Fanfics Brasil - Parte III • ๋○Rede de Mentiras ○ ๋• {ADAPTADA} {DyC}

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Capítulo: Parte III

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Parte III



Na manhã seguinte, Dulce acordou e se deparou com Althea parada ao lado de sua cama, segurando uma bandeja que continha seu chá predileto e torradas. Surpresa, ela bocejou e esfregou os olhos.
— Olá! Quando chegou? — perguntou.
— Ontem, tarde da noite — Althea respondeu com um sorriso. — O senhor Christopher recomendou que a deixássemos dormir, hoje, mas a avó dele quer vê-la.


O que não poderia ser discutido, Dulce concluiu, deixando que a criada lhe servisse o chá. Depois disso, as duas se envolveram na rotina matinal que haviam estabelecido em Londres. Meia hora mais tarde, banhada, penteada, vestindo roupas simples, porém elegantes, Dulce encaminhava-se pelos corredores, a fim de atender ao chamado irrecusável. Althea a acompanhava, conforme havia ordenado a matriarca. Ela bateu na porta do quarto e as duas aguardaram a resposta:
— Entrem!
O quarto parecia diferente da véspera. O biombo fora retirada da janela, para que a luz do sol pudesse entrar, e colocado a um canto do aposento.
A velha senhora estava sentada em sua cadeira, parecendo impaciente e contrariada.
— Isso são horas de acordar? — ela criticou. — Neste país, temos o costume de sair da cama ao amanhecer.
Sabendo que ainda eram nove horas da manhã, Dulce sorriu diante de tamanho exagero.
— Bem, ao menos, vim direto para cá, antes mesmo de ver o meu bebê.
— Que bebê?
Só então, Dulce lembrou-se de que não deveria mencionar Maite. Permaneceu calada sob o olhar astuto da mais velha que, após alguns instantes, virou-se para Althea e disse:
— Vá buscar o vestido que está pendurado na porta do meu quarto de vestir.
Assim que a moça se retirou, Dulce foi convidada a se sentar ao lado a avó de Christopher.
— Agora, trate de me contar o que fez para deixar meu neto perturbado — ordenou. — Ele esteve aqui, pela manhã. Estava mal-humorado e nervoso. Vocês brigaram?
Não, Dulce pensou com ironia, nós nos beijamos até não podermos respirar. Então, eu o empurrei e ele desapareceu.
— Não vejo Christopher desde que saímos daqui, ontem —respondeu, evasiva.


— Aposto que mencionou a primeira esposa dele — a velha decidiu.
— Não! — Dulce negou, tensa.
Os olhos castanho-claros, tão cheios de vida, se comparados ao corpo envelhecido e doente, fixaram-se nos de Dulce, como se tivessem o poder de penetrar-lhe a mente.
— Aceite o meu conselho, jovem. Se gosta de Christopher, nunca fale nela.
Dulce limitou-se a assentir, chocada pela paixão com que a mulher defendia o neto, além de confusa com o tabu criado em torno da primeira esposa de Christopher.
— Ele não precisa que ninguém cutuque suas feridas, especialmente uma jovenzinha inglesa, de pernas longas e tentadoras. — Então, exibiu um sorriso de prazer, ao ver Althea entrar no quarto. — Ah! Era isso o que eu queria lhe mostrar!
E o outro assunto foi encerrado, deixando Dulce a especular quanto Christopher amara a esposa, para a avó se preocupar tanto com a fragilidade dos sentimentos dele.
Então, lembrou-se de que fora chamada de “jovenzinha” e não conteve um sorriso.
— Qual é a graça? — a voz rude inquiriu. — Não gosta do meu vestido?
Vestido? Dulce franziu o cenho, focalizando os olhos no que Althea segurava com cuidado, para que a saia longa não tocasse o chão.
— Ah! — exclamou, levantando-se. — É maravilhoso!


— Vejo que gostou — a velha senhora concluiu, satisfeita, mas logo retomou a atitude rígida. — Foi o vestido com que me casei. Agora, é seu.
— Ah, mas eu não posso...
Dulce não teve chance de protestar.
— É claro que pode! É o meu desejo! Por isso, trate de prová-lo. Veremos que eu não era muito diferente de você, quando jovem.
A avó de Christopher parecia muito animada, como se houvesse recuperado muitos anos de sua vida. E foi por isso que Dulce não teve coragem de insistir no protesto, embora o vestido a fizesse sentir-se uma grande fraude.
Ali estava ela, enganando uma velha moribunda.
Quando emergiu de trás do biombo, depois de contar com a ajuda de Althea para trocar de roupa, já estava apaixonada pelo vestido.
Confeccionado em finíssima renda, sobre um forro de seda pura, parecia ter sido feito sob medida para ela. Exceto pelo fato de estar um pouco curto, mal alcançando seus tornozelos. Mas isso não fazia a menor diferença.
O vestido traduzia toda a poesia da década de vinte. Era, simplesmente, maravilhoso.
E o brilho das lágrimas de alegria que iluminou os olhos da avó justificaram seu prazer em vesti-lo.
A mais velha suspirou e murmurou algumas palavras em grego, parecendo maravilhada com o que via.
Talvez estivesse vendo a si mesma, Dulce pensou.


— Está linda — a mulher murmurou. — Acredita, agora, que já fui jovem e elegante?
Dulce não conteve uma risada, embora continuasse se sentido uma fraude.
— Vai usá-lo na semana que vem, quando se casar com meu neto. E ele vai abençoar o dia em que a conheceu, pois esse vestido traz sorte — prometeu, sem fazer idéia de que Dulce não ouvira mais nada depois de “semana que vem.”
— Tive cinqüenta anos de felicidade com meu marido, antes que o câncer o tirasse de mim. Você terá a mesma sorte. Escreva as minhas palavras, menina.


— A situação está fugindo ao controle, Christopher! — Dulce protestou no escritório de Christopher, para onde se dirigira no momento em que deixara os aposentos da avó dele. —Ela quer que eu use o vestido que foi dela!
— Você não gostou?
— É maravilhoso, mas ela ama o vestido.., e ama você. Mas, aqui estamos nós, tentando enganá-la de todas as maneiras possíveis!
A única reação de Christopher foi baixar os olhos e voltar a erguê-los. Então, Dulce notou que ele voltara a ser o homem de gelo, como se o incidente da véspera não houvesse acontecido.
— Faça alguma coisa! — insistiu, frustrada.
— O que quer que eu faça? Que vá dizer a ela que tudo não passa de uma grande mentira?
— Não — Dulce murmurou com um suspiro. — Sinto-me horrível! Detesto mentiras e, mesmo assim, estou mentindo para todas as pessoas com quem converso.
— Ela está feliz?
— Sim — ela admitiu com relutância.
— O vestido caiu tão bem em você quanto caiu bem nela, há mais de setenta anos?
— Sim.
Christopher riu.
— Ela me garantiu que seria assim — contou. — Ontem à noite, depois de ter conhecido você, ela fez uma aposta comigo. Se o vestido ficasse bem em você, eu deveria comprá-lo. Além de gostar de apostas, vovó continua se divertindo ao me provocar.
Sim, pois dessa maneira, conseguia prolongar um pouco mais o tempo breve que lhe restava. Dulce baixou os olhos, enxergando o que a consciência pesada a impedira de ver. Christopher estava disposto a fazer qualquer coisa para manter a avó viva.


Naquele dia, ela tinha o vestido de noiva como motivo para viver. No dia seguinte, outra coisa surgiria para ocupá-la. Então, começariam os preparativos para o casamento. Depois, havia a neta para conhecer...
Sem perceber o que fazia, Dulce entrou no jogo.
— Ela quer que nos casemos na semana que vem —murmurou. — Talvez, se eu insistir em adiarmos a cerimônia até tirar o gesso...
Christopher sacudiu a cabeça e sua expressão grave explicava o motivo da negativa.
— Ela não tem tanto tempo? — Dulce indagou.
Em vez de dar uma resposta direta, ele disse:
— Vovó sabe o que está fazendo. Deixe que ela determine o ritmo das coisas.
Abalada por tal perspectiva, Dulce virou-se para a porta.
— Vou ver Maite — declarou.
— Dulce posso ocupar mais um minuto do seu tempo? inquiriu a voz sempre controlada. Gostaria de avisá-la que daremos uma festa, amanhã à noite. Minha família deseja conhecê-la antes do casamento. Por isso, faremos uma... festa de noivado, por assim dizer.
Dulce teve de respirar fundo, a fim de conter uma explosão.
— Não — sibilou.



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Autor(a): missycrazy

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  • marlyvondy Postado em 14/10/2009 - 08:51:32

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  • natyvondy Postado em 05/09/2009 - 21:11:37


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