Fanfic: NEIGHBORS ♡ | Tema: Rebelde

Seu perfume, doce quanto seu nome, pairou no ar juntamente com o cheiro de álcool. Seu corpo quente tão perto do meu, estava me deixando desnorteado.

Mordi os lábios quando ela levantou minha camisa e puxou o que queria. Estava boquiaberta.

- Eu não acredito! – Disse.

- Olha, eu posso explicar.  – Digo nervoso.

- Ah pode? – Me olhou debochada. – Então se explique. – Cruza os braços e eu bufo.

- Olha... Você tem que me agradecer.

- Agradecer por você pegar o vídeo mais constrangedor da minha vida? – Pergunta sarcástica. – Oh, claro, muito obrigado.

- Espera, você ainda não me deixou terminar. – Ela revira os olhos. – Eu peguei o DVD, porque se eu não tivesse pegado, o Bruno teria pegado. – Eu não estava mentindo.

- Uhum, o Bruno. O via/dão. – Diz irônica.

- Não posso fazer nada se não acredita em mim. – Dei meu sorriso de lado, a fazendo subir os cantinhos de seus lábios ainda de braços cruzados.

- Por que cê queria me ver pelada? – Pergunta sem me olhar, pegando seu copo novamente. E eu sorri e continuei a olhando até ela me olhar no rosto e sorrir da minha expressão.

- Quer mesmo que eu te responda? – Ela riu.

- Idiota. – Revirou os olhos.  Se encostou na parede, cruzou as pernas e continuou bebendo de seu canudinho. – Sabe... – Começa a falar e eu a olho. – Pensei que só tivesse olhos para Frida.

- Quem? – Franzo o cenho.

- Anahí. – Explica e eu rio lembrando do apelido.

- Oh sim. Ah, por mim eu casava com as três sem problemas.  E você podia me dar o DVD, né? Porque achado não é roubado. – Ela gargalha, mas não por muito tempo, olha em uma direção e interrompe seu riso.

- Meu Deus, não! – Olhei na mesma direção que ela, e lá estava...

Maite estava no palco empurrando a vocalista e pegando o microfone.

- Helou gentxi. Me chamo Janaína, mas podem me chamar de Janaína. – Acreditem se quiser a “platéia” toda aplaudiu, claro tava todo mundo bêbado a beça. – E eu vou cantar pra vocês a música I Wanna Dance With Somebody. – Ela falou tudo enrolado. – Da nossa queridíssima falecida Britney. – Levantou o microfone e bateu palmas para si, acompanhada pelo bar em peso. Nem conseguiram diferenciar Whitney de Britney.

- Uhuuul! – Escuto Christian gritar.

Ela só cantava a última parte das palavras, dava uns gritos se sentindo a própria Whitney e mais dançava que cantava, eu não a culpava o ritmo daquela música é muito bom. Eu e Dulce gargalhávamos e nos juntamos ao resto do grupo, cantamos junto. Com a ajuda da platéia, Maite terminou sendo aplaudida.

- Agora é minha vez. – Disse Annie pulando no palco com a ajuda de Poncho. – Girls Just Want to Have Fun... Girls...- Começou a cantar a capela sozinha, sem nem o acompanhamento da  banda, Maite a olhou boladona e  Christian subiu no palco tomando o microfone da loira.

- Vamo botar ordem nessa bagaça aqui! – Disse e foi ovacionado pela platéia. – Dj! – Ele gritou pelo homem imaginário. – I Want To Break Free, pufavô. – Disse sério e todos gritaram animados.

Olha, se me perguntarem sobre isso no futuro, negarei até a morte e caso seja descoberto colocarei a culpa na bebida.

De repente, estávamos os sete no palco cantando o som de Queen. Não existe fã hétero quando toca essa música. Mas eu juro que cantei e agi como hétero a música inteira. Ok, não vou mentir, soltamos a franga cantando.

Que horror, que vergonha...!

Eu nunca vi Poncho tão g/ay, quanto naquele momento. Ele jogava o pescoço. A bic/ha louca que vive dentro dele estava a ponto de explodir. Sairia purpurina pelos olhos dele. Vou nem comentar sobre o estado de Christian e Bruno, pareciam melhores amigas bich/as de todos o sempre. Eu estava uma loucura também. Tequila, Tequila e Tequila, ela seria a minha desculpa! Espero não lembrar daquilo nunca mais.

As garotas sumiram da minha vista, mas quando virei o rosto pude vê-las. Maite e Dulce se agarraram ao mesmo pole dance, como quem tenta subir num pa/u de sebo. Estavam descalças, Maite estava pouco acima da cabeça de Dulce. Ambas abraçavam o poste, enquanto Annie estava de costas para o palco e fazia o que julgara ser uma dança sensual, para uma platéia imaginária.

 ...