Fanfic: Uma Noiva de Sorte | Tema: Vondy

Capitulo 11 – segunda parte

Ele a carregou nos braços. Foi um gesto tão romântico que Dulce comoveu-se. Não queria pensar nas palavras que Maite dissera sobre a família Reverte não tê-lo em boa conta.

Christopher deitou-a na cama e tirou-lhe o jeans.

— Hoje eu trouxe proteção. Deixarei algumas embalagens aqui. Parece que não conseguimos ficar longe um do outro quando nos deixam a sós.

— Então você decidiu que será melhor fazermos controle?

— Desde que você não me faça perder a cabeça.

Dulce sorriu. Christopher estava começando a se soltar. Ela o faria se descontrair. Ao menos na cama. Pouco a pouco, tinha certeza de que Christopher seria um outro homem, mais feliz, menos reservado.

— O que pretende fazer comigo quando sairmos daqui? — Dulce murmurou enquanto Christopher se despia.

— Vou levá-la para o hotel e lhe oferecer um jantar. Mais tarde, poderemos tomar banho juntos. Se quiser, eu lhe farei uma massagem.

— Sou uma noiva de sorte.

— E eu sou um noivo de mais sorte ainda!

Christopher cobriu o corpo de Dulce com o dele e beijou-a apai­xonadamente. Estava surpreso com a mudança que se operara em sua vida. Fazia menos de uma semana que conhecia Dulce, e ela já significava tudo para ele.

Dulce gostava de olhar para suas roupas penduradas ao lado das de Christopher no armário. O casamento lhe parecia mais real nesses momentos.

A suíte para onde ele a levara era linda e luxuosa como imaginara. O banheiro era quase maior do que todo seu apar­tamento. A cama comportaria quatro pessoas com conforto.

Jantaram na sala. Em seguida ela foi para o quarto para desfazer as malas enquanto Christopher trabalhava no computador.

Assim que terminou de guardar seus pertences, Dulce voltou para a sala. Christopher não notou sua aproximação. Ele tinha um grande poder de concentração. Tanto no trabalho quanto na cama. E ela estava cogitando quanto tempo mais teria de es­perar para chamá-lo, quando ele a viu.

Ele franziu o rosto.

— Há quanto tempo está aí?

— Meia hora.

— Mentira.

— Meio minuto.

Christopher sorriu e desapareceu atrás do biombo que funcionava como uma espécie de hall para preservar a intimidade do apo­sento. Quando retornou, trazia um envelope. Rasgou-o e retirou um cartão de crédito de dentro.

— O que é isso? — Dulce perguntou.

— Você sabe.

— E claro que sei. Mas por que está querendo colocá-lo em minha mão?

— Porque é seu e quero que o use. Aliás, precisamos ter uma conversa a respeito de alguns detalhes.

Christopher estava conduzindo-a para o sofá. Dulce virou-se para ele e sorriu, provocante.

— Por que não tomamos banho? Podemos conversar en­quanto esperamos a banheira encher.

Christopher estava abrindo as torneiras, e ela aproveitou para apa­nhar um bloco de papel e uma caneta na bolsa.

— Quero lhe mostrar minha lista de prioridades — disse Dulce. — Amanhã mesmo, solicitarei novos documentos com meu nome de casada. E ligarei para minha sogra.

— Não precisa fazer isso, Dulce.

— Tinha certeza de que ouviria uma resposta no gênero, mas faço questão de conquistar sua mãe. Um dia, ela aprenderá a gostar de mim.

Christopher sentia sua admiração por Dulce crescer cada dia. Ela era inocente como uma menina. Tinha receio, porém, de que sua ingenuidade a fizesse sofrer.

— Minha terceira prioridade será convencer meu marido de que não podemos morar em um hotel.

— Por que não? É mais cômodo. Não precisaremos nos preo­cupar com roupas, nem com comida, nem com faxinas.

— Está me dizendo que manda lavar todas suas roupas aqui?

— Claro que sim.

— A roupa de baixo, inclusive?

Ele riu da expressão perplexa de Dulce.

— Tudo.

— Eu nunca permiti que alguém tocasse em minhas roupas íntimas!

— Só eu — Christopher murmurou, com malícia.

— Você é exceção.

— É muito mais cômodo, Dulce — Christopher insistiu. — Você não poderá cuidar da loja, de seu apartamento e de outra casa. Além disso, eu gosto daqui. É bom para trabalhar.

— Nesse caso, use o hotel durante o dia como escritório e more comigo em meu apartamento à noite. Poderemos comprar alguns móveis, trocar as camas de solteiro por uma de casal.