no chão de seu apartamento, brincando com Crash. No arrebatamento
do amor no quartinho escuro. Enfim, na luz que ele enxergara naqueles olhos
azuis quando ela fora ao Departamento de Polícia na esperança de decifrar o
enigma do homem que recebera seus telefonemas, jamais imaginando ser ele
o culpado. Acreditara-o um super-herói.
Não conseguira dormir, apesar de o ar-condicionado estar funcionando
regularmente. Não podia, portanto, culpar a temperatura. Mas descobrira que
o fogo do remorso podia ser tão quente quanto o sol do meio-dia, no verão.
Alfonso respirou fundo para adquirir coragem. Tinha de vê-la de novo. E,
embora soubesse o endereço dela, não teve coragem de ir ao apartamento.
Anahi devia estar furiosa. E o fato de Manuel Velasco não ter entrado em
contato com ele por certo significava que Anahi não lhe contara a verdade, o
que o fazia sentir-se ainda pior.
As portas automáticas do hospital se abriram de par-a-par e ele entrou,
percorrendo a área com o olhar à procura de Anahi. Seu coração batia com
força desusada.
— Em que posso ajudá-lo, oficial? — uma recepcionista lhe perguntou.
— A enfermeira Anahi Portilla está trabalhando hoje?
A moça apontou uma pessoa bem atrás dele.
Alfonso virou-se e deparou com Anahi fitando-o, atônita. Ao vê-la com
expressão triste, ele quase partiu ao meio o boné que segurava nas mãos. Deu
um passo à frente e parou.
— Anahi…
— Por que está aqui?
— Vim para tirar minha pressão sangüínea. Conforme você me
recomendou.
— Qualquer enfermeira pode fazer isso.
— Por favor…
Anahi umedeceu os lábios e depois disse à recepcionista:
— Wendy, estarei na sala de exame número três.
Alfonso seguiu-a. E lembrou-se de uma vez quando ele e Klone entraram num
prédio de apartamentos onde um homem armado se escondera após o assalto
de um banco. Por que será que ele estava mais assustado agora do que
naquela ocasião? E por que a imagem do rosto de Anahi banhado em
lágrimas na janela do ônibus o ferira mais do que a bala que recebera no
ombro ao prender o ladrão?
— Sente-se — ela disse, apontando para uma cadeira esterilizada.
Alfonso reconheceu a sala, a mesma onde Crash fora atendido. Ele fechou a
porta e sentou-se.
— Anahi…
— Seu braço, por favor — ela disse, segurando na mão o medidor de
pressão.
Ele ergueu o braço para que a faixa flexível pudesse ser colocada. Mas
Anahi recusou encará-lo enquanto apertava o bulbo plástico que forçava o ar
para dentro da faixa. Quando a pressão começou a causar dor, ela soltou o ar,
observando a agulha.
— Está ainda um pouco alta, mas dentro da normalidade para um homem
de seu tamanho. — Ela retirou a faixa.
— Anahi. — Alfonso segurou-lhe o pulso com delicadeza. Ela fitou-o, os
olhos úmidos, depois puxou o braço.
— Vá embora — ordenou. Alfonso levantou-se devagar.
— Só queria lhe dizer que sinto muito o que houve.
— Já disse isso na mensagem do telefone.
— Mas queria dizer pessoalmente.
— Achei que a falta de resposta minha tornaria bem claro que eu não
queria lhe falar. Mas, talvez você seja de tipo de homem que precisa ser
atingido por uma tonelada de tijolos para receber qualquer mensagem.
Essas palavras atingiram Alfonso como se fossem a faca do homem que
perturbara o casamento de Maite. Anahi tinha razão. Ele não era nada
melhor do que o obcecado rapaz que recebera um “não” como resposta.
Alfonso parou, mais certo do que nunca de que amava Anahi.
— Não me faça chamar o segurança — ela sussurrou, apoiando-se na
mesa de exame. Uma lágrima solitária viajava por seu rosto.
Alfonso nunca se sentira tão impotente em toda sua vida. Sentia-se como o
maior idiota de toda Birmingham, talvez de todo o sudoeste dos Estados
Unidos. Uma mulher como Anahi Portilla aparece uma vez na existência de
qualquer homem. Que ironia ele ter passado quase toda sua vida adulta
tentando evitar um relacionamento fixo, e justo quando pensava na
possibilidade de talvez se unir a uma mulher, deixara-a escapar. Não, ele
empurrara-a para longe com seus jogos desonestos. Não a culpava por odiá-lo.
Saiu da sala o mais depressa que suas longas pernas permitiram. Quis
ficar longe de Anahi, para não lhe fazer mais nenhum mal. Uma coisa sabia
muito bem: ela fora a lição mais dura que já aprendera.
Alfonso colocou o boné na cabeça. Já estava perto da porta quando alguém o
chamou:
— Oficial Herrera!
Alfonso virou-se e deparou com uma expressão simpática.
— Alô, dr. Story. Prazer em vê-lo de novo.
— Eu apenas queria informá-lo de que, após nossa conversa de sábado
pela manhã, decidi cancelar a reprimenda da enfermeira Anahi Portilla.
— Obrigado — respondeu Alfonso, aliviado por essa fração de boa notícia.
— Depois de sua explicação, concluí que ela fizera o melhor para resolver
a situação.
Mas Alfonso reconhecia que, como sempre, forçara tudo sem se importar em
prejudicar o emprego de outra pessoa. Em que egoísta se transformara! Nunca
se abrindo para ninguém, nunca considerando como seus atos poderiam afetar
o próximo, nunca pondo as próprias emoções em segundo plano.
— Minha esposa é a responsável pelo banco de sangue — o dr. Story
continuou. — Soube que o senhor conseguiu que seus colegas aumentassem
nossas reservas. Nós lhe devemos isso, oficial Herrera. Se houver qualquer
coisa que eu possa lhe fazer, por favor, peça-me.
Alfonso lembrou-se de repente de Anahi. Sorrindo para o médico, ele disse:
— Na verdade, doutor, o que o senhor podia fazer por mim, já fez,
perdoando Anahi. A culpa do que aconteceu com o cachorro foi
exclusivamente minha.
Autor(a): day
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Anahi debruçava-se na mesa de exame, tentando se recuperar. — Ei, você está bem? Ela levantou a cabeça e viu Dulce espiando na sala. — O que você está fazendo aqui? — Anahi perguntou. — Tenho um intervalo agora e achei que você poderia ter um também. — Ok. — E as duas amigas foram p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 98
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daninha_ponny Postado em 11/08/2014 - 00:52:37
menina eu amei essa web....amei cada pedacinho dela,sinceramente...bjs e espero suas webs novas,amo todas que vc posta beijos
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camile_ponny Postado em 10/08/2014 - 08:48:36
Aah eu Adorei! ❤️ e realmente a ultima fala foi épica haha amei a história amei tudo Los'A perfeitos com sempre Adooooro! Kkkk Eba mais fic's? Vou esperar em.. ✔️❤️
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vanybelieve Postado em 07/08/2014 - 16:56:28
JA ACABOU? aaaaaaaaaaaaaaah :( você poderia fazer uma segunda temporada... como eles casados *--------------* Adorei a fic (L)
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franmarmentini Postado em 07/08/2014 - 12:38:55
vou ficar ansiosa aguardando ;)
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beca Postado em 07/08/2014 - 11:08:45
Amei a fic foi perfeita
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layaneponny Postado em 07/08/2014 - 06:55:48
Essa fiic foooi pft*--* Amei dms Day*-*
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franmarmentini Postado em 06/08/2014 - 20:45:54
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii muito muito muito essa fic* vai dar saudades kkkkkkkkkkk
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iza2500 Postado em 06/08/2014 - 20:11:15
amei o final, postaaaaaaaaaaa mais!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 06/08/2014 - 20:02:28
ai meu deus ta acabando....
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edlacamila Postado em 06/08/2014 - 19:46:32
Aaaaaaawn foi pft *-*