— Sim, mas eu... — Hoje seria o primeiro dia em que eu faria amor com uma mulher, desde que nos casamos. E teria feito amor com ela, se... se conseguisse tirar você da cabeça! — Seu olhar estava distante: era uma mistura de angústia e raiva. — Não consegui sentir nada por ela! Nada! — Entendo — ela disse baixinho. — Não, não entende. Você me impossibilitou de fazer amor com outra mulher. Não consigo pensar em nada que não seja você. Minha única opção é deixar que você me satisfaça — Não! — gritou, desesperada, percebendo qual tinha sido a decisão dele. — Ah, sim. Não aceitarei nenhuma desculpa ou recusa. Não há razão para eu não ter o que muitos outros homens já tiveram. — Não, Chris. Você não sabe... — Sei que você vai para o seu quarto, esperar por mim! — Sua expressão continuava perturbada. — Não posso, Chris... — Fará o que eu mandei. Terei você, custe o que custar. Quero me libertar deste feitiço que você me colocou. Vá para o quarto Dulce! Hoje você será minha, nem que seja à força! — repetiu, autoritário. — Estarei lá daqui a dez minutos. Olhou-o, implorando, mas percebeu que ele não mudaria de idéia. Chris estava decidido. — Dulce! — ele a chamou. — Não pense em fugir. Se tentar, irei buscá-la e a trarei de volta, nem que seja à força. Preciso me livrar desse desejo que invadiu o meu corpo, desde a primeira vez que a vi. Dez minutos... Dulce entrou no quarto, chorando. Chris ia forçá-la a fazer amor, sem se importar com os sentimentos dela. Seu corpo estava tenso. Deitou-se na cama, mas não conseguiu parar de chorar. Como é que Chris era capaz de forçá-la? Claro, ele sabia que ela o desejava... Toda vez que se aproximava, sentia que ela o chamava para mais perto. Não teria outra escolha, senão se entregar, e Chris sabia disso. Se era assim que tinha que ser, ele não a encontraria deitada na cama, esperando-o. Levantou-se e decidiu preparar-se para a sua primeira noite com um homem: sua lua-de-mel. Tomou banho, passou uma lavanda pelo corpo e vestiu sua camisola branca. Escovou o cabelo, deixando-o bem macio. Apagou a luz do teto e acendeu o abajur; o clima seria perfeito para a consumação do casamento. Sentou-se na cama e ficou esperando o marido; estava pronta para encará-lo. Não esperou quase nada; logo depois, Chris bateu na porta e entrou. Mediu-a de cima a baixo com o olhar, fazendo com que se sentisse como uma tola; que toda aquela preparação tinha sido perda de tempo. — Quer dizer que quer bancar a virgem para mim. — Sua voz era irônica. — Se isso significa não recusar você, então, está certo — respondeu, percebendo a ironia dele, mas sem demonstrar que o que estava fazendo era verdadeiro. — O que mais poderia ser? — Admita que você não me recusaria. — Chris sentia-se dono da situação. Tirou o roupão, revelando que usava apenas a calça do pijama. (OMGGG, Chris so de calça?) — Não tenho outra escolha. — Não, não tem! Tire essa camisola ridícula e deite-se na cama. — Dulce não se mexeu, — Quer que me sinta um estuprador? Que besteira! Você não tem o direito de usar a cor branca. — Tenho o direito de me aprontar como bem quiser para a lua-de-mel — disse, controlando a mágoa. — Mas não pode usar essa cor, ela implica numa virgindade que você não tem — ele falou, dando uma risada. — Tire isso e deite-se. — Não posso, Chris. — Deite-se — Por favor, Chris, não faça dessa maneira. — Seus olhos castanhos brilhavam, implorando para que ele não continuasse agindo com tanta crueldade. — Terei você da maneira como quiser. Não vejo por que deveria me preocupar com você... muito menos com o que você sente. Vai tirar, ou eu terei que fazer isso? — Como fez na última vez? — Exatamente. Só que desta vez, você não vai escapar. — Sentou-se na cama; seus olhos não desgrudavam do corpo de Dulce. — Chris... — Comece! — Não posso, com você me olhando assim — falou, chorando. — Comece! — Era uma ordem Dulce mordeu o lábio: não teria outra opção. Tirou a camisola . Sentia-se invadida por aquele olhar. — Está satisfeito? — Um pouco. — Sua voz era firme, — Só ficarei totalmente satisfeito depois de tê-la nos meus braços.
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