Fanfic: Uma Noiva de Sorte | Tema: Vondy

Capitulo 9 - sexta parte

— Eu o amo — Dulce tornou a dizer, assim que suas res­pirações voltaram ao normal.

— Espero não tê-la machucado.

Não era o que Dulce queria ouvir, mas não diminuiu a esperança que acalentava em seu coração. Christopher aprenderia a amar e a falar sobre suas emoções um dia.

— Estou feliz por tê-lo esperado.

— Por ter esperado até se casar, você quer dizer. Estavam abraçados, e Christopher não parava de acariciá-la. Ela sorriu. Ao menos ele já havia aprendido a tocar.

— Não acredita em destino? — Dulce indagou. — Não acha que você tinha de ser meu, e eu tinha de ser sua?

— Acredito que para tudo existe uma razão, mas não creio que essas razões estejam escritas nas estrelas.

— Você e sua mente analítica — Dulce protestou. — De que outra forma poderia explicar nosso encontro? Nós vivemos em mundos completamente diferentes!

— Há uma explicação lógica. Ela encarou-o.

— Claro que não. Não há razão alguma para que nossos caminhos tenham se cruzado.

— Claro que há. Foi essa razão que me levou a procurar sua loja.

— Não — ela insistiu.

— Você poderia ter procurado alguém em uma outra flori­cultura, em sua própria cidade.

— Foi por essa razão que se casou comigo, Dulce? Porque acredita que o destino nos uniu?

— Sim. E você? Por que me pediu em casamento?

Christopher percebeu que Dulce não desistiria enquanto não ti­vesse sua curiosidade satisfeita. Mas não podia dizer a verdade.

— Nossa noite de núpcias não é o momento para discussões — ele decidiu mudar de assunto.

— Você está certo — ela concordou de imediato. — Que tal fazermos apenas o que deve ser feito em uma noite de núpcias?

— Pensei que fôssemos dormir — Christopher disse com um sorriso.

— Lógico! — ela concordou e deu uma piscada. — Mais tarde. Christopher arregalou os olhos.

— Dulce, você já está pronta para fazermos amor outra vez?

— Estou faminta. Preciso comer — ela acrescentou com uma piscada.

— Como se encontra sua geladeira? — Christopher perguntou, divertido.

— Tenho sorvete de chocolate com menta e uma caixa de burritos congelados.

— De burritos? — Christopher repetiu, surpreso. — Gosto de comida mexicana. E na falta de champanhe, acho que sorvete serve.

Os dois riram.

— Fique aqui — Dulce ordenou. — Eu já volto.

Ela saiu do quarto tão depressa que Christopher não conseguiu olhar para seu corpo. Aproveitou e se cobriu com o lençol até a cintura. Ajeitou os travesseiros para ambos de modo a po­derem comer sentados.

Cerca de dez minutos depois, Dulce voltou. Estava usando uma camisola curta e carregava duas tigelas. Sob o braço, havia um jornal. Ela exibiu-o.

— Eis a razão pela qual me casei com você tão depressa.