Fanfic: Uma Noiva de Sorte | Tema: Vondy

Capitulo 13 - quarta parte

Uma luz ofuscou-lhe a visão. Apressou-se a voltar para seu lugar, atrás do volante. Por sorte, Dulce ainda estava vestida.

Abriu a janela ao ver um policial se encaminhando para o carro. E quis que o chão o tragasse quando ouviu a sugestão de que procurassem um local onde não corressem o risco de serem vistos.

Voltaram em silêncio. Dulce tentou falar, mas Christopher não quis ouvi-la. E o silêncio persistiu até entrarem no hotel e subirem pelo elevador.

Assim que fechou a porta da suíte, Christopher pegou-a pela mão e a conduziu ao quarto. Ainda sem falar, beijou-a.

— Não está mais bravo comigo? — Dulce perguntou. Christopher despiu-a.

— Deveria estar. — Despiu-se em seguida e deitou-se sobre ela. Penetrou-a sem prévio aviso. — Deveria estar — repetiu.

— Mas?

Ele começou a se mover dentro de Dulce.

— Você estava certa. Foi excitante. Foi bom riscar essa pendência de minha lista. Confesso que não sei até onde teria ido se aquele policial não nos surpreendesse.

Dulce arqueou o corpo para senti-lo melhor. Christopher não con­seguia se controlar.

— É isso que você quer?

Ela gemeu em resposta. Amava Christopher cada vez mais. E ele estava tratando-a como se também a amasse.

— Por que está fazendo isso comigo? — Dulce sussurrou. Ele a fez abraçá-lo com as pernas. Queria tê-la mais e mais.

— Porque preciso de você. Eu preciso de você.

Dulce sentiu-se invadir por uma forte emoção. Era mais do que um começo. A luz que os envolvia era cada vez mais clara quando faziam amor.

Alcançaram o êxtase juntos. Depois, como Christopher continuasse dentro dela, acariciou-lhe os cabelos até sentir que ele relaxava.

Quando Christopher se afastou e deitou-se a seu lado, levou-a con­sigo. E foi então que Dulce ergueu o rosto e disse:

— Nós vamos ter um bebê.

Christopher sentiu o coração parar.

— Nós vamos ter um bebê? — repetiu.

Dulce fez um movimento afirmativo com a cabeça.

— Faz seis horas que descobri. Nunca tive tanta dificuldade em guardar um segredo. Pretendia lhe contar no lago para que essa noite fosse realmente inesquecível para você.

Christopher não sabia o que dizer. Como podia falar a Dulce sobre seus sentimentos, se não conseguia descrevê-los nem sequer a si mesmo? Mas se antes queria proteger Dulce, agora faria qualquer coisa no mundo para protegê-la e a seu filho.

— Pensei que já estivesse tomando pílula anticoncepcional.

— Era o que estava decidida a fazer. O médico me prescreveu uma receita. Eu deveria começar a tomá-la em minha próxima menstruação. Mas como estou atrasada, voltei hoje ao consultório.

— Quando aconteceu?

— Da segunda vez que você voltou da Califórnia. Isso sig­nifica que estou de quatro semanas. Como está se sentindo? Sei que não queria um filho tão cedo.

— Não me esforcei muito para não concebê-lo, não acha? — Christopher disse com um sorriso. — Desconfio que queria um bebê tanto quanto você. Como está se sentindo?

— Feliz. E você, Christopher, está feliz?

— Estou. — Ele também estava preocupado. Fizera amor com Dulce com muito ímpeto. Precisava superar o constran­gimento e perguntar ao médico como deveria se comportar ago­ra que sua esposa estava grávida. — Cuidarei bem de você, Dulce. Prometo.

— Nunca duvidei disso. — Ela se levantou. — Vamos tele­fonar para seus pais e contar a novidade?

Christopher sabia que não havia chance de convencer Dulce a desistir da idéia. Pegou o telefone e falou com os pais. Depois passou a ligação para Dulce.

Acariciou-a enquanto conversava com sua mãe. E viu-a e ouvi-a rir. Seria possível que Dulce tivesse conseguido? Sua mãe estava disposta a ser uma boa avó?

Mais tarde, quando Dulce dormiu em seus braços, ele se sentiu invadir por uma sensação de pânico. Não podia perdê-la. Trouxe-a para mais perto dele.

Não conseguiu dormir aquela noite.