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CAPÍTULO 6 Mal acabou de calçar os sapatos, ouviu outra batida, mas na porta de comunicação. Embora a tensão voltasse a atacá-la, Claire notou que Christopher estava obedecendo as próprias regras, pois a porta não se abriu. Adiantou-se para abri-la, aceitando o pedido de licença de Lissa, que desapareceu como em um passe de mágica. — Onde está Maite? — Dulce inquiriu em um sussurro. A avó riu alto e avisou: — E você — ela voltou a encarar Dulce, — volte amanhã, para decidirmos sobre o seu vestido de noiva. Tentaremos fazê-la parecer dez anos mais velha, a fim de poupar esta família de mais um escândalo.
Ansiosa pelo teste que enfrentaria em breve, Dulce examinou com rapidez as roupas em seu novo guarda-roupa, decidindo-se por um vestido de linho cinza, que ela seria capaz de vestir sem ajuda.
Enquanto empenhava-se na árdua tarefa de calçar meias de seda com apenas uma das mãos, deu-se conta de que seria impossível fechar o zíper do vestido, nas costas. Já estava prestes a escolher outro traje, quando ouviu uma batida na porta.
Abriu apenas uma fresta e espiou, e respirou aliviada ao descobrir que Christopher não a apanharia semi-nua novamente. Satisfeita, pediu à criada que entrasse.
— Ainda bem que você chegou! — exclamou, entusiasmada. — Fala inglês?
— Sim, senhora.
— Poderia, por favor, ajudar-me com o zíper do vestido?
Correu até a cama e apanhou o vestido, olhando para o relógio pela centésima vez, lamentando o fato de não poder descansar um pouco. Seu pescoço doía muito, pois havia sustentado o peso da tipóia o dia todo.
Para não mencionar o estresse e a tensão a que fora submetida.
— Como se chama? — perguntou, ao ouvir o ruído do zíper subindo por suas costas.
— Lissa, senhora.
Dulce perguntou-se se a moça tímida presenciara o beijo ardente que Christopher lhe dera, antes de entrarem na casa.
O que trouxe de volta as sensações arrebatadoras provocadas pelo contato, assim como a lembrança do corpo musculoso e viril, quando ela entrara no quarto dele sem bater. Ora, pensou, ao ser percorrida por um forte arrepio, aquela não era uma boa hora para pensar naquele tipo de coisa.
Cerrando os dentes e empinando o queixo, Dulce respirou fundo e abriu a porta.
E sentiu-se envolvida pela onda de sensualidade que aquele homem emanava, enquanto ele a examinava cuidadosamente da cabeça aos pés.
— Estou bem? — ela perguntou, ansiosa.
Para sua consternação, Christopher soltou uma risada e sacudiu a cabeça, voltando a baixar os olhos. Dulce fez o mesmo, descobrindo de pronto o motivo da reação dele. O vestido era muito, muito curto. No mesmo instante, imaginou o que uma senhora de noventa e dois anos pensaria, ao vê-la.
— Vou trocar de roupa — declarou, virando-se para o quarto de vestir.
— Não vai, não —Christopher a impediu, segurando-a pela mão — Está muito bem, assim.
— Não foi o que pensou, quando me viu.
Ele a surpreendeu com mais uma risada.
— Você não vai querer saber o que eu estava pensando — murmurou. —Agora, vamos.
Segurou a mão dela com firmeza, conduzindo-a pelos corredores da mansão imensa. Em silêncio, Dulce deixou-se levar, sentindo a mão dele quente e reconfortante, o que a deixou ainda mais confusa.
A outra ala da casa era muito diferente daquela onde estavam hospedados. Não havia luz natural, e o silêncio chegava a ser excessivo.
— O berçário fica em outra ala. Maite não será apresentada à minha avó, hoje.
— Pensei que ela fosse o principal motivo de estarmos aqui.
— Minha avó tem noventa e dois anos, e vive de acordo com padrões morais muito diferentes dos nossos. Não vai reconhecer Maite como neta, enquanto não estivermos casados.
Dulce fechou os olhos, concluindo que estava prestes a conhecer uma velha puritana, que a rotularia de “mulher perdida” por ela ter sido tão irresponsável com seus favores sexuais.
Deu-se conta de que o vestido curto fora mesmo um grande erro quando, parada ao lado de Christopher, foi examinada pela avó dele como se fosse um cavalo em leilão.
A mulher parecia muito magra e muito frágil, acomodada em uma cadeira de balanço antiga, que combinava com o restante da mobília.
O quarto estava escuro, graças ao biombo aberto diante da janela, além de quente e abafado. Mesmo assim, a avó de Christopher estava envolta em xales e cobertores que só deixavam à mostra seu rosto e suas mãos. Apesar de parecer tão doente, seus olhos castanho-claros mostravam-se alertas, e ela falou algo em grego, ao que Christopher respondeu prontamente.
— Deveria ter vergonha de si mesmo! — passou a repreendê-lo em inglês.
— Tem toda razão — ele concordou, bem-humorado. — O muito velho e o muito jovem. Ambos parecem governar minha vida.
— Conversarei com você mais tarde.
Então, fixou o olhar atento em Dulce, que sentiu o corpo todo tenso. A mão que Christopher pousara em seu ombro fez um afago quase imperceptível. Como ele parecesse totalmente à vontade, ela tentou se convencer de que tudo corria bem.
Demonstrando possuir a mesma capacidade do neto para ler os pensamentos alheios, a velha senhora declarou:
— Está morrendo de medo de mim, não está? Quer saber o que vou dizer sobre você, com seu vestido curto e pernas longas o bastante para seduzir um santo. Sua mãe não lhe ensinou que os homens são criaturas fracas?
— Minha mãe morreu — Dulce replicou.
— Então, seu pai — a outra sugeriu, sem se abalar.
— Ele também morreu — Christopher interferiu, com um leve tom de advertência na voz. — E ferir os sentimentos dos outros é inaceitável, mesmo para uma velha moribunda.
Dulce ficou chocada com o que ouviu, mas a velha voltou a encarar o neto e ordenou, impaciente:
— Ora, venha cá! Quero o meu beijo agora mesmo!
Ele obedeceu, aproximando-se da cama e inclinando-se sobre a avó. Os dois se abraçaram e beijaram, murmurando palavras gregas com voz suave.
— Agora, você! — a voz autoritária comandou, dirigindo-se a Dulce, que atendeu de pronto. — O que houve com sua mão? — a velha senhora perguntou, depois de ser beijada.
Quando Dulce explicou o motivo do gesso, ela afastou o cobertor e revelou o braço esquerdo, deixando claro que não conseguia movimentá-lo. Obedecendo a um impulso inexplicável, Dulce inclinou-se para depositar mais um beijo na face enrugada e, quando se endireitou, reconheceu uma sombra de tristeza e vulnerabilidade nos olhos experientes. A voz, porém, continuou soando firme.
— Agora, tratem de se retirar. Estou muito cansada. Quero ver você mais tarde, Christopher, antes de me deitar.
— Está bem — ele concordou, dando a Dulce a impressão de que a visita noturna era um hábito, quando ele se encontrava na Grécia.
Mais um? Dulce ficou curiosa, mas Christopher pousou a mão em suas costas, conduzindo-a para a porta.
— Gosto dela exatamente como é — ele declarou por cima do ombro.
— Pensa que não sei disso? — a avó retrucou em tom zombeteiro.
Christopher riu e fechou a porta atrás de si.
Autor(a): missycrazy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 339
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marlyvondy Postado em 14/10/2009 - 08:51:32
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marlyvondy Postado em 14/10/2009 - 08:38:58
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marlyvondy Postado em 14/10/2009 - 08:28:02
Amy!!!posta por favor
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natyvondy Postado em 05/09/2009 - 21:11:40
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natyvondy Postado em 05/09/2009 - 21:11:39
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natyvondy Postado em 05/09/2009 - 21:11:38
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natyvondy Postado em 05/09/2009 - 21:11:37
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