Três dias depois.
- Nunca pensei que um dia você e aquele
idiota teriam paz. Sério. Já estava na hora de
vocês serem felizes um pouco. – Any disse e eu
ri. - Não estão mais brigando?
- Batemos o nosso recorde. - Falei. - E
você e Poncho?
- Estamos bem, voltamos. Mas eu ainda
estou meio magoada com o que ele fez.
- Vão ficar de conversinha ou vão fazer as
atividades? - A professora chamou a atenção.
- Essas garotas não calam a boca. -
Jennifer reclamou. - Eu quero me concentrar, que
saco.
- Garota, você está mexendo em seu
celular. - Revirei os olhos.
Christopher Uckermann’s P.O.V
- Uckermann? Aqui é o professor de Angel. -
Aquele boiola me ligou.
- Qualé que deu, boi... hã... qual seu nome
mesmo? - Perguntei.
- Brandon. - O cara disse simples. - Eu
liguei para lhe dizer que sua filha está passando
mal, ela vomitou duas vezes, eu aconselho você a
pegá-la e leva-la em um médico, percebi que é
uma pequena virose, mas mesmo assim a leve,
para não se tornar algo grande. - Desliguei o
celular na cara dele e saí correndo para pedir
permissão para poder sair dessa porra, eu corria
por aqueles corredores em direção da sala da
diretoria, até que trombei em alguém.
- Puta que pariu. Não olha por onde...
Dulce? - Ela estava parada em minha frente.
- Preciso ir ao banheiro. - Ela disse. -
Qual o motivo da sua pressa?
- Angel... Brandon ligou e disse que ela
vomitou, eu tenho que ir para lá o mais rápido
possível.
- Nós temos. - Ela me corrigiu e eu ergui
uma sobrancelha.
- Ah é? E como você vai sair?
- Peça sua permissão e me espere lá fora,
eu farei tudo o mais rápido possível. - Ela disse
segura e eu entrei como um furacão na sala
daquela diretora.
- Senhor, Uckermann - Ela ajeitou a gola da
camisa. - Precisa de algo?
- Sim, preciso sair, minha... minha filha
está doente e eu tenho que pega-la na creche.
- Você tem uma filha? - Ela estranhou o
fato. - Tão novo...
- É, acontece. - Tentei ser o mais educado
possível. - Posso sair?
- Sim, claro. Melhoras para a sua filha.
Deve ser tão linda quanto o pai. - Ela tentou fazer
uma voz sensual, mas estava velha demais para
isso, então a única coisa que aconteceu foi meu
estômago ter embrulhado.
- Obrigado. - Saí rapidamente da sala e
corri para o estacionamento onde estava meu
carro, Dulce estava com a perna quebrada,
então deduzi que ela não iria fazer nada rápido,
mas mesmo assim, esperei, ela era única que
saberia o que fazer perante á essa situação.
Dulce`s P.O.V
- Ai. - Falei meio alto para chamar a
atenção assim que eu entrei na sala. - Não estou
me sentindo bem. - A professora olhou-me
rapidamente achando que fosse algum efeito do
acidente.
- Tudo bem, Dulce? - Ela perguntou.
- O que aconteceu, Dul? - Any perguntou
inocentemente.
- Aquelas dores de novo. - Falei.
- Você não quer ir até a enfermaria? - O
professor perguntou.
- Any, vamos comigo? - Ela assentiu
rapidamente e nós saímos.
- O que aconteceu? - Ela perguntou
enquanto esperávamos o elevador. - Você está
bem? - Sorri e contei que era fingimento, eu
apenas precisava sair, contei o fato de Angel.
- Ah, sim. Vou te ajudar. - Entramos no
elevador e em seguida estávamos no andar da
diretoria, ignoramos totalmente a enfermaria.
- Senhora, Abigail. - Any entrou e eu
estava abraçada nela, como se precisasse de
algum apoio, mesmo estando com as muletas ali.
- O que aconteceu? - Ela olhou
rapidamente.
- Dulce não está passando muito bem. -
Fiz cara de dor.
- Preciso ir para a casa e descansar meu
corpo, está doendo. - Tentei ser o mais realista
possível.
- Vou ligar para o seu pai, só um
minutinho. - Ela disse pegando o telefone.
- NÃO. - Eu e Any gritamos em uníssono,
a diretora nos olhou assustada.
- É que... ele está trabalhando, você sabe
e não é nada grave, só que o médico disse que se
eu sentisse alguma dor, era para eu descansar. -
Menti.
- Tudo bem, você está liberada. - Ela me
entregou um papel que eu tinha que mostrar na
saída. Foi mais fácil do que eu pensava, porém eu
precisava ser rápida.
- Vou te levar até a saída, hoje á noite
levo seu material para você. - Ela era a melhor
amiga do mundo.
- Uckermann? - Chamei sua atenção, ele estava
encostado no carro, impaciente.
- Porra, Dulce que demora. - Ele meio
que me xingou. - Entra de uma vez. - Ele disse
rude pegando minhas muletas e colocando no
banco de trás, em seguida me ajudou à entrar,
tomou seu lugar e nós saímos, antes eu chequei
para ver se ninguém estava olhando.
- Desculpa, não precisa ser grosso. - Ele
não disse nada, continuou com os olhos na
direção, vi preocupação em Christopher e preferi nem
discutir, afinal eu também estava preocupada
com Angel.
[...]
- Onde está minha filha? - Christopher entrou
meio alterado na creche, até esqueceu que minha
perna estava quebrada e eu não conseguia
acompanhá-lo.
- Calma, Uckermann. Ela está bem. - Senhora
Mary tentou acalmá-lo. - Está dormindo, vou
pegá-la, espere. - Ela disse e saiu rapidamente,
em seguida, voltou com Angel adormecida em
seus braços e a entregou para Uckermann que pegou a
pequena com carinho. Me aproximei deles e
acariciei os cabelos de Angel, ela era tão perfeita.
- Nós vamos levar ela em um médico
próximo. - Falei. - Obrigada, por cuidarem dela.
- É o nosso trabalho. - Brandon disse
sorridente.
- Vamos, Dulce. - Christopher disse, olhando
feio para Brandon, ele havia pegado uma
implicância muito grande com o cara. - Saímos e
fomos para o carro, Christopher disse que a levaria em
um médico amigo seu que havia uma pequena
clínica por perto, apenas assenti. - Chegamos. -
Ele disse descendo do carro, Uckermann estava tão
estranho, tão grosso, tão seco, eu já estava
começando à estranhar.
Desci também com uma pequena
dificuldade, enquanto Christopher pegava Angel no
banco de trás, ela acordou e olhou em volta
tentando reconhecer o lugar que estava.
- awn princesa, acordou. - Beijei suas
bochechinhas, ela estava com uma carinha de
sono tão fofa. Coloquei minha mão em sua testa
e Angel estava quente, deduzi que era febre. - Ela
está com febre, Uckermann. - Falei meio assustada. -
Vamos logo.
- Droga. - Ele disse assustado. - Será que
foi o DVD do Tupac? - Revirei os olhos e fiquei
quieta.
[...]
- Então, o que essa princesinha tem? - O
médico perguntou, Christopher estava meio nervoso,
então eu que tive que falar.
- Ligaram da creche dizendo que ela
vomitou duas vezes e antes de nós entrarmos
coloquei a mão na testinha dela e vi que ela
estava meio quente. - Disse. - Febre.
- Sim. Coloque ela aqui. - Ele disse para
Christopher se referindo á pequena maca que havia ali.
Christopher colocou Angel ali com cuidado e
sentadinha, ela estava tão muxinha e desanimada
que meu coração se apertou
Fui para perto dela e comecei à acariciar
seus cabelos lisos, ela levantou os braços
pedindo para que eu a pegasse no colo e
começou a chorar, mas tentei a tranquilizar
pedindo para ela ficar sentadinha ali, enquanto o
médico a examinava, arranquei um riso dela, o
que me deixou muito feliz. - Bom, pelo visto é
uma virose.
- É, o professor dela disse isso. – Christopher
falou simples.
- O que o senhor recomenda? - Perguntei.
- Vou fazer a receita de um remedinho
para vocês darem à ela, é líquido, então será mais
fácil. - Ele disse fazendo à tal receita. - Deem
para ela de doze em doze horas durante cinco
dias. - Ele disse. - Se não melhorar, tragam-na
aqui novamente. - Você tem belos pais,
princesinha. - Ele brincou com Angel e a deu
aqueles palitinhos doces, Christopher me olhou
rapidamente e eu estava sem reação.
Christopher a pegou e nós nos despedimos do
médico.
- Desculpe. - Christopher disse. - Estão sempre
achando que você é a mãe e talvez você não
queira isso. - Ele deu de ombros.
- Não tenho problema em relação à isso. -
Falei. - Mas tem algo me intrigando... - Resolvi
abri o jogo.
- O que? - Ele perguntou enquanto
saíamos do local indo em direção ao carro.
- Seu humor. - Fui franca. - Aconteceu
algo? Você está encuzado.
- Não aconteceu nada. - Havia mentira em
sua voz. Ele pôs Angel na cadeirinha. - Vou
passar na farmácia para comprar o remédio.
- Então vamos. - Falei tomando meu lugar
no carro. - O que aconteceu, Uckermann? - Acariciei
sua nuca, ele olhou-me.
- Não aconteceu nada, porra. Sempre fui
assim, fechadão, grosso. Que caralho.
- Desculpa, pensei que você havia mudado
comigo.
- É, mas eu não mudei. - Ele disse firme e
eu fiquei quieta, não queria discutir na frente de
Angel, ela estava enjoada, não merecia isso.
Uckermann pediu para que eu esperasse no
carro e saiu rapidamente para pegar o remédio,
saí do banco do carona e fui para trás com Angel,
não queria suportar o mau humor de Ucker. Levei
minha mão novamente ao seu rostinho e a febre
já havia passado.
- Será que a pequena Angel está bem? -
Sorri para ela, ela disse uma coisa estranha a
qual eu não entendi e eu ri. - Você é muito linda.
- Beijei sua pequena mãozinha.
Christopher voltou e entrou no carro ignorando
tudo e todos, a única coisa que ele disse foi: -
Você vai lá pra casa? - Eu apenas assenti, tinha
algo errado, algo muito errado.
Fomos para o elevador e Christopher estava
quieto demais, fui obrigada a perguntar
novamente o que havia acontecido, ele
simplesmente mandou eu calar boca, disse que eu
era chata demais e que eu já ia descobrir o que
aconteceu, confesso que tivemos uma pequena
discussão.
Uckermann abriu a porta do apartamento e a
primeira coisa que observei foi Ryan e Poncho
sentados no sofá com cara de cu, bom, o fato de
Poncho estar com cara de cu, eu ignorei, pois era o
normal dele, mas agora, Ryan... Bom, foi
estranho. O clima estava bem tenso e percebi que
Chris não estava.
- Oi? - Disse meio receosa, Ryan me olhou
por um tempo e murmurou um oi. - Aconteceu
algo? - Ninguém disse nada. - Vou dar o remédio
para Angel. - Falei pegando o mesmo, antes
provei uma gotinha e vi que era doce, então não
seria difícil que Angel aceitasse e foi o que ela
fez. Chamei Christopher no quarto, o clima estava
muito pesado.
- Christopher... Tem algo errado, e você vai me
contar o que é. - Exigi.
- Chris - Ele disse trocando de roupa,
sua voz emitia tristeza.
- O que tem ele? Está no casarão
resolvendo algo, não?
- Não. - Christopher deu de ombros, ele estava
sendo curto demais e isso estava me irritando.
- O que aconteceu, Uckermann? - Firmei minha
voz, enquanto Angel estava em meu colo
brincando (mais obviamente puxando) com os
meus cabelos.
- Chris é gay. - Ele cuspiu as palavras.
- O que? - Perguntei incrédula, mas ao
mesmo tempo um sorriso estava quase surgindo
em meu rosto. - Como assim?
- Ele nos contou isso ontem. Não quero
um veado de merda na minha gangue.
- Christopher... Ser gay não é nenhuma doença,
e não tem nada a ver, Chris sempre foi um
gangster igual à vocês todos, sempre teve pose
de homem perante esses bagulhos de gangue,
deixa o cara.
- Vai defender ele agora, Dulce?
- Sim, vou defender, porque o errado não é
ele, é você. O cara é seu amigo há quinhentos
anos e vocês tá emputecido porque ele é gay,
isso é coisa de gente ignorante.
- Cala a boca, Dulce, me dá Angel aqui e
vaza. - Sim, ele me expulsou do quarto. Saí e
bati a porta do quarto com força, devo ter
assustado Angel, mas nem pensei em nada na
hora, eu caminhava por aquele enorme corredor
mancando, até chegar na sala.
- Não acredito que vocês estão cagando
no Chris porque ele resolveu assumir que é gay.
- Gritei para Ryan e Poncho. - Onde ele está? Vou
atrás dele.
- Christopher mandou ele embora. - Ryan disse.
- Encheu ele de porrada ontem.
- O que? - Minha garganta ficou seca. -
Não acredito nisso. Vocês também estão do lado
do Uckermann?
- Você já viu um gangster gay? - Poncho se
pronunciou. - É vergonha para os Canadians.
- Não é vergonha porra nenhuma, ele não
é nenhuma bicha espalhafatosa que vai atirar
glitter na hora de alguma treta, ele só tem uma
opção sexual diferente, ele é neutro em relação à
isso. Tanto que eu nunca percebi, fiquei sabendo
disso agora. Vocês estão sendo umas merdas. -
Joguei algo sólido que estava em cima da
pequena mesa no chão.
- Calma, Dulce. Eu não me importo
tanto com isso. - Ryan disse. - Porque como
você disse, ele nunca demonstrou nada, quando
ele ia para as boates ele pegava várias minas.
Talvez...
- Ele seja bi, bissexual. - Falei. - E daí?
Ele é gente igual.
- Pô, mas vai queimar nosso filme. -Poncho
disse.
- Vocês vão jogar uma amizade de anos
fora por causa disso? Legal, querem um balão?
- É estranho, mas Christopher exagerou, ficou
emputecido, fez um escândalo. - Ryan disse.
- Quer saber? A bicha é ele. - Falei.
- Você não cansa de falar merda não? -
Christopher apareceu na sala bravo. - Não quero mais
Christian nessa gangue, não quero mais ele aqui,
isso é desonra. - Fui até Christopher e lhe dei um tapa
na cara. - Mas o que é isso? Ficou louca?
- Não, isso é o que você merece,Uckermann.
Você bateu em Chris também, fiz isso por ele, ele
não merece ser tratado como animal pelos
melhores amigo, e se vocês vão dar as costas
para ele, só lamento, mas eu não vou. - Eu esta
com muita raiva e ódio da atitude de Uckermann e dos
garotos. - Qual o numero dele? - Ninguém disse
nada. - Qual o numero dele, porra? - Ryan ditou.
Salvei em meus contatos. - Vou embora.
- Quer que eu te leve? - Christopher perguntou,
ele só havia perguntado por causa da minha
perna.
- Não, quero que você fique longe de mim
por enquanto. - Falei indo em direção à porta.
- Garota idiota, sua perna...
- Pode ter certeza, que o único que está
tendo atitudes idiotas aqui é você, alias, vocês. -
Falei. - Vou pegar um táxi. - Disse indo para o
elevador, Christopher veio atrás.
- Dulce, não precisa de tudo isso.
- Isso é pouco comparado ao que você
fez, julgou o garoto, bateu nele e ainda o
expulsou, sendo que vocês eram a única família
que ele tinha aqui nos Estados Unidos, agora me
diz, onde ele está? Com quem? E se ele estiver
por aí como um cachorro?
- Não, ele não está, Dulce. Ele tem uma
boa quantia de dinheiro.
- Não interessa. - Gritei. - Agora sai,
quero embora, você está me fazendo pegar nojo.
- Dul... - Ele amaciou a voz e pegou meu
braço. - Não vou deixar você sair com a sua
perna assim.
- Me larga, Uckermann. Vai ser bem melhor. -
Ameacei. - Não piore as coisas, porque se o nojo
que eu estou sentindo realmente se estabelecer,
diga adeus Dulce e olá novamente para as
suas vadias.
- Isso quer dizer que você vai acabar? Por
causa do Christian? Não precisa desse exagero.
- Eu amo o Christian, eu criei uma amizade
maravilhosa com ele, assim como também criei
com Ryan e não quero nenhum filho da puta
humilhando ele por suas escolhas e o que me dói
mais, é saber que vocês eram melhores amigos,
se você fosse verdadeiro não o humilhava desse
jeito. Tanto você quanto Ryan e Poncho. - Cuspi as
palavras. - Agora sai. - Para a minha sorte o
elevador abriu e eu entrei, Christopher não fez nada
para impedir, apenas ficou lá com uma cara triste
que se eu não estivesse tão puta da vida, até
teria dó. Mas meu querido namorado, havia sido
um filho da puta e eu não iria ficar de jeito
nenhum com alguém que fosse preconceituoso,
eles deveria apoiar Chris, aceitar suas escolhas,
garanto que ele nunca iria fazer merda nenhuma
para eles passarem vergonha.
Peguei meu celular e disquei o numero de
Chris, liguei cinco vezes e só chamava, mas não
desisti, continuei ligando, ligando, na décima vez,
ele atendeu, eu estava na frente do prédio de
Uckermann.
- Alô. Ele disse com uma voz triste.
- Chris? É a Mel. - Falei.
- Vai me julgar também? Igual a porra do
seu namorado fez? - Ele disse com ódio na voz. -
Você já sabe de tudo não é?
- Quase ex namorado, porque nós
brigamos. - Falei. - Alias, eu briguei com ele, o
que ele fez foi um absurdo. - Falei. - Eu estou do
seu lado, Chris. Você não está sozinho. Saiba
disso.
- Dul... - Senti que Chris ficou sem
palavras. - Nem sei o que dizer, só sei que foi um
inferno, resolvi contar achando que meus amigos
iriam me apoiar, mas...
- Eles são uns idiotas, Chris. Eu fiquei tão
triste quanto você, eu joguei tudo na cara deles,
principalmente na do Christopher. Pode parecer
exagero, mas eu não admito essa atitude
ignorante de Uckermann. - Parei para respirar, pois
falei tudo de uma vez.
- Obrigada, Dul. Mas não tem jeito, fiz eles
me odiarem.
- Me diz onde você está, por favor. Quero
te encontrar, falar com você. - Supliquei.
- Acho melhor não. Estou indo para bem
longe.
- Chris, onde você está?
- No aeroporto, voltando para o Canadá. -
Meu coração disparou e a vontade de chorar se
estabeleceu.
- Chris, não por favor, não vai. Deixa eu
falar com você. - Eu suplicava. - Eu vou matar
aqueles idiotas. - Quase gritei, as pessoas que
passavam me olhavam. - Que horas é seu voo?
- Daqui à cinquenta minutos, tchau, Dul.
Amei te conhecer, você é uma melhor amiga e
tanto. - Pude senti que ele estava dando um
sorriso forçado. - Te amo, não esqueça de mim. -
A linha ficou muda e eu comecei a chorar,
precisava de um táxi.
- Peça um táxi para mim imediatamente,
por favor. - Implorei ao porteiro. Ele fez o que eu
disse nervoso, quase derrubou o telefone.
- Você ainda está aqui? - Christopher surgiu
com um cigarro na boca, Poncho e Ryan estavam
juntos.
- Vocês não podem deixar Angel
sozinha. E se ela se sentir mal novamente? -
Falei e ainda tinha vestígios de lágrimas em meu
rosto.
- Ela está com a vizinha. - Justin disse. -
Temos que ir no casarão.
- Exatamente, enquanto o amigo de vocês
está quase voltando para o Canadá. - Vi que eles
se assustaram.
- O que? - Ryan disse e o táxi chegou.
- Vocês são uns vacilões, se Chris ir, eu
juro que eu nunca mais olho na cara de nenhum
de vocês.
- Você estará me fazendo um favor. -
Poncho disse e eu entrei no carro.
- Dulce, caralho. Onde tu vai, porra? -
Christopher se alterou, mas eu o ignorei.
- Para o aeroporto. - Falei para o taxista.
- O mais rápido que você puder. - Coloquei
pressão. - Se você conseguir fazer isso em três
minutos, eu te agradeço.
- Eu não faço milagres. Desculpa.
- Pois então, faça. - Fui grossa, e até que
consegui meter um psicológico no cara, pois ele
dirigia rapidamente, até chegarmos na avenida
principal e termos que enfrentar um
engarrafamento do caralho, comecei a ficar super
nervosa, minhas mãos suavam e as lágrimas
caiam sem eu perceber, nem eu havia me dado
conta do quanto Chris significava para mim, eu
adorava seu jeito, ele era engraçado, divertido e
quando eu precisei ficar na casa de Uckermann ele foi
ao primeiro ao concordar com a minha estadia.
Eu pensava em tudo isso e ficava mais triste
ainda, não me contentava com a ideia de Chris
voltar para o Canadá porque seus amigos eram
uns filhos da puta e eu nunca mais vê-lo. Merda,
droga, porra, caralho.
Quinze minutos se passara, e sim, aquilo
era muito para mim.
Quinze minutos.
Quinze.
Finalmente o carro andou e o cara
aumentou a velocidade novamente, ele pegou um
atalho onde as ruas eram mais calmas e não
tinha tando movimento, porém ele me disse que
era um caminho mais longo, quase o matei,
parecia até que ele não tinha noção do problema.
Ah, claro que ele não tinha.
Vinte e cinco minutos se passaram.
Vinte e cinco.
Vinte.
E eu tinha que chegar á tempo de impedir
Chris.
- Cara, falta muito?
- Tá apressada, pega um avião. - O cara
tentou me dar um corte.
- Não sei se você percebeu, mas se eu
tivesse que pegar um avião, eu teria que ir para o
local ONDE VOCÊ TEM QUE CHEGAR RÁPIDO. -
Gritei e o cara me olhou com cara de assustado.
- A culpa não é minha, é do trânsito.
Desconta nele. - Ele disse e eu percebi que
estávamos parados novamente.
- Boa ideia. - Desci do carro no meio do
engarrafamento e comecei à gritar igual à uma
louca. - CARROS SÃO FEITOS PARA ANDAR,
ENTÃO MOVAM ESSAS MERDAS DE UMA VEZ,
PORRA. - Voltei para o táxi.
- Você é louca ou?
- Puta que pariu, trinta minutos, moço. -
Falei mostrando o relógio para ele. - Trinta
minutos. - O carro resolveu andar.
Trinta e cinco minutos se passaram.
Trinta e cinco.
Trinta.
Eu só tinha mais quinze minutos, eu já
estava quase perdendo as esperanças, eu não
queria perder meu amigo, não porra.
- Tá muito longe? - Perguntei.
- Não, só mais uns doze minutinhos.
- DOZE MINUTINHOS? - Gritei. - Você fala
como se fosse pouco.
- Para mim é. - Ele disse.
- Claro, não é o seu amigo que vai voltar
para o Canadá.
- Na verdade, tenho um amigo, ele vai
para o Canadá amanhã. - Ele começou à dizer. -
Adoro aquele cara, com certeza ele vai pedir para
que eu o traga no aeroporto.
- Não deixe ele cometer esse erro, me dê o
numero dele agora que eu vou recomendar um
jabuti maravilhoso para levá-lo, pois é mais
rápido. - Tudo bem, eu sei que eu estava
culpando o cara, sendo que a culpa era do
maldito trânsito.
Olhei as horas novamente porra, quarenta
minutos.
Quarenta minutos.
Quarenta.
- Quer saber, garota? - O taxista se
irritou. - Cansei. Larga do meu táxi. Não gosto
de trabalhar sobre pressão.
- Não, mas...
- Desce, você é chata demais, fica
tagarelando, falando de um tal amigo que vai pro
Canadá, contando quantos minutos faltam....
Vaza daqui, aproveita que o aeroporto só está à
três quadras.
- Minha perna está quebrada, eu não vou
chegar á tempo, a menos que eu corra, mas não
posso fazer isso. - Falei.
- Foda-se. - Ele disse. - Quero meu
dinheiro.
- Não, não vou pagar porra nenhum, vocês
só ficou parado nesse trânsito e porra, dez
minutos - Desci do táxi e saí mancando pelo
meio dos carros, eu nunca havia andado tão
rápido com a perna quebrada como eu andei. Eu
tinha que chegar em dez minutos, mesmo
sabendo que era quase impossível, ainda mais
com a perna desse jeito. Atropelei algumas
poucas (várias) pessoas que impossibilitavam
minha passagem, bati em algumas com a muleta,
mas isso não vem ao caso.
Eu não sabia se eu mancava, ou se eu me
apoiava nas muletas, não interessa, os dois
estavam sendo experiências horríveis, tanto que
eu comecei à chorar, pois senti uma certa dor em
minha perna.
Eu já estava ficando com falta de ar, mas
eu continuava, porém a coisa foi apertando, logo
eu não conseguia respirar direito e minhas
energias estavam acabando, andar rapidamente
com a perna quebrada não eram coisas
compatíveis então fui consumida pelo fracasso e
fui obrigada à parar. Apoiei as mãos em meu
joelho tentando tomar ar, pois eu estava
precisando, até que percebi que estava na frente
do aeroporto...
Gatinhas do meu core mi desculpas por não ter postado antes...Estou com provas e provas me perseguindo...Comentem bastanteeeee e posto rapidinho para vocês...Besitos da Aninha e las amo...
A minha diva Keeh permitiu que minhas fics fossem divulgada aqui amorinhas...Espero que gostem.
Sinopse - Querida princesa
Arundel, 1637
Dulce Maria Saviñón, uma simples camponesa, jamais imaginou que sofreria humilhação maior do que ser oferecida como pagamento de uma aposta perdida e feita por seu próprio pai. Christopher Uckermann Norfolk, o charmoso príncipe e futuro rei do reino de Arundel, não esperava encantar-se por uma suja camponesa que havia sido uma recompensa por uma aposta vencida. O destino os uniu, mais eles não podiam ficar juntos. Christopher temia o amor. Dulce temia a Christopher.Seu duro coração não permita-se ama-la.
Haviam segredos, muitos segredos, que rondavam ao castelo, todos tinham algo a esconder. O destino pode mudar, fazendo o amor ou até mesmo a morte falar mais alto. Dulce já tinha sua escolha. E Christopher a sua. Agora era com o destino.
Sinopse - Love Paranoid
Dul sempre odiou o lugar onde mora. New York nunca foi um lugar perfeito como todos imaginam. Seu grande sonho é conhecer a tão perfeita cidade luz, Paris. Ah... Paris... A cidade do amor! A cidade perfeita!
Mas, não é bem assim. Costumamos ver Paris somente por cima... Ninguém conhece os subúrbios de Paris, somente os que nele vivem. Torre Eiffel? Museu do Louvre? Isso é besteira. Christopher sabe o quão complicado é aturar aquele lugar. Ser o líder de uma das gangues mais perigosas de toda Paris nunca foi uma tarefa fácil. Viver para a adrenalina sem pensar em nada. Aquele papo de ouvir o coração que se dane, a coisa nunca foi e nunca será como sonhamos.
A única coisa boa que aconteceu em sua vida foi conhecer uma ruivinha ousada e atrevida. Ele não acredita em amor. E nunca irá acreditar em algo tão sonhador. Sua realidade não pode ser igual ao dos outros, afinal, ele é somente um vagabundo sem futuro.
Sinopse - Sovereign of love
Há muito tempo atrás...
Entre a névoa sombria dos vastos oceanos,um veleiro pirata despertava pavor e desespero por onde passava.Seu capitão,um jovem belo e charmoso,era conhecido por sua tamanha crueldade e por aterrorizar até ao ser mais corajoso.
O motivo de sua crueldade era até então desconhecido.
Seria o amor capaz de amolecer seu duro coração?
Espero que gostem...
Besos da AninhaVondyRBD