Fanfic: Uma Noiva de Sorte | Tema: Vondy

Capitulo 9 – terceira parte

Faltavam poucos minutos para o avião pousar. Em algumas horas, seriam marido e mulher, Christopher  pensou. Era estranho. Como podia estar tranqüilo à idéia que sempre rejeitara?

— Você precisa assinar isto — Dulce disse e estendeu a folha de papel.

"Acordo Pré-Nupcial", Christopher leu.

O primeiro item dizia: Christopher Uckermann não terá direitos sobre a Every Blooming` Thing. O segundo: Dulce Maria não terá direitos sobre a Uckermann’s Enterprises, sobre a Knight Star Sys­tems ou sobre qualquer outra empresa adquirida no presente ou no futuro por Christopher Uckermann. O terceiro: Christopher Uckermann não poderá obrigar Dulce Maria a morar em uma mansão e ser atendida por empregados, mas Alfred será bem-vindo e con­siderado um membro da família, se quiser morar com o casal. O quarto: Christopher Uckermann não poderá tomar nenhuma decisão que venha afetar Dulce Maria  sem consultá-la. O quinto e último: se nascerem crianças dessa união, elas receberão ca­rinho e apoio, mas não receberão grandes montantes em di­nheiro em nenhuma época de suas vidas.

Ao pé da página, Dulce havia registrado a data e assinado seu nome. O espaço seguinte seria preenchido com a assinatura dele.

— Isto não servirá em um tribunal — Christopher avisou.

— Eu não pretendo ir a um tribunal. Isto é apenas entre mim e você.

Christopher abriu a pasta e tirou um outro papel. Um contrato que seu advogado redigira alguns anos antes, no caso de ele resolver dar o passo, o que nunca esperara fazer.

— Este tem base legal e é este que precisamos assinar.

— Está bem. — Dulce aceitou o documento. — Assinarei o seu, se você assinar o meu.

— Deve ler antes.

— Por quê? Se não confiasse em você, não teria aceitado seu pedido de casamento.

Christopher sentiu um nó na garganta.

— Nunca deve assinar nada sem ler antes.

— Há algo nessas linhas que um advogado meu não aceitaria?

— Ele exigiria maiores garantias financeiras para você.

— Meus termos dizem o contrário. Não quero nada seu. Onde devo assinar?

— Não pode assinar ainda. Precisamos de testemunhas.

— O meu contrato não requer formalidades.

— Não imaginei que fosse tão obstinada — Christopher disse com humor enquanto assinava.

— Não gostaria de se casar com alguém que pudesse ma­nipular, não é?

— Acho que não.

— Ótimo. — Dulce esperou que Christopher terminasse, colocou o papel de lado e se acomodou no colo dele. — Basta de formalidades. Vamos nos casar em algumas horas. Preciso de um beijo.

Dulce não esperou que Christopher tomasse a iniciativa. Aproxi­mou os lábios dos dele, roçando-os apenas. Christopher disse algo que ela não entendeu. Em seguida prendeu-a de encontro ao peito e aprisionou sua boca.

— Obrigado por aceitar ser minha esposa — Christopher disse baixinho ao mesmo tempo que afastava os cabelos de Dulce que haviam caído sobre seu rosto.

Ela o fez calar-se.

— Não agradeça. Eu o amo.

Foram interrompidos pelo aviso do piloto de que estavam iniciando a aterrissagem. Dulce voltou para sua poltrona.

— Dulce Maria Uckermann. Soa bem, não?

— Seu gnomo aprovaria, por certo. Ela sorriu.

O avião tocou o solo naquele instante. Christopher tornou a estra­nhar que não se sentisse em pânico.