Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni

[Anahi  narrando]

Eu não sabia há quanto tempo eu estava ali sentada naquela praça sem me mexer, sem ter alguma reação. Os bancos, os balanços, tudo... Já estava vazio há muito tempo. Como foi que eu não vi as pessoas indo embora? A única coisa que eu via, era a movimentação do Rosy’s logo em frente, há alguns metros. Eles ficavam abertos até muito tarde de quarta a domingo.

Eu tentei de toda a forma, afastar os pensamentos daquela festa... Afastar meus pensamentos de Poncho e do que fiz com ele. Eu realmente havia me causado tamanha dor hoje, para me poupar de uma maior amanha? “Você fez o certo Anahí, você fez!” tentava convencer a mim mesma. E se Kevin voltasse, o que eu faria? Não... Eu não senti nada com esta pergunta, eu não o amava mais, ou amava? “PARE DE PENSAR NESSES DOIS! PARE! JÁ CHEGA!”

Meu celular começou a tocar. Nossa, eu estava ali há horas. A foto de Dulce apareceu no visor. Mesmo não querendo conversar, eu respirei fundo e atendi.

- Dul, não estou po...

- ANAHI! Onde você esta sua maluca? – ela gritou ao telefone. Dulce havia perdido a calma... Certo, eu não estava acostumada a isso. Algo havia acontecido.

- Estou na praça em frente ao Rosy’s, não se preocupe. – arrastei as palavras.

- Saia dai agora! Não sabe o quanto é perigoso ficar sozinha ai a esta hora!? Anahí, o que deu em você? Por que esta agindo como uma idiota?

- Do que você está falando? É só uma praça Dulce! – protestei apesar de saber o quão Seattle podia ser perigoso, com ruas frias, desertas e escuras. Mas eu odiava que falassem comigo no tom que Dulce estava falando. Ainda mais ela! O que deu nessa maluca?

- Pode parar ok? Eu já sei de tudo. Eu sei o que você fez para que eu ficasse com o Christopher, eu sei o que houve com você e o Poncho, sei de tudo da viagem... Não adianta mais mentir pra mim. Sinceramente, estou pasma por você ter feito essas coisas, porque não me contou? Eu pensei que confiasse em mim Anahí, de verdade! Vejo que eu estava errada.

Meu coração gelou naquele momento. Dulce descobriu o que fiz? Ai meu Deus, ela me mataria! Dulce era mais orgulhosa do que se pode imaginar. Ai, o que aconteceu meu senhor? Pronto, eu perdi a minha amiga. Eu não sabia o que falar o que fazer! Já não bastava tudo o que estava acontecendo, ainda tinham aquelas acusações!

- Dulce, eu posso explicar, eu juro, é que... – falei tentando não aparentar desespero.  Tinha como meu dia ficar pior? Tinha, mas é claro, era só refletir o fato de que a culpa de tudo o que estava acontecendo era minha. Eu tentei concertar um erro, cometendo vários outros, EU me meti nessa roubada. Apenas eu e ninguém mais. Nada mais justo do que eu viver magoada ali sozinha. Ninguém merece as minhas idiotices.

- Não Anahí, não quero explicações. – Meu coração vacilou. Perder a minha melhor amiga já era demais para mim, era mais do que eu podia tolerar. Antes que eu pudesse formular um pedido de desculpas ela continuou - Olha Anahí, eu estou um pouco magoada, mas eu só posso é te agradecer. Graças a você, e ao Poncho, estou vivendo os momentos mais maravilhosos de minha vida, e eu não sei se isto estaria acontecendo agora se não fosse você intervindo por nós. Você abriu meus olhos Annie, você me deu uma nova chance de ter o Ucker, e eu te agradeço, de verdade. Obrigada amiga.

- Ai Dul...eu te amo amiga, obrigada por me entender. Nossa, que alivio! – Eu estava tão sensível que senti que a qualquer momento eu poderia começar a chorar. Quem diria que perder um namorado me tornaria alguém tão patética e frágil! “Ah,vai colocar a culpa toda nele agora? Seja ao menos verdadeira consigo mesmo, a culpa é toda sua!”

- Eu também te amo Anahí, mas eu não te entendo. – ela tomou outro tom de voz novamente. O tom de irmã mais velha que ela tinha quando queria me passar uns sermões – Anahí, como você pode fazer isso com o Poncho? O que deu em você? Eu não estou acreditando no que você foi capaz de fazer!

Foi então que eu me voltei novamente para o meu verdadeiro problema. Meu coração vacilou mais uma vez, tomando aquele tamanho minúsculo que ele sempre adotava quando me lembrava de Poncho. Eu mesma não conseguia me entender. Eu só queria fugir daquilo, e agora me sentia mais culpada ainda, mas mesmo assim, eu teria que carrega-la junto comigo.

- Dul, não posso explicar por telefone. Você o viu? – Eu não fazia ideia do que se sucedeu depois de tudo aquilo. Ele estava com raiva de mim? As pessoas notaram alguma coisa? Meus amigos já sabiam de toda a verdade? Claro, se Dulce sabia... – Como ele está? – perguntei baixo, e acho que foi bastante baixo mesmo, pois ela não me respondeu – Dulce? Como ele está? – perguntei novamente.

- Ele está indo embora Anahí. Para Nova York.