Fanfic: Amor na medida certa | Tema: Vondy

Amanheceu e Dulce estava deitada de lado em um emaranhado de cobertores, com suas pernas encolhidas e suas mãos entre as coxas. Não tinha coragem de abrir os olhos. Sua cabeça pulsava de dor, e sentia um leve enjoo no estômago. Seus músculos também doíam, provavelmente por conta das danças malucas que ela havia executado na noite anterior. Estava estranhamente quente, mas o calor não a incomodava, só a deixava mais confortável e aconchegada. 

Dulce pensou em abrir os olhos devagar, mas ao sentir algo segurar sua cintura, o fez rapidamente, quase caindo da cama ao ver o rosto de Christopher a centímetros do seu. Os olhos do garoto estavam fechados, e sua boca levemente aberta. Tinha um dos braços dobrado entre sua cabeça e o travesseiro, e o outro, envolvendo Dulce de um modo protetor.
Sua expressão era tão calma, tão serena... Dulce nunca havia o visto tão... Vulnerável... E mesmo assim, o Ucker nunca estivera tão bonito aos olhos dela como neste momento. Agora todo aquele calor estava explicado…
Poderia ter ficado horas o admirando. Memorizando cada traço da perfeição que era seu rosto. Mas antes que pudesse fingir que estava dormindo ou sequer desviar o olhar, os olhos do garoto se abriram. Aqueles olhos penetrantes e hipnotizantes que a cativavam, que a deixavam perdida em seu brilho único e misterioso, a encararam, e Christopher também levou um susto, mas não teve coragem de se mexer. Não teve coragem, também, de parar de fitá-la. Os dois se observavam como se há tempos não se vissem. Como se tivessem acabado de se encontrar e, pela primeira vez, realmente percebessem a presença do outro. 

Dulce não sentia mais dor nenhuma. Seu corpo fora anestesiado no momento em que olhara dentro dos olhos do rapaz, quentes e frios ao mesmo tempo. Christopher, por outro lado, sentia várias emoções de uma vez. Confusão, desejo, ansiedade, excitação... Tudo chegava em ondas, espalhando-se pelo seu corpo gradualmente até que não houvesse mais para onde despejar sentimentos. 

Christopher, sem saber direito o que estava fazendo, moveu sua mão da cintura da garota até seu quadril, e depois até suas coxas. Estava desesperado para senti-la, mas seria paciente, pelo menos uma vez na vida. Calmamente, observou a reação dela, que fechou os olhos e respirou fundo. Os lábios do garoto se curvaram em um sorriso torto, e esticou sua mão até as costas da garota, a trazendo ainda mais para perto. A ponta de seus narizes se encostaram, e Dulce abriu seus olhos para encarar os dele mais uma vez. Ela o queria, mas nunca imaginaria que o sentimento seria recíproco, ou até mesmo que ela algum dia iria admitir isso para si mesma...

- Christopher... - ela sussurrou ao sentir os dedos macios do rapaz subirem pelo seu corpo e passarem por baixo do fino tecido de seu vestido - Eu... - nem sequer se deu ao trabalho de continuar a frase, uma vez que o homem pressionou os lábios contra os seus. Dulce, ao contrário do que pensara, não ficara paralisada, e retribuiu o beijo com ferocidade, tentando ao máximo acabar com o mínimo espaço entre os dois. Há essa hora, nenhum dos dois se preocupava com mais nada. A única coisa que passava por suas mentes era que tinham que experimentar mais um do outro, e assim o fizeram. 
O garoto empurrou a levemente, ficando por cima da garota e mais uma vez juntando seus lábios em um beijo mais intenso. Christopher não precisou pedir passagem com a língua, e sorriu ao sentir a garota envolver sua cintura com as pernas. Não importava se alguém entrasse no quarto nesse momento, ou se alguém já estivesse dentro do lugar os observando. Os dois estavam pegando fogo! Não iriam parar agora. Não conseguiriam. "O que estaria acontecendo?", ambos se perguntavam. Não havia mais dúvida de que se sentiam atraídos um pelo outro, mas até onde essa atração chegaria? Christopher começou a se sentir culpado. Até onde estaria disposto a levar aquele sentimento, mesmo sabendo que isto não era certo? Bem... Certamente até onde pudesse…
As mãos de Dulce percorriam toda a região do torso de Uckermann por baixo de sua camisa social, o arranhando com suas unhas grandes. Christopher, apesar da dor, não reclamava. Como poderia reclamar, sendo que esperava por aqueles toques da garota desde que se conheceram? 

Por outro lado, o garoto depositava beijos e mordidas por todo o pescoço de Dulce. Sabia que aquilo, seja lá o que fosse, alguma hora acabaria indo longe demais. Não queria admitir que alguma hora, as consequências do que estavam fazendo iria vir à tona, mil vezes mais fortes que todas aquelas emoções que estavam presenciando naquele momento. Mas quem era Christopher para questionar o que seu corpo o mandava fazer? Quem era ele para desperdiçar a chance de sentir o gosto de Dulce, mesmo que apenas uma vez? Uckermann nunca ligara para o futuro, e não seria agora que deixaria de viver o presente para concertar aquilo que eventualmente seria feito.
Dulce se segurava com todas as suas forças para não arrancar a camisa do garoto de uma vez, e Christopher tentava se contentar em manter suas mãos nas suas coxas e bumbum da garota, e nelas apenas. Os dois não queriam parar, parte porque estavam gostando, e parte para evitar ter de explicar o que haviam acabado de fazer. Mas chegou uma hora em que o ar faltava em seus pulmões, e relutantemente desgrudaram suas bocas.
Christopher sorriu torto com a imagem da com os lábios vermelhos, e a garota corou levemente. "Como ele conseguia ser tão… sexy?” Dulce pensava enquanto observava a expressão divertida de Uckermann. Ele a olhava com admiração. Tinha quase certeza que isso estava escrito em sua testa, estampado em seus olhos. Tanta certeza que, de fato, acertou sua próxima pergunta:

- O que foi? - a voz rouca da menina entrou em seus ouvidos pela primeira vez no dia.
- Nada… - ele respondeu, percebendo finalmente que ainda a segurava em seus braços, e se afastando devagar. Não queria fazer aquilo. Não queria ter que ficar longe da pele branca e macia de Dulce, mas não queria tornar aquele momento ainda mais constrangedor.
- Christopher… - Dulce falou, agora se apoiando em seus cotovelos - Fala. - sua voz estava firme, mas seus olhos mostravam insegurança. "Por que a mudança repentina de humor?", ela pensava. Teria feito algo errado? 
- Eu só… Droga, eu não sei, Candy… - ouvir seu apelido saindo da boca de Christopher deveria acalmar Dulce, mas ao invés disso, ficou mais nervosa. - Eu não sei o que está acontecendo, é só isso…
- Uh… O que isso significa exatamente? - a perguntou, agora sentada de frente para Christopher.

Aquilo era exatamente o que o garoto estava tentando evitar. Não queria falar o que estava pensando, por mais que as palavras quisessem sair de sua boca. Por um segundo, até desejou que nada disso tivesse acontecido, mas na verdade, imaginava esse momento fazia tempo. E o pior de tudo isso era aquele sentimento de confusão. Maldito sentimento era aquele. Sua única certeza era de que o que havia de errado com Christopher Uckermann, nem ele mesmo sabia responder…

- O que isso significa?! - Ucker elevou o tom de voz, finalmente encarando a garota ao seu lado - Isso, Dulce, significa que eu estou confuso. - Uckermann, a esse ponto, já estava de pé, e Dul fez o mesmo. Christopher se aproximou de Dulce em dois largos passos, pegando sua mão e a posicionando em seu peito - Você está sentindo isso, Dulce? Está? - Ele perguntou. Parecia irritado aos olhos da garota, que sentia o coração de Christopher martelar em seu peito. - É isso o que acontece quando você me toca. É isso o que você me faz. - ele soltou a mão de Dulce, se virando de costas para ela. - Eu sinceramente não sei mais o que fazer… Caso você não tenha percebido, - Uckermann fez uma pausa, lentamente direcionado seu olhar para a menina, que estava sorrindo - Você, Dulce Saviñón, está me enlouquecendo… - Rapidamente Dul abriu a boca para falar algo, mas o seu celular começou a tocar. Ela respirou pesarosamente e atendeu.
- Bom dia, gatinha! – Anny falava animadamente do outro lado da linha.
- Não tinha outra hora para ligar, não? Eu estava ocupada.
- Tem alguém ai com você, Candy? – A loira já perguntava fazendo uma expressão de surpresa.
- O Ucker, por quê? – Dul perguntou, confusa.
- AI MINHA SANTA BARBIE DO OLHO AZUL. – Anahí gritava do outro lado da linha, fazendo Dulce se distanciar um pouco do celular devido aos berros da amiga. – Fico feliz de saber que o Ucker conseguiu executar o plano com perfeição e agora são mais do que amigos. – Anny pulava e dava gritinhos até perceber que se estabeleceu um silêncio continuo na linha. “Ai não, por que eu falei isso?”
Ao ouvir as palavras de Anny, Dulce saltou no pescoço de Ucker o esmurrando violentamente.
- Plano é? Estava todo esse tempo me fazendo de babaca. Seu cretino, nojento, asqueroso, idiota. – Candy gritava enquanto Ucker tentava segurar os braços da garota enfurecida. Que o puxou pelos cabelos até a porta e o chutou para fora.
- Vai pagar caro por isso! – Exclamou a ruiva enquanto batia a porta com toda a força, em seguida se encostando-se à parede e se desmanchando em lágrimas.

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Olá leitoras mais lindas, amadas, queridas e simpáticas do mundo *-* como vocês estão? 
Queria começar me desculpando pela falta de comédia romântica e felicidade nesse capítulo, mas meu estado sentimental psicológico está destruído. Provavelmente só irei postar amanhã, o que acharam desse capítulo? :3

scarlettdl: Ai amor, você não viu nada ainda, isso não é nem 1/3 das cenas hot que eu faço, essas foram bem fraquinhas kkkkk <3

jack_: Eu avisei que teria cenas assim, awn ahah. Obrigada baby *-* 

ib_vondy: A Mai e o Pollito estão comportados ainda (AINDA) hahahahah. 

dihvondy: O Poncho está necessitado, coitado kkkk. Christian ainda vai surpreender muito com essas safadezas kkk. Te surpreendi, aposto que todo mundo estava esperando que a Maria brigasse com o Ucker por vê-lo na cama dela, mas ao invés disso ela retribuiu todo o carinho, awn. Isso é verdade, PLL dá raiva as vezes, mas é impossível parar de assistir :3. E aliás, feliz cumpleaños lindaaaaaaaaa, espero que tenha um dia perfeito *-* <3

Amores, o que estão achando da web? Últimamente as pessoas não tem a favoritado, e isto está me deixando em dúvida se ela está boa ou não. Estou passando por algo difícil hoje, há exatamente 1 atrás eu recebi um transplante de medula, e isso me salvou, pois eu tinha câncer no sangue (leucemia). Tudo ocorreu bem, mas de uma semana para cá, as defesas do meu organismo estão se enfraquecendo e tem aparecido manchas roxas pelo meu corpo, estou fazendo vários exames para ver se o câncer voltou. Sei que não devia deixar meu estado sentimental entrar na fic, mas mal consigo me concentrar sabendo que posso estar doente novamente. Peço a compreensão de todas. Até amanha minhas lindas, xoxo.

                                                                                        ♥