Fanfic: Linha tênue entre o amor e o ódio | Tema: Brigas por nada, ofensas de graça

No capítulo anterior... "Angela saiu bufando sem nem esperar resposta de Neide. Não estava acreditando que dentro da sua própria casa encontrava empecilhos para ficar com Marcelo. Entrou no quarto batendo a porta fortemente, de fato tinha ficado irritada com a inflexibilidade de sua prima".

Angela: Não Marcelo, vamos com calma porque estou irritadíssima aqui! Broxei com a situação ridícula ali da sala.

Marcelo: Desculpa, você tem razão. Mas não mistura as coisas colocando minha família, a gente nunca fez o teste para saber como seria. Mas enfim Angel, eu não deveria ter provocado, mas para cada ação há uma reação. Você ouviu o que ela falou das flores? Me irritou! Não digo nem o fato dela me ignorar, tem todo direito de não gostar de mim, mas daí a querer arrumar homem para você? Fora a cara que ela fez quando me viu.

Ai Marcelo, que cara de bobo é essa?

Marcelo: Daí ela disse que não sairia?

Angela: Eu nem esperei a resposta, disse que nós sairíamos mesmo correndo risco de sermos vistos juntos.

Angela: Que foi cortado completamente, né? Broxante!

A princípio Angela saiu do quarto com o pensamento de se entender com sua prima, mas não queria se aborrecer mais, no momento seu real desejo era aproveitar ao máximo a companhia de Marcelo. Estava receosa em ter que sair para não serem vistos juntos, mas não tinha alternativa. Saiu procurando Neide pelo apartamento e acabou encontrando-a em seu quarto separando umas mudas de roupas. Como a porta do quarto estava semi-aberta, anunciou sua chegada com uma pergunta.

Angela: Posso entrar?

Neide: Entra!

Angela: Não fica chateada comigo, Neidinha!

Neide: Angela, não quero mais falar sobre isso. Estou fazendo o que você pediu e não sei se volto mais.

Angela: Não fala isso, Neide! É só por essa noite!

Neide: Hoje uma noite, depois uma semana, um mês, até ele mudar pra cá de vez.

Angela: Não fala assim, é só até a poeira baixar. A gente não pode ser visto juntos ainda.

Neide: Angela para, você está querendo me empurrar o dito cujo de goela abaixo, mas não vai conseguir.

Angela: O nome dele é Marcelo, Cinthia. Para de bobeira!

Neide: Não faço questão alguma de pronunciar o nome dele.

Angela: Nossa, porque esse ódio dele?

Neide: Poderia listar várias coisas, mas vou ME poupar e TE poupar. Estou saindo como me pediu, mas quero dizer que ele não é homem para você e que por mim você não estaria com ele.

Angela: Não estou acreditando no que estou ouvindo, Neide!

Neide: Veremos quem está na razão daqui um tempo.

Neide saiu do quarto fazendo menção de ir embora. Angela ficou tão aborrecida com aquelas palavras que resolveu não ir atrás. As duas estavam de cabeça quente e só piorariam as coisas, além do que, iria cortar de vez o clima com o Marcelo, que era sua prioridade no momento. Apesar de boa parte dos familiares e amigos de ambos não apoiarem a união, já estava claro que para eles só importava o amor que tinha brotado entre eles.

Já que o caminho estava livre e já estavam sozinhos, queria retribuir, de alguma forma, a surpresa de Marcelo. Mas como faria isso sem ter que sair de casa? Pensou rapidamente e teve uma idéia bem simplória. Não sabia se ele iria gostar, mas resolveu colocá-la em prática.