Fanfic: Amor na medida certa | Tema: Vondy

- Olha, olha, a Drama Queen está chegando! - Christopher disse, acima do barulho comum do refeitório cheio de gente. E é claro, suficientemente alto para Dulce ouvir. 
- Sentiu tanto a minha falta que precisa me anunciar assim que chego à mesa? - ela perguntou, irônica. 
Até hoje, nenhum dos amigos de Dulce e Christopher entendiam o porquê das brigas dos dois. Nunca. Desde que viraram amigos, Dulce e Christopher brigavam, discutiam, e saíam no tapa, dependendo do humor de Dulce para estragar as unhas bem feitas para bater em Christopher - que não podia revidar, é claro. As brigas eram quase sempre bobas, como xingamentos, e elogios irônicos, mas quando Dulce ou Christopher ficavam de saco cheio um do outro, era bonito de se ver.Dulce rompia em lágrimas de raiva, e batia em Christopher. Christopher sempre quis revidar os tapas, socos, chutes e outras agressões que Dulce o fazia sofrer, mas sempre que chegavam a esse ponto, Poncho e Christian seguravam Christopher para que não pudesse machucar Dulce de verdade. E depois disso, começava a discussão geral - Poncho e Christian ficavam ao lado de Christopher, enquanto Anahí e Maite ficavam ao lado de Dulce. 
O problema era que Anahí e Poncho começaram a namorar, no primeiro ano do ensino médio, e Maite e Christian também namoram, desde o segundo ano. Então, não era mais aquele esquema de meninas contra meninos. Era Dulce contraChristopher, e Christopher contra Dulce, e seja o que Deus quiser. 
Esse grupo de amigos era bem popular na escola que estudavam desde a primeira série. Eram conhecidos, amigos de muitas pessoas. E, bem, não caía muito bem quando Dulce fazia de Christopher seu "saco de porradas". E era daí que vinha o plano dos quatro - juntá-los. Afinal, dizem que o ódio é uma emoção apaixonada. 
- Nem comecem - disse Poncho. - Já me basta aquela última discussão da aula de Física. Não entendo o que vocês têm um contra o outro. 
- Poncho, querido - Dulce começou, irônica. - Não é uma coisa para se entender. Afinal, estamos falando de Christopher. E todos aqui presentes concordam comigo ao dizer que Christopher não é uma coisa simples de se entender. 
- Uau, hein Dulce? Realmente me ofendeu nessa. Estou perdido depois de tantas palavras frias - ele disse, fazendo bico. 
- Chega, Christopher, Dulce. Parem com isso! Já estamos quase nas férias de inverno e vocês ainda estão com essas briguinhas idiotas. 
- Ele que é insuportável! - resmungou Dulce, se levantando. 
- Aonde você vai? - perguntou Mai.
- Vou ao banheiro - disse. 
- De novo, Dulce? O que você tanto faz nesse banheiro? - Christopher perguntou, rindo internamente. 
- Vou abrir a Câmara Secreta, babaca - ela resmungou, e saiu andando, deixando os amigos rindo de Christopher. Dessa vez, Dulce ganhara. 

Ao fim do dia, estavam os amigos reunidos na casa de Mai para ver um filme que ela alugara. Estavam todos no sofá, Mai estava quase colocando o DVD quando fingiu lembrar somente agora de fazer pipoca e pegar refrigerante. 
- Ih, esqueci da pipoca. Quem vai fazer? 
- Como assim, quem vai fazer? - riu Christian. - A casa é sua. 
- Mas eu vou arrumar o DVD, Pollito - ela piscou, cúmplice para Christian. 
- Eu não posso ir - disse Anahí. 
- Por que não? - perguntou Dulce, olhando a amiga, séria. 
- Porque estou ocupada com meu Poncho agora - ela disse, sorrindo boba, e abraçando Poncho. 
- Vai lá, Dulce - disse Christopher, rindo-se. 
- Você sonha, não Christopher? 
- Vão os dois - disse Christian, se segurando para não rir. - Não querem ficar segurando vela, querem? - Christian puxou Mai pela mão, até o colo dele. 
- Eca - disseram Christopher e Dulce no mesmo segundo. 
- Vão lá, meus amores - Anny disse, em um estilo "mãe carinhosa". 
Dulce foi para a cozinha, e Christopher foi atrás dela, deixando os amigos sussurrando um para os outros, a primeira "vitória". 
- Se eles não se matarem na cozinha, já é um avanço. 
- Se eles não matarem a cozinha - corrigiu Mai. - Minha cozinha nunca mais será a mesma - ela fungou, e depois fizeram silêncio para escutar os amigos. 
Na cozinha, Dulce procurava a pipoca, enquanto Christopher olhava a geladeira a procura de um refrigerante que gostasse. 
- Oba, pipoca com manteiga - ela sorriu, pegando o pacote de pipoca. 
- Manteiga? Não vai engordurar suas lindas unhas? - Christopher riu, com a cabeça ainda na geladeira. 
- Ah, vá a merda - Dulce empurrou a porta da geladeira, quase prendendo Christopher lá dentro. 
- Sua idiota - ele disse, com raiva. - Você podia ter me "decaptado"! 
- Meu bem, é melhor aprender a falar - Dulce colocou a pipoca no microondas, revirando os olhos. - E você tem sorte de eu estar de bom humor hoje. Se não, tinha o "decaptado" mesmo. 
- Bom humor? Não quero lhe ver mal humorada - ele começou a rir. 
- Pega logo a merda do refrigerante - resmungou Dulce. 
Enquanto Christopher pegava a Coca-Cola na geladeira, Dulce tirou o moletom escuro que vestia por cima da blusa branca, comentando para si mesma que estava com calor. 
- Não aguenta ficar no mesmo ambiente que eu, Dulce? Sou muito quente para você? - Christopher perguntou, com copos nas mãos. 
- Cale a boca - ela resmungou, revirando os olhos com força. A pipoca demoraria três minutos para ficar pronta isso era igual a três minutos sozinha com Christopher. Perdão, inferno. 
- Tudo bem. Posso fazer coisas melhores com a boca - Christopher se aproxímou lentamente de Dulce, que soltou um silvo de nojo. 
- Se chegar perto esse orifício que você chama de boca da minha boca, juro que quebro sua terceira perna - Dulce disse, angelical. 
- Quebra, é? - ele perguntou, agora encurralando ela entre a parede e o corpo dele. Dulce sorriu. 
- Danifico permanente. Soa melhor? 
- Não - ele sorriu, e encostou os lábios com os de Dulce. Sabia que aquilo iria irritá-la mais do que qualquer ofensa, do que qualquer coisa. Mas Christopher achou estranho que Dulce não se mexeu. Pensou que estivesse gostando por um segundo. Até que um dos pés de Dulce subiu com força para o meio das pernas de Christopher. 
- Mais três segundos, e você não teria mais filhos - ela cuspiu, limpando a boca no braço. Christopher estava com dor demais para responder, com lágrimas nos olhos. Estava com tanta raiva, que jurou que ia fazer aquilo de novo, e a faria gostar. Nem que morresse tentando. 
- Você gostou - ele disse, quase gemendo. 
- Não, lindinho - ela piscou, pegando a pipoca. - Eu detestei. 
Ela pegou o refrigerante, e os copos, a pipoca, e depois jogou um saco de pipoca em cima de Christopher, o avisando para fazer mais. Ao chegar à sala, logo Poncho perguntou: 
- Cadê o Ucker? 
- Fazendo mais pipoca - Dulce disse, porém abriu um sorrisinho malvado que só ela sabia como. As meninas já tinham certeza: Christopher não tinha plena saúde na cozinha. 

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Olá bebês, irei postar amanhã mesmo que não haja comentários (mas se quiserem encher de comentários eu fico bem feliz *-* hahah). Espero que gostem desse primeiro capítulo, xoxo. 

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