— Então, o que é? — perguntou, voltando a beijá-la. — Eu... não posso continuar porque... porque estaria usando você apenas como substituto. — Substituto? — Seu olhar se modificou. — De quem? Dulce respirou fundo: tinha que inventar alguma coisa para não se entregar a ele. Não queria mentir, mas era o único jeito. — De Alex, é claro — falou, odiando-se por mentir. Chris não comentou nada. Levantou-se bruscamente, como se tivesse levado um banho de água fria. — Chris, eu... — Não diga mais nada — falou por entre os dentes. — Quer dizer que todo esse tempo que ficamos juntos fui apenas um substituto do meu irmão? Meu Deus, você não presta! Dulce estremeceu: a reação dele foi mais violenta do que tinha previsto. — Você é muito parecido com ele, não pude evitar - Chris voltou a olhá-la, confuso. — Você já disse isso uma vez, mas éramos completamente diferentes! — Talvez não no modo de ser. Mas, fisicamente.,. Sempre que olho para você me lembro dele. Se permitisse que me amasse, estaria fazendo amor com Alex e não com você. — Entendo — ele disse, abotoando a camisa. — Você realmente amava Alex? — Eu... sim! Mas também sou tudo aquilo que você falou a meu respeito. — Vendo que Chris não a entendia, explicou: — Agora é que tenho certeza de que Alex foi o pai de Kelly. Quando ela nasceu, não pude saber quem era o pai; e Alex nem imaginava que fosse ele. — Porque sabia quem você era! — ele disse cruelmente. — Isso mesmo. Mas eu o amei, e foi por isso que deixei Kelly nascer. — E não posso fazer amor com você porque você se lembra dele? — Exato — ela concordou. — Você me entende? — Ah, sim, entendo. Você acha que somos muito parecidos? — Muito. — Está bem. Eu a verei amanhã. Não quero ser o substituto de ninguém, principalmente do meu irmão — ele disse, saindo calmamente do quarto. O café da manhã teria sido tomado em completo silêncio, se não fossem os murmúrios de Kelly. Chris não estava bravo; seu rosto demonstrava preocupação. Dulce não se arriscava a falar nada, não conseguia acreditar em tudo o que tinha dito. Havia prometido a si mesma não mentir mais e fez justamente o oposto, Chris devia odiá-la; ela mesma sentia ódio do próprio comportamento. Deixara-o declarar seus sentimentos, para depois recusá-lo, dizendo que preferia o irmão. A reação dele foi estranha: de bravo, ficou pensativo, e era assim que estava se comportando naquela manhã. Chris colocou o jornal sobre a mesa. Sorriu para Kelly e olhou para Dulce. — Voltarei para Londres depois de amanhã — informou. — Não terei tempo de arrumar nossas coisas — respondeu, não escondendo a surpresa. — Está muito em cima da hora Chris abaixou-se para pegar o chocalho de Kelly antes de dizer alguma coisa. Seus movimentos eram tranquilos e Dulce percebeu que nunca iam conversar sobre o que tinha acontecido na noite anterior. — Eu disse que voltarei. — Seu olhar era frio. — Nossas férias foram programadas para algumas semanas, não vejo motivo para você se apressar. — Mas eu... Você quer voltar sozinho? — Essa era a minha intenção. — Pegou novamente o brinquedo de Kelly e entregou-o, dizendo: — Se não parar de jogar isso no chão, queridinha, vou tirá-lo de você. A resposta de Kelly foi jogá-lo de novo. Sorriu, alegremente, e disse: — Papai... Dulce não pôde deixar de sorrir. Chris também não resistiu. — Você não quer que voltemos juntos? — ela repetiu, voltando ao assunto. — Não é necessário. Você ficará bem com Kelly. — Mas você... Depois de amanhã? — perguntou, lembrando-se da data. — Exato.
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PLIXXXX
MÃEEEEEE
ESSE FOI PRA VC CCCCCCCC
OK
TE AMUUUUUU
E TBM PRA FESTEJA O DIA EM QUE MINHA PEIMINHA QUERIDA FAZ 8 MESES!!!
*-*
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